Conversa, futebol, cinema, música, viagens, banda desenhada, culinária e as coisas estranhas que acontecem na minha vida.

domingo, agosto 27, 2006

Futebol 2006/07

Em primeiro lugar, acabei por ir ao futebol aqui em Madrid. Fui ao Santiago Bernabéu com o André e a Elsa. Aqui fica a minha primeira foto no blog comigo (no canto inferior esquerdo), juntamente com eles. Ao fundo, o guarda-redes do Anderlecht tentava perceber como é que uma equipa tão má pode ser campeã da Bélgica.
Entretanto, ficam os meus prognósticos para os grandes da liga Portuguesa para este ano. Aviso desde já que ao contrário do ano passado, não me foi possível ver jogos de todos os grandes, mas apenas do Benfica (contra o Estrela).
Começando pelo F. C. Porto, a equipa mantém a estrutura do ano passado, sem contratações sonantes, mas com uma grande mudança, relativamente inesperada. Co Adriaanse, o treinador, abandonou o clube depois de um "levantamento de rancho". Jesualdo Ferreira, um treinador de quem eu não gosto muito, mas por exemplo os adeptos do Braga parecem gostar pelo trabalho que fez nos anos anteriores, assumiu o comando da equipa e praticamente ainda não deu para perceber o que se vai passar com a estrutura da equipa. Aparentemente, Ferreira parece ir manter a táctica dos 3 defesas, que Adriaanse fez com que não fosse suicida (apesar das derrotas nos jogos importantes). Eu não confio nas capacidades deste treinador para fazer funcionar esta táctica. A história mostra-nos também que o F. C. Porto não se dá bem com mudanças de treinador nos inícios de época. A acreditar nisso, creio que poderão não ganhar este campeonato para o qual eram claros favoritos caso o treinador holandês se mantivesse. Na Liga dos Campeões, espero que sejam capazes de passar o grupo onde calharam, o que para mim é o mais equilibrado. Mais do que isso seria muito bom.
Ponto forte: o meio campo.
Ponto fraco: o treinador.
Quanto ao Sporting, a estrutura também se mantém. Uma ou duas contratações interessantes (Farnerud e Paredes) e uma aposta sincera nas camadas de formação do clube fazem com que esta equipa tenha grandes perspectivas de futuro e que se adivinhe uma boa época. Não sei se o treinador já o é oficialmente. O ano passado dizem que deu solidez à equipa, mas creio que ainda é demasiado "verde" (no mau sentido) para este clube. Preciso de os ver jogar e estou curioso. O plantel, à partida seria o mais inexperiente dos 3 grandes, veremos se vão pagar por isso ou não. Podem ganhar o campeonato, mas sinceramente não me parece possível. Na Liga dos Campeões, o grupo mais complicados dos 3 participantes portugueses faz com que a qualificação para a taça UEFA seja o objectivo a atingir. A passagem á fase seguinte seria, quanto a mim, uma superação das capacidades do clube este ano.
Ponto forte: a aposta nas camadas jovens.
Ponto fraco: a inexperiência de treinador e jogadores.
Finalmente, o Benfica. Eu sou um grande admirador do treinador, que esteve quatro anos no Estrela da Amadora e desde um primeiro ano em que escapámos na última jornada à despromoção, nos dois últimos anos eramos uma das equipas que melhor futebol praticava, à parte dos 3 grandes. Assim, confio mais nele do que certamente todos os benfiquistas, até porque os resultados da pré-época não ajudam muito. No entanto, parece-me que o plantel benfiquista não deve nada a nenhum outro em Portugal e quanto a mim, a defesa é das melhores da Europa. Claro que a não venda de Simão faz com que o treinador não possa usar a táctica que inicialmente previa. Isso traz como vantagem que vai haver alguma continuidade face ao ano anterior. Dada a eventual fraqueza do F. C. Porto pela troca de treinador, acredito que o Benfica possa ser o principal competidor dos portuenses para a vitória final. Na Liga dos Campeões, um sorteio favorável faz com que a não passagem à fase seguinte seja uma desilusão. Passar dos oitavos de final seria muito bom, mas dado que o ano passado o conseguiram e a estrutura se mantém, porque não esperar novamente uma presença nos quartos de final? Mais do que isso seria bom demais.
Ponto forte: a defesa.
Ponto fraco: o ataque.

