Conversa, futebol, cinema, música, viagens, banda desenhada, culinária e as coisas estranhas que acontecem na minha vida.

quarta-feira, maio 31, 2006

X-Men 3 - A GLÓRIA!!!!!



ADOREI ESTE FILME!!!!! É O MELHOR FILME DE SUPER-HERÓIS JAMAIS FEITO!!!!!
____________________________________
Tem um argumento que é fiél às personagens, inspirado na sua maioria em coisas que os leitores regulares estão habituados e conhecem, nas partes em que se desvia da banda desenhada, desvia-se para MELHOR. O trabalho de efeitos especiais com as personagens é brilhante. O balanço entre a importância das mesmas é muito bem conseguido, as motivações de todos estão bem explícitas.
A equipa em si é uma que penso que qualquer geek poderá ficar satisfeito. Basta dizer que na batalha final, os seis X-Men que lutam contra a Irmandade de Mutantes são Wolverine, Storm, Beast, Iceman, Shadowcat e Colossus. Como geek fã total de X-Men que sou desde que comecei a ler, posso dizer que estou absolutamente satisfeito com o filme.
Quanto à história, é a seguinte: o pai do Angel descobre um soro que remove os poderes dos mutantes permanentemente. Obviamente que Magneto não gosta nem um bocadinho... Entretanto, como é hábito há já muitos anos, a Fénix renasce... mas renasce um pouco diferente do que estamos habituados nos outros filmes. Acaba por se aliar a Magneto e no final... é o Apocalipse com uma grande cena de pancadaria! Brilhante!
Por tudo o que este filme significa para mim, pelo tempo que eu ansiei ver os meus heróis no grande ecrã, pela maneira criteriosa e respeitosa do historial das personagens, pelas cenas de acção fieis ao que se espera dos poderes dos X-Men, dou a este filme, a seguinte nota final: ******!!!!!!

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terça-feira, maio 30, 2006

BENICASSIM!!!! Já comprei o bilhete!

12Twelve
Ainara LeGardon
Aldo Linares
Alex Smoke
Alexander Kowalski
Archive
Art Brut
Babyshambles
Calla
Chris Brokaw
Cocó Ciëlo
Codec & Flexor
Coldcut
El Columpio Asesino
Corazón
Depeche Mode
dEUS
Dionysos
Dominik Eulberg
Dominique A
Echo and The Bunnymen
Editors
Ellen Allien & Apparat
Erol Alkan
Franz Ferdinand
The Futureheads
Garzón
Green Velvet
Grupo Salvaje
Le Hammond Inferno feat. Namosh
Dj Hell
Howe Gelb + 'Sno Angel
Humbert Humbert
Isolée
Ivan Smagghe
James Holden
Jay-Jay Johanson
Jennifer Cardini dj
The Kooks
Lou Barlow
Madness
Manta Ray
Matt Elliott
Matthew Herbert & Dani Siciliano
Michael Mayer
Miss Kittin
Mojave 3
Morning Runner
Morrissey
Ms. John Soda
Nada Surf
Nadadora
Nathan Fake
The Ordinary Boys
The Organ
Pixies
Placebo
Poni Hoax
Queens Of Noize
Radiosoulwax Presents Nite Versions live and 2manydjs + Justice
The Rakes
Rework
Rufus Wainwright
Scissor Sisters
The Secret Society
She Wants Revenge
Sr. Mostaza
The Strokes
The Sunday Drivers
Superpitcher
Teitur
Tom Verlaine with Jimmy Rip
Venus
The Walkmen
We Are Scientists
White Rose Movement
Yann Tiersen
zZz

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sexta-feira, maio 26, 2006

Ó fachavor...

... era uma sandes mista e um Ice Tea!
Grande erro! Primeiro, 5,5€ por isto é fundamentalmente errado! Mais de mil paus por uma sandes e um cha? Bom... ok, mas o que me chateou MESMO foi que a sandes que ele me deu vinha dentro de uma caixa de forma triangular... e os ingredientes eram:
Pão de forma (48%): Farinha de trigo, levedura, óleo de girassol, açúcar, sal, soro de leite em pó (!?), emulgentes (E-472e, E-471, E-482), conservantes (E-282, E-200);
Fiambre de "paleta" (não sei o que é) 33%: paleta e "magro" de porco, água, fécula, proteína vegetal, sal, estabilizantes (E-407, E-410, E-415, E-451, E-450), lactose, aromas, açúcar, conservantes (E-250, E-160c, E-252), antioxidante (E-316) e corante natural (E-120);
Derivado de queijo gordo 18%: Queijo, margarina, proteína láctea, sais "fundentes" (E-452), regulador de acidez (E-339), conservante (E-202);
Margarina.
Bolas, desde quando é que uma simples sandes mista não tem como ingredientes "pão, fiambre e queijo"? Tá errado! Ao menos o Ice Tea estava bom, mas nem quero pensar em aspartame, ou algo assim...