Etiquetas:

sábado, agosto 26, 2006

Lady in the Water


Pela primeira vez fui ver um filme de M. Night Shyamalan ao cinema. Lady in the Water à partida não me interessava, mas eventualmente a curiosidade apoderou-se de mim e não resisti. Confesso que parte dessa curiosidade advinha do excelente poster do filme (aqui ao lado) e de ser um filme com dois actores de segunda linha de quem gosto particularmente (Paul Giamatti - American Splendor, Sideways - e Bryce Dallas Howard - Manderlay). Sinceramente, se soubesse que ia ser o que eu acabei de ver, não tinha ido.
Não é um mau filme, mas não é o género de filme que eu mais gosto. É uma espécie de história de encantar moderna, com toques de messianismo por parte do realizador (ou não fosse ele quem representa alguém cujo trabalho irá mudar o mundo).
Segundo a história, Story (Bryce Dallas Howard) é uma Narf que é encarregada de "ver" alguém, neste caso Victor (Shyamalan) e assim mudar a sua vida. Mas os inimigos mortais dos Narf, uns seres tipo lobo, têm planos que passam por impedir o regresso de Story ao seu mundo e Cleveland Heep (Giamatti), que é quem encontra inicialmente Story e a protege da criatura-lobo recruta uma série de inquilinos do condomínio onde toda a acção se passa por forma a assegurar o regresso a salvo da Narf.
O que me faz não gostar muito do filme é que há uma certa ingenuidade na forma como a história é contada e como um filme que à partida não parece ser fantasia, acaba por ter elementos fantásticos e de como as personagens reagem ao que se passa á sua volta que desacreditam a acção. Julgo que é um pouco o estilo do realizador que me desagrada. Já o tinha constatado em "Signs". O facto do realizador querer transmitir que há que acreditar em contos de fadas, não desculpa que hajam certas reacções das personagens que parecem fazer crer que os contos de fadas realmente acontecem a toda a hora e que estragam o filme para mim.
Se calhar sou eu que sou cínico ou o filme apanhou-me num mau dia, mas não gostei do que o realizador pretendia.
Nota final: **

Etiquetas:

Lord of War


Este filme com Nicholas Cage conta a história (inspirada em acontecimentos reais) de um traficante de armas. A personagem de Cage é completamente amoral, encarando o seu trabalho como algo que faz bem e alheando-se completamente das consequências que o seu comércio traz.
O filme conta a sua ascensão e os acontecimentos que estão por trás dela de uma forma bastante rápida, dando a ideia de que mais do que um filme, esta história mereceria uma série de televisão ou algo assim. O que parece é que o ritmo dos acontecimentos é demasiado apressado e ficamos sem perceber como é que alguém que "decide" ser traficante de armas passa a ser alguém que tem o poder de decidir sobre o destino de tantas e tantas vidas influênciadas pelo seu tráfico.
Pelo meio o filme fala da vida familiar de Yuri (Cage) e de como ele tenta encaixar o seu trabalho com a sua relação com os seus pais, irmão (sócio ocasional) e esposa.
No final, apesar de abordar uma temática interessante e de conseguir ter bons momentos de narração de partes da história, em termos de filme, parece-me algo falhado em termos de ritmo, nomeadamente nos "saltos" que dá em termos de "progressão na carreira".
Mas não deixa de ser um belo exercício sobre a moralidade deste tráfico que é o que certamente mais contribui para a infelicidade de grandes partes da população mundial.
Nota final: ***

Etiquetas:

Cars


Este é um filme de animação que conta a história de um carro rookie que este ano quase se estreia a ganhar a "Piston Cup", o que neste mundo onde os carros têm vida é o equivalente ao campeonato NASCAR. Na última corrida, Lightning MacQueen - o estreante, Chick Hicks - o eterno segundo e The King - o campeão em título (com a voz de Richard Petty - LENDA VIVA das corridas NASCAR) acabam todos empatados no campeonato e por isso tem de se fazer uma corrida de desempate a três.
A caminho dessa corrida, MacQueen acaba por se perder numa aldeola no meio do nada. E é a história de como essa aldeia e os carros que a habitam o modificam e de como ele vai acabar por correr a última corrida do campeonato que é contada no filme.
Confesso que o filme me parece mais apontado para o mercado americano do que a maioria dos filmes de animação que tenho visto ultimamente. Apela a valores e explora problemas que me parecem específicos ou que ocorrem com uma maior intensidade nos EUA. No entanto, não é por isso que deixa de ser um filme que entretém, divertido e com um final que promete uma continuação. Veremos. Não é, contudo um filme que empolgue.
Nota final: ***

Etiquetas:

segunda-feira, agosto 21, 2006

O campo de concentração de Aluche

Fui tentar arranjar um cartão de residente em Espanha. Não sei se não irei precisar dele daqui a uns tempos. Dirigi-me a uma esquadra da polícia e perguntei como é que tinha de fazer. Disseram-me que havia dois sítios onde o podia fazer. Deram-me a morada de um. Aluche. "Onde raio é Aluche?" pensava eu enquanto me dirigia á estação de metro mais próxima. A resposta é simples: no confim mais longínquo de Madrid! Apanhei a linha 5 e lá fui eu até quase ao final, arredores muito arredores. Aí chegado, pergunto onde é a esquadra e entre velhotes confundidos, rapazes novos enganados, donas de quiosques antipáticas ao extremo e finalmente um senhor de meia idade que me consegue apontar a direcção certa, fiquei um pouco desapontado com a hospitalidade espanhola. Mas até aí, tudo bem.
Chego finalmente à "Comisería de Policia" e reparo que há grandes muros, câmaras de vigilância, grades e uma enorme fila de gente. Diriijo-me ao agente que está na entrada e digo-lhe ao que venho. Pergunta-me se já tenho os documentos e eu digo que nem sequer sei quais são. Indica-me que devo ir para a fila das informações. "E onde é a fila das informações?" pergunto eu... "É esta toda?" digo eu apontando para as 400 a 500 pessoas que esperavam nas arcadas de um edifício vizinho às grades que vedam o acesso á esquadra. Ele responde que "não, é ali no meio... pergunte por aí...". Dirijo-me na direcção que ele me indicou, esperando ver qualquer outro agente... Enquanto caminho, reparo que o edifício cuja sombra todos estes imigrantes aproveitam está completamente velho, abandonado, degradado, vandalizado, mas pior... que pertence à polícia.
As condições deste local lembraram-me um campo de concentração, tanto pelo ambiente, como pelos edifícios, como pela organização, com filas enormes de gente à espera de ser "processada" por uma máquina burocrática que aparenta ser bastante ineficiente e que não manifesta o mínimo de preocupação com aqueles que "processa". Que seria aqueles que deveria SERVIR!
Creio que foi Winston Churchill que disse que uma civilização se pode avaliar pela forma como trata os seus prisioneiros. Estes "prisioneiros" do sistema de legalização de imigrantes em Espanha mereciam ser acolhidos por uma civilização superior.
Ah, já agora, voltei à esquadra para perguntar onde era o outro local onde podia desenvolver este processo, já que Aluche é mesmo no fim do mundo. É no centro de Madrid. "Obrigado senhor agente, pela gentil indicação".

Etiquetas:

quinta-feira, agosto 17, 2006

Pirates of the Caribbean: Dead Man's Chest


Este filme foi uma desilusao... Vi o trailer e fiquei emocionado. No final... nao tinha fim! Foi apenas um pretexto para vermos mais um, o terceiro. O filme arrasta-se na primeira parte, ganha algum fôlego na segunda, tem um climax engraçado, mas quando chega à hora de terminar... nao termina. Deixa tudo em aberto fazendo entender que este nao é um filme, mas sim a primeira parte de um filme enorme (grande demais), feito apenas e só para encher os bolsos e sem qualquer preocupaçao com o espectador. A história é "engraçadinha", os efeitos especiais do melhor que há, mas vê-se que há alguma preocupaçao com poupança em determinadas coisas que nao fica bem, bem como alguns anacronismos notáveis que tiram um pouco de "realismo" (tanto quanto um filme de fantasia possa ter) ao filme.
A história é que o casamento de Will Turner (Orlando Bloom) e de Elizabeth Swann (a cada vez mais irritante Keira Knightley) é interrompido por uma ordem de prisao para ambos. Para a refutar, Will tem de encontrar o capitao Jack Sparrow (Johnny Depp) e propor-lhe uma troca. Sparrow, que está a contas com uma velha maldiçao, precisa de encontrar a tal arca do homem morto...
No geral, fico impressionado com o aspecto visual do filme e com as cenas de acçao e com o movimento, mas o resultado final nao é brilhante, pois nao ha um final.
Nota final: ***