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Enquanto espero... crítica urgente

Estas são críticas a albums que eu tenho algures no meu computador, muitos deles pirateados (sim, come and get me, bitches - ou "crack whores" como eu gosto de vos chamar: bitches é demasiado fraco) e que vou ouvindo. Como agora nao tenho levado o computador portátil para o trabalho, não tenho ouvido, mas algumas críticas já foram feitas. Assim...
Vitalic - Ok Cowboy - (música electrónica de dança, MUITO BOA!) - *****
Who Made Who - Who Made Who - (rock electrónico com poucas palavras) - ****
Adam Green - Gemstones - (O último álbum de Adam Green! Que privilégio...) - **
Adam Green - Garfield - (Música "engraçadinha", às vezes minimalista em termos de instrumentos) - *
Adam Green - Friends of Mine - (Mais um album desse grande génio satírico... ou talvez não) - *

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Hard Candy


Hard Candy é um filme extremamente violento em termos psicológicos e menos, mas também, em termos físicos. Conta a história de Haley (Ellen Page - a Kitty Pride de X-Men 3!!), de 14 anos, que seduz através da internet um pedófilo (?) Jeff (Patrick Wilson) por forma a poder aprisioná-lo e torturá-lo devido ao assassinato de uma adolescente que ela conhecia. O filme tem cenas absolutamente desgastantes e o trabalho dos actores, sempre em cena pela menos um deles (no total só há cinco). No final, a luta psicológica entre os dois é levada a um extremo e atinge-se um climax relativamente inesperado, que contribui para a qualidade do filme. Este filme foi certamente MUITO barato, não conta com meios por aí além e é apenas a prova de que uma boa história, com actores competentes e com um bom realizador, David Slade (que vai realizar "30 days of night" - banda desenhada de terror que eu nunca li!) é suficiente para um bom filme.
Nota final: ****

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quinta-feira, maio 25, 2006

La gran final


Ontem fui ver uma comédia muito engraçada. O que têm em comum um grupo de nómadas da Mongólia, um grupo de indios no meio da Amazónia e um grupo de Tuaregs no meio do Niger? Querem ver a final do campeonato do mundo de 2002! Este filme conta a história de como cada uma das pessoas destes grupos consegue (ou não) os seus intentos. O filme tem piada e deslumbra pelos cenários - reais (e como eu teria adorado fazer parte da equipa de produção deste filme) - se bem que falha um pouco nos diálogos, talvez um pouco pela escolha do realizador em não utilizar actores profissionais, mas sim habitantes genuínos das zonas em questão. Ideia de negócio brilhante: o tipo do Niger que vende páginas da Playboy no meio do deserto! Essa deu para dar umas gargalhadas!
Curiosamente e para percebermos que as coisas não são assim tão diferentes mesmo na Europa, lembro-me que estava no meio do único inter-rail que fiz e que a única vez que me separei do meu companheiro de viagem foi precisamente na véspera deste jogo, uma vez que diferiamos na opinião de como chegar mais eficazmente a Dubrovnik (desde Zagreb), a tempo de ver o jogo. Eu cheguei primeiro, mas ele tinha razão e vimos o jogo numa hamburgaria com vista para o Mediterrâneo.
Nota final: ****

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quinta-feira, maio 18, 2006

Cozinha do Caos - Omelete vs. Ovos mexidos

Primeiro, uma pergunta: porque é que eu consigo fazer omeletes dignas desse nome em Lisboa e não em Madrid?
Resposta: Chama-se placa térmica, com a qual eu não consigo evitar com que os ovos se colem à frigideira, transformando assim uma potencial omelete nuns desgraçados ovos mexidos.
Ingredientes:
2 ovos;
Cogumelos q.b.;
1 triangulo de queijo da vaca que ri;
pimenta q.b.;
salsa q.b.,
sal q.b.
1 fio de azeite.
Despejar tudo para uma tigela (na medida do possível tentar desfazer o queijo), mexer bem.
Por um fio de azeite a aquecer (bem) na frigideira. Quando a frigideira estiver quente, despejar o conteúdo da tigela para a frigideira. Mexer e dependendo do forno ficar com ovos mexidos ou com omelete.
Nota final: **

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Missão Impossível 3


Pois é... fui ver isto. É que aqui em Madrid, ver filmes comerciais sem ser dobrados é quase uma missão impossível. Pelo que "I chose to accept this mission" e fui. Este é o pior dos três filmes da série, o que diz alguma coisa sobre a qualidade.
Houve três coisas que me irritaram. Primeiro, o filme ser sobre as alegrias de constituir uma família. Segundo, haver cenas que não se mostram, apenas temos que adivinhar que elas acontecem de alguma maneira. Terceiro, o facto de qualquer americano ser uma máquina de matar, mesmo uma enfermeira que nunca pegou numa arma antes ser capaz de matar dois operativos treinados em tácticas de combate provavelmente há mais tempo do que ela é enfermeira. Ah, isto depois de ter sido raptada, provavelmente mal tratada e de ter visto o namorado acabado de levar uma trepa impressionante.
Ponto alto do filme: o trailer do próximo "Pirates of the Caribean"
Nota final: **

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Horror dos Horrores!

Eheheh!
"Oh, horror upon horror"
in Ms. found in a bottle, Edgar Alan Poe

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Ambiente de trabalho...

O meu trabalho tem coisas peculiares. É um dos poucos sítios onde se pode ouvir dizer com um elevado nível de seriedade algo como:
- "Não temos sífilis."
- ... (algo imperceptível do outro lado do telefone).
- "Lá para dia 26 já temos."
Eu NÃO trabalho num bordel!

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Blasted Mechanism


Na sala Caracol, em Madrid. Estava pouca gente e a maior parte eram portugueses. O espectáculo foi assim uma forma privilegiada de conhecer o trabalho desta banda. Nunca os tinha visto, confesso que não conhecia a maior parte das músicas, mas posso dizer que sou fã, pelo menos deles ao vivo. A forma como eles estão vestidos, todo o cuidado que têm com a imagem é digno das melhores bandas do mundo e a própria escolha do visual e das imagens que querem transmitir é muito artística.
Resumindo, fartei-me de saltar e dançar porque efectivamente têm imensa energia que conseguem transmitir para os espectadores. Uma pena que tenham feito o concerto na noite da final da Liga dos Campeões. Os madrilenhos não sabem o que perderam.

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Desilusão...

O meu segundo clube (aquele que de vez em quando ganha alguma coisa) é o Arsenal. Ontem perdemos a final da Liga dos Campeões. Foi um momento muito triste, mas creio que perdemos com a actualmente melhor equipa do mundo. E eles mereceram ganhar.

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Observatori 2006

Em Valência apanhei um festival chamado Observatori. http://www.observatori.com/
Ali, tive a oportunidade de ver três bandas. Eram muitas mais, mas eu estava ocupado a beber copos entre outras coisas.
Assim, tive a oportunidade de ver uma banda de Gijón chamada Manta Ray, que eram assim um hibrido cantábrico de Pixies e Sonic Youth (ou algo que o valha). Eu gostei. Quem quiser, podem apanhá-los em Benicassim...
Outros, estes semi-conhecidos são os quanto a mim chatíssimos Cocorosie... Que seca infernal. E eu não fui o único a pensar assim. E porque raio havia um tipo em palco que a única coisa que fazia era soprar para o microfone? Assim, também eu posso pertencer a uma banda!
Por último vi uns tipos holandeses chamados Zuco 103. A sua vocalista é brasileira e o tipo de música que praticam é uma espécie de mistura de tudo e mais alguma coisa, desde a canção de autor brasileira com bossa nova, com drum'n'bass, europop, dance, etc... RECOMENDO VIVAMENTE!!!

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sábado, maio 13, 2006

Estrela da Amadora 2005/06 - treinador e táctica

Toni foi um treinador competente. Mais do que superou as expectativas da direcção em termos de classificação e foi um garante de estabilidade durante o ano todo. Eu estou-lhe agradecido pelo trabalho que desenvolveu. No entanto...
O Estrela não jogou nada. Está certo, este campeonato tinha uma condicionante especial que era o facto de descerem quatro equipas e não três. Assim o que se passou foi que a maioria das equipas (de facto, quase todas excepto os grandes, o Braga e em certa medida o Boavista), aquilo que fizeram o ano todo foi um misto de retranca e pau a fazer lembrar os velhos anos de Jaime Pacheco no Boavista. Assim, o Estrela não foi excepção e a nossa boa classificação deve-se a termos bons executantes no contra-ataque, nomeadamente os extremos Semedo e Manú e ainda o Rui Borges.
Mas jogo jogado... não foi grande coisa. Construção de jogadas de ataque era algo que não acontecia com fluência e o facto de jogarmos sistematicamente sem um ponta de lança de referência era enervante especialmente nos jogos em casa em que se percebia que faltava lá alguém, até porque as equipas iam todas jogar na retranca tanto no José Gomes como em Alvalade.
Assim, penso que apesar de alguns momentos de brilhantismo (como a vitória que poderia ter assumido contornos de goleada ao campeão nacional, não fosse o desespero do fiscal de linha a assinalar o fora de jogo inexistente ao Semedo quando ele marca o terceiro golo), o nosso campeonato foi um misto de sorte com boa capacidade defensiva e rapidez dos executantes na frente.
É curioso que a táctica que o Estrela da Amadora historicamente tem usado que traz melhores resultados é o 4-3-3 que tem foi usado este ano. No entanto o 4-3-3 deste ano tem algumas particularidades. No meu entender, a defesa esteve uma confusão, devido à lesão dos TRÊS laterais esquerdos (que grande galo, hã?). Assim, o lateral esquerdo foi quase sempre um central adaptado. O que fez com que em alguns jogos o que se passava é que jogavamos era com três centrais e o Tony (o lateral direito) jogava num misto de defesa com meio campo (o que dada a invejável capacidade física dele parecia fácil). No meio campo, tinhamos um triangulo muito recuado, com o Emerson no extremo mais perto da nossa baliza e depois dois jogadores um pouco mais avançados (normalmente o Coutinho e o Paulo Machado e mais tarde o André Barreto) que formavam uma rede muito difícil de ultrapassar. Sinceramente, penso que o meio campo foi o nosso sector mais forte (curiosamente como é costume no Estrela). No ataque, começo pelo pivot. Não sei se lhe posso chamar avançado áquilo que o Rui Borges fez durante o ano todo. Por um lado é quase como se fosse o "número 10" (e assim sendo a táctica era um 4-4-2), mas o facto de que ele sabe jogar a extremo e várias vezes fazia combinações e trocava de posição com os extremos que jogavam junto às faixas faz com que eu o caracterize como um avançado.
Uma nota final para o treinador. Não sei se vai permanecer ou não. Espero que sim, que fique, mas não ficarei demasiado triste se for embora, pois não sou um grande fã daquilo que ele (não) conseguiu por a equipa a fazer em termos de manobra atacante e a sua irritante mania de nãop or um ponta de lança pelo menos nos jogos em casa. Desejo-lhe a melhor sorte do mundo e um aumento de salário! O que ele conseguiu com esta equipa foi admirável, apesar de eu querer sempre mais.
Para terminar, aquela que foi a equipa tipo do Estrela este ano, tal como eu a entendi.
______________Bruno Vale________________
Tony_____Maurício__Santamaria____Amoreirinha
_______________Emerson________________
____Paulo Machado________Coutinho_________
______________Rui Borges________________
Manú____________________________Semedo

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Estrela da Amadora 2005/06 - plantel