Etiquetas:

Consciência Tranquila

Hoje sonhei que estava num hospital e que pesava mais de 100kg... Mas curiosamente nao estava muito gordo. Estava... denso? Já acordei e tenho menos uns 40kg na realidade...

Etiquetas:

quarta-feira, agosto 16, 2006

Estrela 1 - Benfica 2

Pois, finalmente vi bola deste ano! E logo o jogo de apresentaçao do meu clube! Infelizmente perdemos, e pior, nao jogámos nada (e o jogo foi mau). Mas aqui fica um breve comentário e as minhas impressoes...
O Estrela jogou em 4-5-1, com um meio campo de combate que nao foi muito eficaz na construçao de jogo na primeira parte, mas nao foi nenhum descalabro. Já a defesa nunca me pareceu muito segura e o ataque foi nulo.
A constituiçao da equipa foi a seguinte:
GR - Paulo Lopes (sem culpa no golo);
DD - Tony (muito longe do ano passado e a médio, está visto que afinal nao rende);
DC - José Fonte (oh senhores, que nódoa!);
DC - Hugo Carreira (centrais precisam-se!!!);
DE - Edu Silva (subia muito e nao me lembro de ter problemas no seu flanco);
MC - Sérgio Marquês (nao muito fulgurante);
MC - Luís Loureiro (algumas vezes parecia que ia voltar aos velhos tempos de Gil Vicente);
ME - Cleiton (algumas vezes pela esquerda, marcou o golo mas desapareceu na 2a parte);
MD - Marco Paulo (algumas subidas pela direita interessantes, mas nada de especial);
MO - Tiago Gomes (este rapaz - 20 anos - promete poder vir a ser uma surpresa);
PL - Dário (nulo - embora tenha a desculpa de que nao estava a 100%).
Na segunda parte, muitas alteraçoes. Destaque apenas para Rui Borges que promete outra temporada em grande nível (e falhou a pré-época) e Paulo Sérgio (que ganhou o penalty defendido pelo Cornetto).
Podia ter sido melhor, mas realmente os nossos avançados estavam quase todos lesionados e nao deu para jogar no 4-4-2 que parece que vamos usar durante o ano. Do meio campo gostei, mas a defesa promete estar ao nível da época em que descemos de divisao em último. Estou MUITO preocupado. Onde está o Santamaria?!?!!? E comprem um brasileiro qualquer (estou a desesperar...)

Etiquetas:

Os meus pais em Madrid

Nao tenho fotos para provar, mas os meus pais vieram visitar-me a Madrid! Foram quatro dias de turismo, passeios e boa vida em geral muito engraçados!
Mas com tudo isso, nao houve muito tempo para blogs...

Etiquetas:

29 anos

Fiz anos na passada 5a feira! 29! Obrigado aos que se lembraram e que me enviaram votos de feliz aniversário e eu nem sequer respondi! Foram muitos! Lamento, mas foram uma semana e fim-de-semana complicados em termos de tempo.
Mas agradeço muito a lembrança!
E agora, mais um ano antes dos 30... Será que é tao deprimente como dizem? Sinceramente acredito que deve ser das melhores décadas para se aproveitar a vida. Mas ainda tenho um ano de 20s pela frente... Sem pressas!

Etiquetas:

terça-feira, agosto 08, 2006

The Assassination of Richard Nixon


Sean Penn, muda de papel! Pobre Sean, eu gosto dele, mas parece que está a ficar estigmatizado com papeis de tipos com menor habilidade mental ou com uma forma diferente de ver o mundo. Nao sei se procura estes tipos de papel, ou nao, mas pessoalmente, estou farto!
Neste filme, Penn é Sam Bicke, um homem com um casamento desmoronado, com uma carreira profissional falhada e que entende que o mundo tal como está nao se coaduna com a sua escala de valores. E de quem é a culpa? Do presidente dos Estados Unidos na altura, Richard Nixon. Assim, Sam engendra um plano para matar o presidente, provando assim que "até os graos de areia" como ele "sao capazes de fazer a diferença.
No geral, o filme é chato, com um ritmo aborrecido, com personagens antipáticas e de alguma forma exageradas como clichês. O filme peca por ser algo que realmente está feito de uma forma muito batida e nem sequer os bons desempenhos de Sean Penn, Dan Cheadle ou a presença sempre agradável da Naomi Watts conseguem salvar aquele que é uma boa história, um mau argumento e um filme ainda pior.
Nota final: **

Etiquetas:

Mudança de visual

Bom, sem querer mudei um bocado. Lentes de contacto. Nada de óculos. Vamos ver como me adapto. O que me chateia é que agora vejo o meu nariz. Antes nao via. E porque agora tenho de andar com um monte de cenas extra... ando com um apêndice, que é uma mala tira-colo... Um bocado gay, acho eu, mas garanto-vos que em nada afectou a minha masculinidade (lol). E posso voltar a andar com caneta e papel comigo, como acontecia há uns anos atrás... E agora como alguém diz, quando eu mudar de óculos de reserva para uns rectangulares de massa e começar a andar com um caderno "moleskin" na bolsa...

Etiquetas:

segunda-feira, agosto 07, 2006

La tigre e la neve


O mais recente filme de Roberto Benigni é, de alguma forma, uma decepçao. Depois de "A Vida é Bela", sai-nos... "A Vida é Bela II - A invasao do Iraque". De facto, o filme tem alguns momentos muito divertidos. Benigni é um comediante nato e a cena no seu apartamento é de génio (apesar de algo inocente). Mas a dada altura, quando o filme devia entrar em velocidade de cruzeiro, apercebemo-nos de que a fórmula é a mesma de "A Vida é Bela" e que nao vai passar dali.
Este filme conta a história de um poeta que tem sonhos recorrentes com a "mulher da sua vida", nomeadamente que casa com ela com o Tom Waits (O Tom Waits) a cantar e tocar no seu casamento). Depois de algumas desventuras Benigni descobre que a sua dama foi ferida durante a invasao americana do Iraque em 2003 e vai ao seu socorro.
A poesia é algo que tem de bom este filme, está sempre presente e é elogiada e feita apreciar de um ângulo que quanto a mim é muito bem conseguido. Mas relativamente ao filme, ele é repetitivo, cola-se muito à fórmula que resultou bem uma vez de "A Vida é Bela" e nem o ligeiro "twist" final o salva de uma certa mediania.
Nota final: ***

Etiquetas:

domingo, agosto 06, 2006

Benicassim em 3 parágrafos


Queria fazer um post decente sobre Benicassim, quem sabe com algumas fotos e alguns comentários sobre as bandas, mas acabou por passar tanto tempo que acho que já não vale a pena. Aqui fica um pequeno parágrafo com as bandas que vi e quanto é que eu gostei delas.
Na sexta chegámos tarde e a más horas, mas ainda vimos Strokes (****), Tiga (***), Manta Ray (***). Fomos dormir pelas 6h00. No sábado vimos Morrissey (****), Jay-Jay Johanson (*****), Madness (***) e Franz Ferdinand (****). Na tenda às 3h00. No domingo foi dia de Editors (*****), Puggy (**), Yann Tiersen (***), We are Scientists (****), Depeche Mode (****), Art Brut (****), Placebo (*** - a maior desilusao) e dEUS (*****). Pelas 3h30 estavamos deitados. Na 2a, a festa na praia estava demasiado cheia e eu demasiado cansado.
Valeu muito a pena, mas começo a pensar que tem de haver uma solução melhor do que campismo para estas coisas.

Etiquetas:

Bailado?