Vou agora rever os elementos do plantel.
1 - Bruno Vale - Titular ao longo do ano, foi um elemento importante, como esperado, no nosso desempenho ao longo do ano. Não creio que seja "o sucessor do Baía", até porque não o gosto de ver jogar com os pés e vi-o falhar em alguns cruzamentos, mas é um bom guarda-redes.
24 - Paulo Lopes - No início do ano a minha opinião sobre ele não era favorável. Nos jogos que fez este ano não comprometeu (bem pelo contrário), mostrando ser um suplente à altura do titular. Se ficar para o ano que vem, pode calmamente ser titular que não me preocupa.
12 - Hugo Cardoso - Não creio que tenha jogado, tal como previsto no início da época.
2 - Amoreirinha - Eu no início da época punha-o a titular no meio da defesa. Não foi, mas fartou-se de jogar este ano... a lateral esquerdo! Foi uma surpresa. Já o tinha visto a jogar a lateral direito, mas a nossa praga de defesas esquerdos obrigou-o a jogar nessa posição. Cumpriu, apesar de se notar que era adaptado. Gostava que ficasse no clube.
4 - Hugo Carreira - Também fez o lugar de defesa esquerdo em algumas alturas, ou então fazia parte de uma táctica estranha que algumas vezes usámos de um misto de 3 centrais e um lateral direito mais avançado. Cumpriu, apesar de não ser um titular indiscutível. Outro que gostava que continuasse, mas preferia que tivessemos outras soluções para o centro da defesa. A minha opinião sobre ele não melhorou muito.
5 - Santamaria - Este sim, foi titular em quase todas as oportunidades. Ao contrário do que escrevi relativamente à época anterior, este ano cumpriu. Mas não é nenhuma estrela. Mas este sim, seria muito bom se pudesse continuar e parece que poderá haver essa oportunidade uma vez que é possível que o Sporting não quer renovar com ele.
15 - Maurício - Este não estava na lista de jogadores que analizei no início da época. Veio emprestado do Braga e para lá voltou. Foi muito importante no centro da defesa, marcou alguns golos devido ao seu remate poderoso e, não sendo um defesa central excepcional, foi a referência na defesa que precisámos para nos mantermos na 1a divisão. Era bom que pudesse continuar.
17 - Eusébio - Passou o tempo todo lesionado, tal como os outros dois defesas esquerdos. Não sei como será a sua capacidade física para mais um ano, uma vez que vai fazer 33 anos... Mas é um jogador que a ter capacidade para continuar, com a sua experiência de primeira divisão, será importante ter.
18 - Tony - A nossa grande revelação da temporada. Um dos melhores defesas direitos da liga. O meu comentário no início da época foi "não conheço". Agora conheço eu e toda a gente. Não vai ficar, mas é provavelmente com o dinheiro que vamos fazer com a sua venda que vamos pagar parte dos salários do ano que vem. OBRIGADO TONY!!!!! :D (já agora, secretamente espero que não o consigam vender, porque é um grande jogador que nos vai fazer muita falta).
45 - Valdir - Passou o ano todo lesionado. Mas estranhamente, no início da época quando ainda não estava mal, não era titular. Foi uma decisão que não compreendi do treinador...
23 - Carlos - Outro que esteve lesionado grande parte do ano. No ano anterior tinha estado seguro, este ano as nossas opções para o centro da defesa mandaram-no para o banco quase sempre quando estava em boas condições físicas. A sairem os outros centrais, gostava que ficasse.
25 - Wesnalton - Lesionado o ano todo, foi dispensado a meio da época. Não faz diferença.
22 - Pedro Simões - O capitão jogou vários jogos a central (outro), demonstrando que temos (tinhamos?) imensas soluções para aquela posição. Cumpriu e talvez tenha feito uma das épocas mais regulares de que me lembro. É óbvio que espero que continue.
20 - Jordão - Tal como eu disse, já não tem o fulgor da sua primeira passagem pelo clube. No entanto jogou algumas vezes no final da época e até parece que fez alguns bons jogos. Não me faz muita diferença se continua ou não, mas penso que pela sua experiência, pelo menos para alguns jogos será importante.
3 - Rui Duarte - Este centrocampista foi importante em alguns jogos. Demonstrou que tem valor para actuar na primeira divisão, embora a táctica usada pelo treinador não fosse a ideal para um jogador com as suas características. Oxalá permaneça.
7 - Zamorano - Não foi tão usado como o ano passado. Penso que nessa altura jogava a lateral direito. O Tony não lhe deu hipóteses este ano. Não faz a diferença na 1a divisão.
10 - Coutinho - Não era o típico número 10 que eu esperava. É muito novo e ainda tem uma boa margem de progressão. É muito certo tacticamente, não falha muitos passes e é lutador. No entanto não é um jogador que transporte muito a bola. Não sei se por indicação do treinador ou não, mas há vezes em que devia ser ele a levar a bola para a frente e não o faz. É no entanto um jogador que eu gostava de ver no Estrela do ano que vem (de preferência comprado). Fez muita falta quando a caminhar para o final da época se lesionou.
14 - Emerson - Este foi outro jogador que fomos buscar à liga de honra que mostrou que o seu lugar é a primeira divisão. Palavra de honra que acho que o nosso meio campo ficava mais fraco sempre que ele saia. Gosto dele e espero que fique.
21 - Rui Borges - Mais uma vez, foi muito importante na nossa "manobra atacante". Não marcou tantos golos como eu esperava, mas foi o grande dinamizador do nosso ataque. É sem dúvida alguém que DEVE ficar.
26 - Tiago Rosa - Este ex-junior não teve muitas oportunidades, mas parece que é jogador para manter.
30 - Bruno Santos - Este penso que ainda tem idade de junior, mas jogou algumas vezes. É importante que estes jogadores se afirmem no plantel.
31 - André Barreto - Este ex-Boavista que chegou a meio do ano emprestado pelo Wisla Cracóvia robou o lugar ao Paulo Machado que até aí estava a fazer um campeonato regular. Não o vi jogar, mas pelas criticas que li, foi importante.
34 - N'Daye - Outro "reforço de inverno" que acabou por não jogar tanto como isso (até porque estava "tapado" pelo Semedo). Marcou um golo, julgo eu. Não sei o suficiente para o poder avaliar.
55 - Paulo Machado - Este emprestado pelo F.C. Porto foi uma bela surpresa. Muito seguro e certo tacticamente, era bom que pudesse ficar mais um ano.
6 - Rafael Gaúcho - Este jogador chegou tarde e partiu cedo. Eu gostei dele, mas o treinador não. Confio na decisão do treinador.
8 - Igor - Quando comentei o início da época, pensei que o Semedo iria sair e dizia que tinha o lugar para ele. Nem o Semedo saiu, nem ele fez fosse o que fosse para justificar o regresso à equipa. Uma desilusão.
6 - Hugo Morais - Nem chegou a jogar (daí o número dele ter sido usado por outro jogador).
16 - Roberto Santos - Terá chegado a jogar? Não foi o ponta de lança que precisávamos.
9 - Anselmo - Nota-se que tem potencial, mas ainda não está pronto para jogar regularmente na primeira divisão. Gostava que continuasse.
11 - Maxi Estevez - O "gordo" como lhe chamaram num dos jogos que tive oportunidade de ver, não jogava nada. Outro que não foi o ponta de lança que precisavamos.
16 - Semedo - Este todos os anos diz que quer sair. Mas não sai. É um grande jogador, com potencial para um clube com outras aspirações que não o Estrela. Se o conseguíssemos vender, seria excelente para todos, mas preferia não o ter de ver jogar no José Gomes contra o Estrela. Fez um campeonato muito bom e marcou alguns golos.
32 - Federico Nieto - Este veio do Glasgow Rangers, o que me elevou as espectativas. Não foi ponta de lança titular, acho que marcou apenas um golo, mas dada a forma com que (não) chegou ao clube, penso que seria de tentar manter.
33 - Maxi Bevacqua - Não marcou nenhum golo, tendo tido vários jogos para o fazer. O treinador acha que ele é importante. Eu penso que um ponta de lança que não marca golos, por muito que faça jogar, não serve. Por mim, não fica.
35 - Manu - Outra das revelações da temporada, este jogador emprestado pelo Benfica foi o nosso melhor marcador. Perdulário numas situações, noutras marcou golos importantes. É uma pena se se for embora. No entanto, penso que nunca passará do banco no SLB. Oxalá ficasse mais um ano.
19 - Igor - Outro ponta de lança que falhou. A dada altura queixou-se que não sabia porque não era titular e eu, sem o ver jogar, achava que pelo menos uma oportunidade devia ser-lhe dada. Incompatibilizou-se com o treinador e foi emprestado ou dispensado (não sei bem). Mais valia estar calado. Por mim, não volta nunca.
30 - Careca - Este jogador que passou dos distritais para a primeira divisão... acabou por não passar. Espero que tenha melhorado e que venha a demonstrar valor para jogar no clube. Mas por agora isso não passam de desejos meus.
36 jogadores passaram este ano pelo clube. Demasiados (apesar de alguns não terem jogado). Oxalá o planeamento da época seja feito de forma mais cuidada.