Pois é, um provérbio que me ensinaram que fala de juntas de bois e pelos púbicos vêm-me à cabeça e... fui ver um bailado. No âmbito dos "Veranos de la Villa", um conjunto de actividades culturais da cidade durante o Verão, acabei por ir ao Matadoro de Madrid (agora reconvertido) para ver um bailado chamado "Pink Floyd Ballet". Como o nome indica, é um bailado que acontece ao som de músicas de Pink Floyd. Mesmo não sendo um grande fã de Pink Floyd, achei que poderia ser uma introdução ao bailado assim mais... suave.
Aparentemente este bailado foi executado pela primeira vez em 1972, quando o coreógrafo Roland Petit (porque é que este nome não me é estranho?) contactou e colaborou com a própria banda. O espectáculo que eu vi foi executado pela Tokyo Asami Maki Company, "a companhia de dança clássica mais importante do momento", segundo um jornal espanhol. O espectáculo mistura bailado clássico com contemporâneo e ainda algumas coisas de street dance com uns convidados especiais para esse efeito. Para além disso, a bailarina principal é aparentemente a músa mais recente de Laurent Petit, uma tal de Lúcia Lacarra.
Dois comentários pessoais. Primeiro, houve músicas que me passaram absolutamente ao lado e que só me apetecia era dormir, mas houve também outras onde realmente pude apreciar o trabalho que os artistas desenvolveram. Como foi a primeira vez que vi uma coisa destas, vou-lhe dar outra hipótese. O segundo comentário é relativo ao espaço. É enorme, está ainda com muitos dos seus edifícios desocupados, este espectáculo era ao ar livre, com umas bancadas metálicas pré-fabricadas, mas essencialmente, um belo ambiente para um espectáculo deste tipo.

Etiquetas:

sábado, agosto 05, 2006

TV Bits - Lost


Eu vejo muito pouca televisão. Aqui em Espanha ainda por cima está tudo dobrado, o que torna a experiência ainda mais desconfortável. Assim, vejo futebol (essencialmente o mundial e quando posso, a liga dos campeões, um derby espanhol ou um ou outro jogo português, por esta ordem), Fórmula 1 ou MUITO raramente um ou outro filme ou série. No entanto, graças às maravilhas dos softwares de partilha de ficheiros, tenho tido a oportunidade de PIRATEAR algumas séries de televisão de que gosto.
O meu companheiro de casa Alberto tinha aí uns DVDs com a primeira série de Lost quase completa. Eu já tinha visto alguns episódios em Portugal e tinha achado piada, vendo a primeira série quase toda de seguida, deu para finalmente tirar algum sentido do que se estava a passar. Comecei a completar a primeira série e a "colecionar" a segunda. Já a tenho completa.
Para quem não sabe, a premissa de Lost é a velha história de um grupo de pessoas que se vêm presas numa ilha deserta. Neste caso não é depois de um naufrágio, mas sim depois da queda de um avião num vôo Sidney - Los Angeles. Como tinham perdido as comunicações e desviado-se bastante da rota antes da queda, ninguém sabe bem onde os procurar.
Agora, têm de sobreviver naquela ilha com os recursos que puderem encontrar. Claro que tudo seria mais fácil não fossem as coisas inexplicáveis que acontecem naquele lugar, os seus não muito simpáticos habitantes... e se cada um dos sobreviventes não tivesse a sua própria história obscura (que é contada em flashbacks que intervalam a acção "no presente").
Resumindo, partindo de uma premissa simples, a série foi capaz de construir um enredo complexo e misterioso á volta dos acontecimentos na ilha e dos sobreviventes que nela tentam restabelecer uma certa normalidade à sua vida e mesmo tentam esporadicamente voltar para casa.
Estou ansiosamente à espera da terceira série.