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Estrela da Amadora 2005/06 - classificação

A 17 de Julho do ano passado, escrevi um post sobre as minhas perspectivas para esta temporada do Estrela. Relendo o post, vejo que subestimei o meu clube e que me enganei em algumas coisas. Aqui fica uma revisão daquilo que foi escrito e do que realmente se passou.
Em primeiro lugar, previ que ficariamos entre o 11º e o 15º lugar. Ficámos em 9º. Dizia que achava possível que ficássemos acima de Setúbal, Naval, P. Ferreira, Gil Vicente, Rio Ave e Leiria, mas nunca acima de todos estes. Só não ficámos acima e Setúbal e Leiria. Achava que lutariamos pelas mesmas posições de Académica, Nacional e Penafiel. Nacional nem lhes tocámos, Académica ficámos à frente e Penafiel não jogou este campeonato. Claro que eu punha Belenenses, Guimarães e Marítimo acima de nós e todos ficaram atrás. Fizemos assim um campeonato bem acima das minhas espectativas, mas muito por culpa de outros que me desiludiram imenso, especialmente estes últimos três que referi e o Penafiel, que sinceramente não sei porquê, esperava que fizesse um bom campeonato.

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terça-feira, maio 09, 2006

Nos EUA pode-se fazer isto...

...espero que para sempre!
Demora 24 minutos, mas vale a pena. Stephen Colbert, que eu conheci do Daily Show.

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Portbou

Quando parei à espera do comboio em Cerbére, nem saí da estação. Não me lembrei onde estava e ocupei o tempo com os meus pensamentos. À volta, antes de me entreter comigo mesmo, resolvi não cometer o mesmo erro e depois de comprar o bilhete que me leva de volta a Barcelona, saí da estação por umas escadas que são uma entrada para um meio de transporte pouco acessível para pessoas com mobilidade reduzida. Passo por uns cafés feios na rua que continua a descer. A altura da estação são 37 metros face ao nível médio do Mediterrâneo, que não estará a mais de 500 metros, o que torna o declive assinalável.
Com uma hora e meia de espera, gostava de ir ver a fronteira onde o cão silencioso do romance do Saramago se decide por um salto através da fenda que na história separa a Europa da nova janfgada. Só quando já estava em França é que me lembro do que tinha lido e no regresso, a curiosidade instalou-se. Uma pressa fora de tempo faz com que a caminhada de 3 km que a placa assinala, a subir, como o mapa da cidade parece indicar olhando para a direcção da estrada e que a montanha à minha frente impõe, se torne uma viagem que afinal não quero fazer. Se calhar, um pequeno medo de quando lá passar, que a terra comece também a tremer sob os meus pés e que Ibéria fuja da Europa. Decidir para que lado iria não seria, naquele dia, fácil e quem sabe me decidisse pelo abismo que hipoteticamente se abriria abaixo de mim.
Fico-me pela praia, pequena, escura e naquele dia fria, como parece reclamar o turista que meio de propósito, meio por acidente, molha os sapatos de ténis no mar enquanto lhe tiram a fotografia.
Resolvo voltar para a estação e chama-me à atenção um corredor sem luz nem destino, na continuação das escadas de acesso à estação. Nenhuma barreira física impede alguém de prosseguir em frente, rumo à escuridão e ao desconhecido, apenas um aviso "Prohibido el paso". Ainda tive alguma curiosidade, mas o pensamento de que se tratava de uma tentação juvenil, inconsequente e que provavelmente acabaria comigo a bater com o nariz numa parede invisível fizeram-me voltar para as linhas.

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Para intervalar... 15 minutos de fama - Dona Branca


Dona Branca foi uma "empresária" que emprestava dinheiro numa altura em que o sistema financeiro português estava décadas (literalmente) atrás do que é hoje ou era em países mais desenvolvidos que Portugal na altura. Ela financiava esses empréstimos com depósitos (tal e qual como qualquer banco) que remunerava com um juro de 10%. Era um esquema de pirâmide que funcionou durante algum tempo. Ou seja, funcionou, enquanto havia novas pessoas a "depositar dinheiro" nas suas mãos.
Quando deixou de haver confiança no sistema, este deixou de funcionar. Lembro-me vagamente de, em Junho de 1984, ver notícias na televisão sobre algumas dezenas ou centenas de pessoas reunidas à porta da casa da senhora, a partir de onde ela levou este negócio, perto do Socorro, a protestar, basicamente porque tinham ficado sem o seu dinheiro. Basicamente o esquema acabou em desgraça para muita gente (os que entraram em último, principalmente) e a senhora foi parar ao tribunal.
A 7 de Fevereiro de 1990, é condenada a dez anos de prisão por burla agravada e emissão de cheques sem provisão.A história de D. Branca acabou por inspirar uma telenovela, "A Banqueira do Povo", interpretada por Eunice Muñoz (que aqui mostro, pois não consegui uma foto da verdadeira). Morreu em data que não consegui determinar, não sei se em liberdade, se ainda presa. Ok, não sei muitos detalhes, mas lembrei-me que teve os seus 15 minutos de fama...

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Perpignan

Tal como Narbonne, tenho cerca de uma hora entre comboios. Saio da estação e em vez de dois bares, tenho uma rua enorme cheia de Patisseries, Bares, Kebabs, Boulangeries, Pizarias, Restaurantes, etc. Percorro a rua até ao fim e percebo que posso comer o que bem entender, pois a oferta é variadíssima. No final, um mercado dedicado às "Dames de France", com uma praça que a antecede, com as suas fontes que cospem água do chão, fazem empalidecer a triste rotunda de Narbonne. Valeu a pena sair da estação. A sandes de frango também e reparo que durante todo o tempo que estive em França, apenas bebi Ice Tea... Estranho.

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Carcassonne

Saio da estação e deparo-me com o rio. Um canal controla o fluxo das águas e permite perceber que há passeios de barco no l'Aude. Assim enquadrada, a estação até parece bonita, com um pequeno parque arborizado nas margens do percurso de água domado. Escolho o caminho mais curto e evito o centro da cidade nova. Arrependo-me, não por ser um percurso feio, mas simporque os meus vislumbres pelas ruas que penetram a esquadria do centro prometem algo ainda mais interessante.
Tenho uma decepção numa praça antes da ponte que leva à ao lado velho da cidade. Tapumes prometem uma vida melhor aos cidadãos de Carcassonne. E tudo por causa de 400 lugares de estacionamento. Atravesso o rio em busca da Pousada da Juventude, mas perguntando-me se não estará cheia e se não devia pelo menos perguntar os preços nos hotéis de duas estrelas.
O meu dom de ler mapas falha-me quando por uns segundos me distraio a olhar para a bela silhueta do castelo. Entro pelo lado oposto, mas não me oponho, uma vez que estou mais perto do meu objectivo sem ter de me orientar no labirinto da cidade velha. As portas medievais estão agora sempre abertas e o que antes repelia estrangeiros, hoje, ironicamente atrai-os.
A cidade está perfeitamente conservada, mais do que outras que já visitei que ganham dinheiro à conta do seu passado medieval. Em Portugal Óbidos, Marvão ou Castelo de Vide não lhe devem muito, em Espanha, Pedraza é apenas mais pequena e na Croácia, Dubrovnik, pela sua maior importância histórica, bate esta francesa, mas sem dúvida a visita vale a pena.
Durmo uma noite na Pousada da Juventude, pejada de pequenos escursionistas espanhois. A simpatia dos trabalhadores de hotelaria franceses deixa a desejar, mas eu fico contente por perceber que ainda falo a lingua e por não lhes deixar nem um cêntimo de gorjeta. No dia seguinte tiro umas fotos (não digitais, lamento), percorro a muralha por fora e vou embora. Desta vez passo pelo centro da cidade nova e constanto que fiz bem, pois a cidade é bem animada, cheia de comércio, tem muita gente e uma possui uma arquitectura que não sendo do outro mundo, é digna de nota.