Etiquetas:

quarta-feira, agosto 02, 2006

Estrela da Amadora 2006-07


Bom, aqui vai um "post" sobre o plantel do Estrela da Amadora. Enquanto esperamos pelo tal segundo central brasileiro (se nao era de aproveitar o Santamaria...?).
Pedro Alves GR (ex-Belenenses) - Nao conheço.
Marcelo (ex-Malveira) - Nao deve tocar na bola.
Paulo Lopes GR - Deve ser o titular. Oxalá se porte tao bem como quando foi chamado no ano passado.
Tony DD - Se mantiver os níveis do ano passado, estamos muito bem servidos
Zamorano D/M D - Nao deve ser titular, mas dá-me garantias para os dias de necessidade.
Amoreirinha DC - Oxalá nao passe o ano todo adaptado a defesa esquerdo. Tenho ideia de que poderá ser titular, o que eu nao sei se é uma boa coisa.
Hugo Carreira DC - Conhece a casa muito bem, mas a casa também o conhece a ele. Muito predisposto a dar casas...
Pedro Simoes D/M C - O ano passado esteve mais seguro que o que eu estou habituado e jogou bem a central. Mas nao é nenhum patrao da defesa.
Paulo César DC (ex-Clube Esportivo Bento Gonçalves - lol!) - Se nao for este, nao sei quem será, mas nao o conheço.
Edu Silva DE (ex-Náutico) - Parece que ataca bem, mas nao conheço.
Luis Loureiro MD (ex- Sporting) - Internacional português (é sempre bom tê-los). Espero que mande no meio campo como aqui há uns anos no Gil Vicente.
Castro MD (ex-Moreirense) - Segundo ouvi, é um tipo seguro. É potencial titular quer em 4-4-2, quer em 4-3-3
Sérgio Marquês MC (ex-Olhanense) - O bom filho à casa torna. Vamos ver o que os ares do Algarve o fizeram aprender.
Tiago Rosa MC - Um ex-junior que transitou do ano passado. A ver se se consegue impor no meio campo. Vai ser difícil.
Tiago Gomes MO (ex-Odivelas) - Ainda é muito novo (20 anos). Veremos se consegue jogar alguns minutos.
Rui Duarte MO - O ano passado nao jogou muito devido à táctica que o Toni utilizava. Mas quando jogava, jogava bem. Este ano pode ser que tenha mais hipóteses.
Marco Paulo MO (ex-Estoril) - Um veterano que pode ter lugar na equipa. Espero dele, pelo menos consistência.
Cleiton MO (ex-Rio Ave) - Em princípio será o médio ofensivo titular. Do que eu vi o ano passado, era bom jogador e fazia o Rio Ave ter alguma consistência. Se repetir a época do ano passado (nao na parte do descer de divisao), nao fico triste.
Ndaye ME - O ano passado estava tapado pelo Semedo, mas ainda marcou um golo. Dependendo da táctica, tem hipóteses de ser titular.
Tarcísio ME (ex-Grémio Anápolis) - Nao conheço.
Rui Borges MO - Há dois anos que este senhor mete a equipa a jogar. O ano passado nao marcou tantos golos, mas deu-os a marcar e ajudou a contruí-los. A táctica esquisita do Toni do ano passado nao se deve repetir, mas espero que possa vir a ser titular...
Moses A (ex-Olhanense) - Nao conheço. Mas dizem que estava de reserva para ir ao mundial pela selecçao do Gana. Mas se os avançados ganeses eram tao maus e este ainda é pior...
Hugo Santos (ex-Olhanense) - Nao conheço.
Paulo Sérgio ED (ex- Belenenses) - Este deve ser o títular do lado direito do ataque. Espero que marque golos.
Anselmo A - Mais que um por época, por favor? O ano passado, prometeu no início, mas depois nao cumpriu. Anselmo, eu sei que ainda és relativamente novo, mas pagam-te é para marcar golos e nao para QUASE marcar golos.
Jones A - Diz "O Jogo": "no início de 2006, com a camisola do Friburguense, foi o segundo melhor goleador do principal campeonato carioca, com seis golos; já mais recentemente, ao serviço do Macaé, sagrou-se mesmo como melhor marcador da segunda divisão do mesmo campeonato, com onze tentos." Espero que no Estrela também marque.
Como comentário geral, posso dizer que nao estou de maneira nenhuma satisfeito. Da equipa titular do ano passado saem Bruno Vale, Maurício, Santamaria, Emerson, Coutinho, Paulo Machado, Manú e Semedo. OITO!!!! E quem entra? Na baliza, Pedro Alves que eu nao espero que seja titular. Na defesa, o Santamaria saiu sabe-se lá bem porquê e esperamos um central brasileiro para acrescentar ao Paulo César, que nao me dá garantias nenhumas. O meio campo, o nosso sector mais forte o ano passado, foi totalmente remodelado, saindo os certinhos André Barreto, Paulo Machado, Emerson e Coutinho. Este último era de ter tentado agarrar. No ataque saem as nossas flechas Semedo e Manú. Tenho pena que o Semedo tenha ido para um clube romeno manhoso. O Manú tenho esperança que seja dispensado no natal. E quem entra? Um emprestado do Sporting que o ano passado só jogou meia época no Belenenses e dois avançados do Olhanense? Parece-me nitidamente pouco.
De resto, em termos de guarda-redes nao me queixo, mas o Paulo Lopes nao é nenhuma vedeta. A defesa parece-me completamente descompensada. Se a faixa direita parece ok, no lado esquerdo só temos um defesa de raíz. O ano passado tinhamos 3 e lesionaram-se todos. Se este se aleija... No centro esperamos o tal defesa, mas quanto a mim, preferia o Santamaria que já conhece a casa há dois anos, é português e estava livre.
No meio campo, o Luís Loureiro é um bom reforço e Castro parece-me competente. No entanto, acho que nao temos médios direitos natos, que apenas teremos adaptaçoes. Isto apesar de nao saber bem em que sistema é que o Daúto Faquirá vai por os jogadores a praticar.
No ataque, o deserto do costume. Dispensamos o cabo-verdiano do Zamalek e o ex-promessa do Benfica e mantemos o Anselmo que o ano passado foi um anjinho, apesar dos bons indícios que deu no início da época. Pode ser que o tal Jones...
Bom, assim de repente e porque sou um apologista do nosso sistema "clássico" 4-3-3, diria que o onze titular deveria ser:
____________________________Paulo Lopes___________________________
Tony_____________Paulo César____________Amoreirinha___________Edu Silva
______________Luís Loureiro________________Castro___________________
______________________________Cleiton____________________________
Paulo Sérgio_____________________Jones________________________Tarcísio