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Narbonne

Espanha fica nas minhas costas, o Mediterrâneo rebenta contra os rochedos do Languedoc. Ao fundo, os Pirinéus majestosos e cobertos de neve afastam-se, mas a presença nota-se durante muitos kilometros. Estou novamente num meio de transporte em França. Já passei por França e já parei em França, mas nunca "estive" em França. Devo trocar de comboio em Narbonne. Saio da estação porque ainda tenho algum tempo de espera. Narbonne tem dois cafés em frente à estação. Escolho o da direita porque é o único que tem gente. Como uma sandes com queijo - baguette com brie, naturalmente - e saio dali seguindo pela rua em frente à estação. Vou até ao fim da rua, encontro uma rotunda e volto. Toda a cidade é assim, para mim, uma colecção de edifícios discretos, pacatos e sem brilho. Será que faltou ver qualquer coisa?

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Para intervalar... Cozinha do Caos!

Que saudades de escrever uma cozinha do caos. E hoje é especial... é sobre uma das minhas refeições preferidas, mas na sua versão inverno nuclear... Assim, "Dieta da Lua - Versão Pós Apocalíptica!"
Ingredientes:
Pão de forma, 4 fatias;
Fiambre, 3 fatias;
Queijo de forma, 1 fatia;
1 Iogurte de pedaços (neste caso, avelã);
1 Maçã.
Tempo de preparação: duas semanas!
Preparação: Vai-se de férias durante duas semanas e deixa-se as coisas no frigorífico a seguirem o rumo normal que a natureza lhes reserva. Regressa-se e não se tem mais nada para comer. Pega-se no queijo que está perfeitamente preservado, mete-se no pão que parece que está torrado, mas é só impressão. Ah, não esquecer de retirar os bocados de bolor que foram aparecendo, desde que sejam poucos. Se forem muitos, o pão sabe mal. Desdobra-se o fiambre que entretanto está meio retesado na parte que esteve em contacto com o ar e espalham-se os bocados que parecem comestíveis por outra fatia.
Agradece-se às boas condições de armazenagem pela maçã estar em condições e intervala-se a ingestão do pão com o iogurte que felizmente sabe bem.
Nota final: *

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Figueres

Paro em Figueres por uma única razão, o museu do Dali. Apesar de não ser grande apreciador de pintura, não porque não goste, mas porque acho que não tenho tempo de me dedicar ao seu estudo e compreensão com o devido interesse que merece, Dali é provavelmente o meu pintor preferido. O surrealismo é um estilo que me agrada e Dali é possivelmente o seu expoente máximo. Saio do comboio e chefo a uma cidade feia. Não há placas, mapas ou qualquer sinal que indique a direcção (a existência sim) que se deve tomar para visitar o ex-libris da cidade. Dirijo-me a um "local" e depois do meu "buenas tardes" responde-me interrogando-me imediatamente: "museu Dali?" Deve ser horrível viver numa cidade que só tem uma coisa, mas sem dúvida melhor do que não ter nenhuma. O museu é no centro da cidade e após a primeira indicação de direcção, as placas finalmente aparecem. O edifício é interessante, mas o interior, depois de começar bem, com um átrio e um salão enorme, continua com uma amálgama de obras do artista que quase parecem encavalitadas, apenas com o título e a data da obra (o que não acontecia com todas). Curiosamente, e em paralelo com o que se passava com o museu Picasso, não haviam grandes obras do artista, o que pode ser revelador de alguma incapacidade dos museus espanhois em "segurarem" as melhores partes do espólio dos seus mais famosos artistas praticamente contemporâneos.
Saí da cidade menos de duas horas depois de ter chegado e ainda tive tempo para comer. É portanto possível, já sabem.

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Barcelona

Almoçamos num restaurante chamado Rá, em Raval. Visitamos as Ramblas, o Bairro Gótico, el Born e ainda vemos as duas casas projectadas por Gaudi no Passeig de Gracia. Acabamos de jantar já pelas duas da manhã, depois de uma conversa imprevista com um casal bastante mais velho onde tive a oportunidade de não perder a calma a falar com um castelhano anti-autonomia, católico convicto, direitista anti-Zapatero, pró-israelita e anti-árabe. Discutimos tudo aquilo em que estávamos em desacordo: política, religião e história. Só nesta última não houve lugar a grandes discussões dado o seu desconhecimento total da história de Portugal (sabia que tinhamos pertencido em tempos a Espanha e nada mais) e ao meu desconhecimento parcial da história de Espanha. Recusamos o convite para voltar a jantar com eles e dirigimo-nos para os locais de diversão nocturna.
Shoko, o bar/restaurante/discoteca da moda número 1 estava já fechado. Mesmo ao lado, a fila para o Catwalk - o local numero 2 - engrossava com os rejeitados do primeiro e a nossa disposição não era para esoeras de tempo indeterminado. Resolvemo-nos por um bar manhoso na doca olímpica, onde os êxitos famosos dos anos 90 rapidamente são substituídos por um medley super-comercial de música de filmes dos anos 80 entre outras pérolas da música que já não nos queriamos lembrar de que nos lembravamos.
No dia seguinte, voltamos ao local do crime, mas desta vez, vamos além e almoçamos numa esplanada na praia, surpreendentemente cheia, não pelo tempo, mas pelo dia do calendário. Passeamos pela praia e pelo bairro de Barceloneta e resolvemos visitar os jardins de Gaudi, onde a vista para a cidade é deslumbrante. A próxima paragem é a Sagrada Famíliam cuja minha primeira impressão é de que, como templo de adoração é grotesco (talvez como cenário para Aliens 6, esteja bem...).
No dia seguinte visitamos o museu Picasso. A maior parte das obras expostas são trabalhos dos primeiros anos do artista, e apesar de uma boa ideia de como foi a sua evolução desde que se inicia até cerca de 1920, dá depois um salto enorme até 1957 ou algo assim, ignorando por completo uma parte da obra do artista que, mesmo sem conhecer, imagino que tenha sido importante na sua carreira. Pelo menos dão-se ao trabalho de contextualizar o período em que foram elaboradas as obras complementando a informação dos quadros com detalhes da vida do artista.
À noite, descobrimos que as discotecas ou estão fechadas ou têm festas privadas ou estão a fechar. Como diz um taxista, no que diz respeito a vida nocturna, "Barcelona não é como Madrid". Quando cheguei a Barcelona vinha com algumas expectativas, pois a maior parte das pessoas prefere esta cidade a Madrid. Eu acho que é um empate bastante cerrado, com algumas coisas a favorecerem Madrid e outras Barcelona. No entanto estou contente por viver na cidade onde vivo.

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Para intervalar... crítica urgente!

Tindersticks - Donkeys 92-97 - (Agora que ouço este album, descubro que ouvi a maior parte destas canções quando havia XFM) - ****
Trubi Trio - Elevator Music - (Fusão de dance com musica do mundo) - ****
Unkle - Never Never Land - (Electro-ambiente? Fico sempre confundido com este género de música) - ***
Vários artistas - For the masses (a tribute to Depeche Mode) - (Versões de Depeche Mode por vários artistas) - ****

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Valência

Chego pela auto-estrada e tento orientar-me pelo mapa que reparo que está orientado a... Oeste. Mais tarde percebo que a cidade é meio esquizofrénica, uma vez que também vi mapas orientados a Leste e a Norte (felizmente). Procuramos a rua onde G. vai trabalhar, orientando-me a muito custo graças a um ponto de referência que finalmente aparece. O mapa não fazia sentido pois o novo caudal do rio Túria (desviado para se construirem parques), parece também um relvado.
À primeira vista a cidade é acolhedora, mas mais no centro, pois até lá chegarmos parece uma urbe igual a tantas outras espanholas. Estacionamos e ela descobre a rua onde eu devo ficar. Surpreende-me pela insistência naquele lugar, mas lá chegado não tenho objecções. Tem tudo o que preciso.
Instalo-me e vou passear pela cidade sozinho. Ligo a outra amiga que também está por perto e tento encontrar-me com ela, mas desengano-me porque ela está um pouco fora da cidade. Mais tarde. Depois de obrigações, viagens e passeios, encontramo-nos os três num bar chamado O'clock, onde vi a melhor equipa de futebol do mundo (este ano) a chegar à final da Liga dos Campeões. Jantamos e passeamos pela noite de Valência.
No dia seguinte, passeio mais. Vejo o velho leito do rio, agora roubado às águas para servir os valencianos. É agradável e espaçoso. No final, uma série de construções modernas impressiona-me completamente. O Palau de les Arts, o hemisferic, o museu de ciência, e o oceanografic fazem um conjunto arquitectónico ultra-moderno difícil de igualar em qualquer lado do mundo. É aqui que mais tarde verei o festival de que falarei mais à frente.
Visito o museu da cidade onde vejo o acervo de obras artísticas do "ajuntament". Cada vez mais compreendo que a iconografia católica é louca e esquizofrénica. Virgens, fujam das pombas que cospem messias directamente para os vossos úteros. Começo a perceber que conheço cada vez mais santos e as imagens que lhes estão associadas. Julgo estar a desenvolver um interesse blasfemo sobre a vida dos santos... Mas há um que interessa em particular: São Vicente foi martirizado em Valência e o "seu" braço esquerdo está preservado na catedral da cidade, onde, já agora, "está" também o Santo Graal (a taça onde Jesus bebeu na noite da última ceia). A catedral é também importante devido a nela se realizarem as sessões do único tribunal reconhecido pela constituição espanhola que não é regido por um ramo do estado espanhol: o tribunal da água que aqui se reúne desde há vários séculos.
Visitei igualmente a cripta de São Vicente, onde uma interessante apresentação multi-média nos revela a importância da cidade ao longo dos tempos, desde a colonização romana passando pelas peregrinações à própria cripta do santo nos tempos visigóticos, a ocupação muçulmana e a sua reconquista definitiva pelos cristãos.
O festival fica para mais tarde.

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Primeiro, as coisas importantes!


O Estrela da Amadora acabou o campeonato em 9º lugar, superando em 5 posições o objectivo da época (14º). Mais importante que isso, creio que apenas nos devemos envergonhar de ter ficado abaixo do Nacional da Madeira (que no entanto se julga concorrente directo do Sporting), porque penso que surpreendemos muita gente ao ficar acima de Marítimo, Académica e especialmente dos despromovidos Belenenses e Vitória de Guimarães. Em breve farei uma retrospectiva da época do Estrela e depois um comentário ao resultado final do campeonato. Mas por agora, continuamos na primeira divisão e o nosso objectivo para o próximo ano promete ser o dificílimo 13º lugar.

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sexta-feira, maio 05, 2006

So um segundo...

Estou quase de volta. Presumo que na semana que vem haverao muitos posts...

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