Etiquetas:

Um franco, 14 pesetas


Fui ver ontem este filme espanhol sobre um par de emigrantes espanhois na Suiça durante os anos 60 do século passado. É uma história realista (e baseada em factos reais) sobre dois madrilenhos que confrontados com o desemprego na sua cidade, vao trabalhar para uma pequena cidade na parte da Suiça onde se fala alemao. As dificuldades de comunicaçao, a própria "selvajaria" que marcava o seu comportamento (as diferenças entre a Suiça e a Espanha de entao era muito maiores), revelado por pequenos detalhes como atirar papeis para o chao, nao saber o que era papel higiénico ou o que era um edredon (ok, nao faço ideia como isto se escreve), sao todos factores que prejudicam a sua integraçao. Aos poucos os espanhois lá conseguem superar os problemas que se lhes aparecem e vao-se integrando nas comunidades, especialmente depois das suas familias irem ter com eles.
No final, há o regresso e a prova que este pode ser um duplo exílio, pois a casa já nao é como era, agora que se conhece mais do que estamos habituados. A forma como a família que regressa tem problemas com a sua reintegraçao é disso prova. Creio no entanto que este filme é mais sobre imigraçao do que sobre emigraçao e foi feito com o pretexto de alertar de alguma forma a sociedade espanhola, cada vez mais um país de imigraçao (16% da populaçao de Madrid nao é espanhola) para que as coisas há bem pouco tempo eram ao contrário e que apesar dos mal entendidos, da menor formaçao, da falta de hábito face aos costumes locais, somos todos seres humanos a tentar procurar um futuro melhor num local que nos dê mais possibilidades. Poderia ser útil a sua exibiçao também em Portugal.
Gostei do filme e da sua mensagem, apesar de nao ser nenhuma obra prima da cinematografia. Nota final: ***

Etiquetas:

Benicassim... já vai!

Bom, Benicassim correu muito bem apesar de nao poder ver todos os concertos que queria devido ao cansaço. Assim que puder, conto mais em pormenor. E vou ver se arranjo umas fotos giras para lá pôr...

Etiquetas: