Conversa, futebol, cinema, música, viagens, banda desenhada, culinária e as coisas estranhas que acontecem na minha vida.

sábado, novembro 29, 2008

Estrela - plantel 2008/09

Em primeiro lugar, estou doente com esta história dos salários em atraso. Ao contrário de todos os idiotas que comentam nos jornais "despromoção já!", não posso aceitar que se diga isso sem qualquer tipo de conhecimento do que se passa no clube. O Estrela da Amadora cumpriu todos os pré-requisitos para poder participar nesta temporada. Dessa forma, foi bem inscrito. Depois não pagou salários. Certo. É GRAVÍSSIMO! Mas se for despromovido agora, o que é que acontece? Fica a primeira divisão com 15 clubes? Sobem o clube do major? Ou o do outro corrupto que ainda leva menos gente ao estádio do que o Estrela? Não creio.
Outra questão é apontarem o dedo ao presidente do Estrela. Como sócio, gosto do trabalho dele. Pegou num clube em que anteriores direcções fizeram o que quiseram e deixaram que alguém viesse para concertar as asneiras que cometeram e transformou-o num clube que será possível gerir a médio prazo. Obviamente não é perfeito e o seu benfiquismo irrita-me e já nos causou dissabores. Mas é esforçado e tem conseguido algo impressionante, que é a manutenção já por três anos consecutivos com orçamentos baixos. Falando em orçamentos, quando argumentam que "quem não tem dinheiro não tem vicios" e que o Estrela entra em loucuras, é de realçar que temos um orçamento RIDÍCULO para a primeira divisão.
Aquilo que eu quero agora, é ver as contas dos últimos anos que o presidente VERGONHOSAMENTE não apresentou! Porque não as apresentando, o que parece é que está a tentar "arranjá-las" até ao momento certo em que se apresenta como herói. Não queremos isso, queremos transparência.
Quanto ao motivo de não pagarmos os salários, acho que já toda a gente que realmente está interessada em saber, já sabe que se trata da existência de penhoras das nossas receitas, que existem, para pagar dívidas antigas. Tenho pena que algumas sejam fruto de cobranças de antigos sócios, que já tiveram posições em órgãos sociais do clube e que possivelmente terão tido mais benefícios do que custos da sua posição, TERÃO LESADO O CLUBE EM ALGUMAS TRANSFERÊNCIAS (relembro que no mesmo ano vendemos Jorge Andrade e Miguel a FC Porto e Benfica) por tuta e meia. No caso do Jorge Andrade, lembro-me de poucos meses depois de ter sido vendido ao FC Porto, se falava numa possível revenda por valores que rondavam os 2000% (DOIS MIL) do seu valor de compra ao Estrela da Amadora.
Se tiver oportunidade, depois deste momento mais conturbado passar, tentarei ver o que é pode ser feito no âmbito dos estatutos do clube para sublinhar a minha desaprovação do comportamento destes sócios face ao clube.
Enfim, como disse, esta história dos salários em atraso, tem-me dado muitas dores de cabeça.
O comportamento do clube este ano, felizmente não. Apesar de um ou outro jogo menos conseguido, a posição na tabela é confortável e, se tudo correr bem, poderemos manter-nos novamente. No entanto, a minha expectativa mais favorável é mesmo o 14º lugar.
É que este ano conseguimos pegar nos melhores jogadores da terrível equipa que tinhamos no ano passado, vendê-los barato e substituí-los por jogadores da 2ºa divisão B. Com algumas honrosas excepções...
Assim, eis o plantel que se tudo correr bem, nos levará a conseguir a permanência.
GR - Nélson. Espero muito deste grande guarda-redes. Quem sabe não possa ser a prazo chamado à selecção? Tem feito exibições ENORMES!
GR - André Marques. Terceiro guarda-redes, não deve jogar.
GR - Filipe Mendes. Suplente do Nélson, só jogará se este se lesionar.
Defesa - Filipe Figueiró. Brasileiro que nem sei em que lugar da defesa joga. Possivelmente central, veio no carregamento deste ano. Não deve ter muitas oportunidades até ao fim do ano se os que têm jogado actualmente continuarem a actuar como até agora.
DC - Nuno André Coelho. Titular da selecção de sub-21 emprestado pelo FC Porto, espero que seja titular e que dê consistência ao centro da defesa.
DC - Mustafa. Argentino que chegou e se impôs, quase fazendo esquecer Maurício. Por agora, tudo ok, vamos ver se continua a ser titular até ao final do ano.
DC - Hugo Carreira. O nosso jogador mais experiente e julgo que mais antigo no clube. Não tem jogado regularmente, mas creio que é o central que entrará quando um dos dois anteriores não puder jogar.
DE - Vitor Vinha. Este defesa que veio da Académica poderá ser uma boa opção, mas por agora ainda não jogou.
DD - Nélson Pedroso. Chegou com o (ex-)treinador, Lito Vidigal. À partida será o suplente do...
DD - Hugo Gomes. Este defesa que veio também de um ex-clube do (ex-)treinador, julgo que terá ainda jogado na primeira divisão pelo... Farense! Tem sido titular e a defesa tem actuado bem. Deve ser o titular.
DE - Vitor Moreno. O ano passado não gostei das suas exibições. Mas este ano tem sido titular. Vamos ver se assim continua.
DC - Ney. Outro que veio no carregamento anual de brasileiros. Mais um que não tem tocado na bola.
MD - Pedro Pereira. Eu sou fã do Pedro Pereira. Mas o (ex-)treinador não. Quem sabe seja por culpa de este ano jogarmos em 442 losango e este ser um médio ala que não é muito útil em missões defensivas. Se a táctica continuar a mesma, não deve acabar com muitos minutos.
MC - Jardel. Já este médio, que veio no carregamento, tem sido titular e tem jogado bem, segundo parece. Confesso que das vezes que o vi jogar não me impressionou, mas os treinadores têm confiado nele, e isso para mim é suficiente. Pelo menos joga.
MC - Celsinho. O "novo Ronaldinho" que veio emprestado do Sporting tem feito jogar e tem marcado. Mas o (ex-)treinador punha-o a jogar no apoio ao outro avançado e eu prefiriria vê-lo a jogar a nº10. Por agora tem sido mais falado por sair à noite do que por fazer a equipa jogar. Espero que isso mude daqui para a frente. Um dos REFORÇOS.
MC - Luís Vidigal. Uma surpresa ter este internacional A de Portugal no plantel. Imagino que muito disso se deva ao facto do seu irmão ser o (ex-)treinador. Mas agora que cá está, conto com ele para se servir da sua experiência para conduzir o clube a uma temporada, se possível, tranquila.
MC - Marco Paulo. Outro veterano, este ano continua a jogar e parece que com melhores resultados do que no ano passado.
MC - Celestino. Outro emprestado do Sporting (acho), é titular, é ele que marca (MAL) quase todas as bolas paradas. Eu gostava que ele melhorasse um bocado, porque realmente não me parece "suficiente" para ser titular.
MC - Marcelo Goianira. Este chegou no carregamento de brasileiros do ano passado, manteve-se (o que não é nada normal) e este ano tem jogado mais. E tem sido constante. Oxalá mantenha a forma, já não era mau.
MC - Diego Paulista. Outro membro do carregamento anual, não tem jogado.
MC - Fernando Alexandre. Este é ex-junior do Benfica. Por isso tem direito a muito boa imprensa. Não tem tido muitas oportunidades, mas pelo que já vi, parece-me competente. Mas entre ele e o Celestino, julgo que o último jogará mais vezes. Banco para este.
MC - Têti. Outro brasileiro que veio no carregamento deste ano. Acho que foi este (mas posso estar enganado) que estava em dúvida se podia jogar ou não devido a ter jogado num clube e no seu satélite no Brasil. No único jogo que vi dele parecia ser um lutador. Não sei se será titular indiscutível, mas gostei da atitude.
MC - Marcelo. Esteve emprestado no ano passado ao Olivais e Moscavide. Este ano não tem tido muitas oportunidades. Mas ainda é novo. É ex-junior e é sempre bom tê-los no clube (se valerem a pena. Pode ser que sim).
ME - N'Diaye. É este ano, N'Diaye? Com uma média de UM GOLO POR ANO desde que chegou há quatro anos, este ano já o marcou. Será que é desta que se impõe? Tem jogado mais vezes do que eu esperava, dada a táctica não ser a mais adequada para um extremo. E tem jogado bem... mas ainda não é aquilo que eu espero dele.
AV - Anselmo. Este ano dada a presença do Celsinho e especialmente do Varela, não tem jogado tanto. Pode ser que a mudança de treinador o ajude.
AV - Monteiro. Outro que veio do clube do (ex-)treinador. Por agora, não tem tido muitas oportunidades. Também me parece que não será uma das escolhas mais óbvias. Mas ainda é novo. Pode ser que melhore e que aproveite algumas oportunidades que lhe possam ser dadas ao longo da época.
AV - Rui Varela. Este fomos buscá-lo ao Olivais e Moscavide. Tem tido algumas oportunidades. Ainda não marcou e é isso que se espera de um avançado. Deve ser, por norma, suplente.
AV - Adul Baldé. Outro ex-junior. Já era hora de um junior se impor na equipa novamente. Será este?
AV - Garavano. Avançado argentino (agora estão na moda). Ainda não teve muitas oportunidades. Espero que consiga MARCAR GOLOS!
AV - Silvestre Varela. Este não engana. Sou seu fã desde há algum tempo e fico muito contente que o Sporting não o queira. Este marca golos e poderá ser o nosso abono de família para este ano. E era tão bom que pudesse ficar...
Quanto ao treinador... o que dizer. Lito Vidigal, um treinador sem qualquer experiência na primeira divisão, outra boa aposta do nosso presidente que realmente parece que tem dedo para descobrir bons treinadores (presumo que baratos). Depois de António Conceição e Daúto Faquirá, Lito Vidigal. Um belo começo, que poderia ter tido um futuro mais risonho... não fossem os problemas de salários. Após a vitória na taça face à Académica que nos colocou nos oitavos de final, despediu-se em solidariedade com os jogadores. Tenho IMENSA pena. O presidente resolveu dar uma oportunidade ao treinador adjunto Lázaro. Vamos ver o que se passa a seguir.
Vai ser uma época longa, que até agora tem sido cheia de percalços, mas se tudo correr bem, vamos conseguir a manutenção... e PAGAR OS SALÁRIOS!

Etiquetas:

quarta-feira, novembro 26, 2008

Londres!

E Brighton! Que frio do caraças!
Ver amigos, beber copos, relembrar a famosa (por razões dúbias) culinária inglesa e apanhar chuva!
E o cúmulo da estupidez... Fui lá supostamente para obter o meu certificado de habilitações do mestrado. Tive-o comigo 4 horas. Esqueci-o num pub NA UNIVERSIDADE. Nem de lá saiu... Que tristeza. Parece que lá vou ter de ir outra vez.

Etiquetas:

Cinema em Novembro

Quantum of Solace (2008)
O novo 007 é um pouco sui generis. Tanto quanto sei, é a primeira vez que se trata de uma continuação do filme anterior.
Amargurado pela morte da sua anterior Bond Girl, Vesper, Bond persegue os responsáveis. E ao fazê-lo, apercebe-se que há uma organização com um nome estúpido (Quantum) que tem agentes infiltrados em todo o lado. Agora há que descobri-los. Só que ele tem um certo problema... não consegue seguir o rasto dos bandidos sem matar toda a gente que lhe aparece pela frente.
A gerência não gosta e começa a persegui-lo. Mas no final tudo se explica por um zelo e determinação acima do normal.
De notar a mensagem ecologista do filme. Já começa a ser moda. Ainda bem, podia ser pior.
No final, a bond girl boliviana (representada por uma russa???) não morre nem cai na cama do Bond mais louro de sempre.
Um filme de acção decente.
Nota final:***
____________________________________________________________________

Témoin Indesirable (2008)
No mundo real... temos um documentário que fui ver no âmbito do festival de cinema latino-americano de Genebra e arredores.
É sobre um reporter colombiano, Holden Morris, que tem um programa (o único, financiado por estrangeiros) na televisão colombiana que pretende retratar o conflito armado, verdadeira guerra civil que existe entre as guerrilhas comunistas (FARC), os grupos paramilitares (de extrema direita) e o exército (que supostamente luta contra ambos - mas não esquecer que metade ou mais do governo, incluindo o presidente, é suspeito de ter ligações aos grupos paramilitares). No meio, os traficantes de droga, os camponeses que cultivam cocaína e a total indiferença da população que vive nas cidades.
Algumas pessoas na Colombia não gostam do trabalho de Holden Morris e este filme retrata o seu dia a dia.
Interessante quanto ao conteúdo, algo parcial quanto ao objecto em estudo, a nota final é: ***

Etiquetas:

R.wan

E ainda na espectacular oferta musical de Genebra, fui a um concerto com uns amigos.
"É um tipo da minha cidade, lá na Bretanha".
"Ok, então vamos lá!"
No dia do concerto, estou na paragem do eléctrico e perguntam-me se gosto de hip-hop. Eu respondo que "não, nem por isso".
"Mas o concerto que vais ver não é de hip-hop?"
"O QUÊ?!?!?!?!"
Pois bem, R.wan (nome original é Erwan, típico nome bretão), é o vocalista de uma banda chamada Java. Francesa, pois claro. Lá vi o concerto do tipo no Chat Noir, em Carouge.
Bom, tenho de dizer que fiquei surpreendido. Eu tinha uma ideia antiga de que o hip-hop francês não tinha nada a ver com o hip-hop americano ou português (a ideia dos "gangstas" e isso) nem com o alemão ou espanhol (que nem sequer tenho palavras para descrever). Seria sim, uma coisa muito deles, com algumas excepções honrosas. Um bom exemplo disso era, quanto a mim, MC Solaar. Passado. Nos últimos anos, até porque tenho visto mais MCM do que devia, o hip-hop francês tem-se cada vez mais revelado como a mesma pepineira que o hip-hop americano (mas com miúdas menos "plásticas". Assim, as minhas expectativas eram muito baixas.
Bom, posso dizer que fiquei agradavelmente surpreso com o que se passou. O concerto era com o R.wan e com um baterista e um sintetizador (isto provavelmente tem outro nome, mas eu sou ignorante). Só isso. O espectáculo era R.wan a demonstrar toda a sua versatilidade, mudando de estilo para estilo com uma enorme velocidade (enquanto mudava de guarda-roupa em palco para se adaptar ao estilo), e "gozando" com os vários estilos músicais que eu abomino (entre várias nuances de hip-hop), enquanto demonstra quão "fácil" (pelo menos para ele) é fazer alguma daquela música com qualidade. Em suma, a procurar no You Tube!

Etiquetas:

domingo, novembro 16, 2008

Estrela - plantel 2007/08

Ok, tempo para a primeira parte das coisas tristes. Esta análise já vem atrasada e tendo em conta os actuais acontecimentos, até parece meio despropositada... mas aqui vai o meu resumo da época passada do Estrela da Amadora.
Pelo segundo ano consecutivo, Daúto Faquirá foi o treinador. Depois do 9º lugar do ano anterior, o objectivo voltava a ser a manutenção. Como reforços, uma catrefada de brasileiros. Não prometia ser fácil. E não foi. O trabalho do treinador foi regular. Depois do começo complicado do ano anterior, desta vez, o início, com um calendário mais acessível, permitiu à equipa ter mais margem de manobra, ganhando alguns jogos desde o começo. No final, contudo, abalados pelo início do período (vergonhoso) de salários em atraso, as coisas começaram a não correr bem. Mas lá nos safámos, com mais ou menos dificuldades. O resultado final do 11º lugar não é motivo de orgulho, mas tendo em conta o plantel, o orçamento e a conjuntura, foi um resultado aceitável.
E assim, aqui fica a minha apreciação ao plantel do ano passado.
- Nélson: O titular durante quase toda a época passada, sempre foi uma grande contratação. Sempre gostei mais dele do que do frangueiro que está agora no Sporting que por cá também passou (Tiago) e estou muito contente por ele ter continuado.
- Pedro Alves: Jogou algumas vezes mais para o final da época. Acho que ele tem bons reflexos, mas algumas vezes está completamente desconcentrado. Não era para ser titular.
- Filipe Mendes: 3º Guarda-Redes. Nem sei se jogou.
- Rui Duarte: Com a saída do Tony para o futebol romeno, o lado direito da defesa ficava órfão de um dos melhores laterais a actuar em Portugal. O Rui Duarte preencheu esse vazio perfeitamente e fez um campeonato exemplar.
- Cardoso: Central brasileiro que veio com mais uma molhada de outros, começou por jogar a defesa esquerdo (sem comprometer) e marcou alguns golos de canto. Foi emprestado a um clube romeno, mas eu até gostava que tivesse ficado. Seria bom para o banco, julgo eu.
- Maurício: De volta depois de uma passagem pelo poderoso Pohang Steelers da Coreia do Sul, o nosso capitão brasileiro voltou a mostrar quem mandava na grande área do Estrela. Mais um bom campeonato, com os tradicionais remates de longe e livres fortíssimos, com uma velocidade invulgar para alguém daquele tamanho e um desempenho geral bastante aceitável. Uma das razões da nossa permanência.
- Hugo Carreira: Não foi titular desde o início da época, mas lá acabou por se impor, especialmente depois da saída de Cardoso. Primeiro a defesa esquerdo, depois a central, mandando para o banco...
- Wagnão: Que começou muito bem o ano, sendo titular a maior parte dos jogos, mas que para o fim do ano perdeu o fôlego e o lugar para o Hugo Carreira. Mas tive pena que se tivess ido embora para o Leiria.
- Edu Silva: Depois de um ano parado, o lateral esquerdo brasileiro voltou lentamente... mas nunca se imôs. Tenho pena, porque antes de se lesionar parecia um lateral esquerdo decente, e ou nunca ficou completamente recuperado ou o treinador nunca apostou nele.
- Vitor Moreno: O lateral cabo-verdiano nunca me impressionou. Mas no final do ano o lado esquerdo da defesa era dele.
- Helder Cabral: Defesa, médio ala, ponta de lança, o rapaz jogava em todo o lado. Marcou um golo importante na goleada surreal ao Guimarães (ele que tinha vindo de lá corrido) e lutou muito. Parece que ainda ganhámos dinheiro a vendê-lo a um clube dinamarquês. Há de lá estar melhor do que na Amadora.
- Daniel Carlos: Nunca foi tão importante como na época anterior, mal jogou. Era lutador, mas nunca me atraíu muito.
- Mateus: No meio da catrefada de brasileiros, algum havia de ser bom. Este era. Um dos nº10 com mais assistências no campeonato do ano passado, foi com o treinador Faquirá para o Setúbal. Tenho pena. Ainda para mais porque não ganhámos um tusto com ele e havia potencial para isso.
- Fábio Nunes: Este "fabuloso" jogador apareceu apenas uma vez no campeonato passado. Na derrota na Luz por 3-0. Faz sentido estrear jogadores num dos jogos mais difíceis da época. Para o Daúto Faquirá, pelo menos.
- Marco Paulo: O veterano médio tinha uma sina no ano passado. Sempre que jogava, nós perdiamos. Sempre que ele saía, marcavamos golos. Sempre que ele entrava, sofriamos golos. Mas lá foi jogando e acabou por ser importante. Mas parecia que o Daúto Faquirá tinha por ele uma predilecção que ninguém percebia.
- Fernando: Médio brasileiro internacional sub-20, emprestado pelo FC Porto. Foi fundamental durante todo o ano. Um exemplo.
- Luís Aguiar: O uruguaio que este ano está a mostrar o que vale no Braga. Emprestado pelo FC Porto, dava para ver que era bom jogador. Mas nunca se adaptou ao clube. Saíu no inverno sem impressionar. Foi para a Académica e melhorou.
- Celestino: Emprestado pelo Sporting, no final da época acabou por ser importante, jogando a médio defensivo. Mas nunca tanto como Fernando, por exemplo.
- Marcelo Goianira: Jogou alguns jogos mais para o final da época, mas este médio brasileiro que veio no carregamento anual não era uma primeira escolha.
- Tiago Gomes: Um dos vértices do losango do meio campo, acabou por ser vendido depois de uma enorme novela. Era um dos poucos activos do clube e tivemos de o fazer render. Alvo de uma imprensa favorável por ser novo, português e vir das escolas do Benfica, era certinho, mas raramente impressionava. Nem sequer pela consistência. Tivemos sorte em ganhar seja o que for com ele (nem sequer muito, porque só tinhamos 30% do passe ou algo assim). Mas foi importante durante a época toda e quando jogava melhor, notava-se na equipa.
- Pedro Pereira: Este jogador vindo do Vizela tem bom drible, boa velocidade, quanto a mim desequilibrava... mas o treinador raramente o punha a jogar. A jogarmos em 433 ou 451, ele devia jogar.
- Nuno Viveiros: Outro que tinha algum potencial, tanto a médio ala como a extremo. Mas raramente jogámos assim no ano passado e ele também não. Outro que foi parar à Roménia. O campeonato romeno devia ser patrocinado por nós (ou se calhar, devia era patrocinar-nos...).
- Elson: Chegou a jogar? Brasileiro que, tal como o previsto, veio mesmo só para encher o avião.
- N'Diaye: Ainda não foi desta. Nem foi desta que fez esquecer o Semedo, nem foi desta que finalmente se impôs. A sua fantástica média de um golo por temporada desde que chegou (com cada vez mais jogos), não impressiona.
- Anselmo: O nosso melhor marcador, teve a sua melhor época. Ok, 6 golos não são impressionantes, mas para o Estrela não está mal. Até porque teve dois ou três golos mal anulados por pretenso fora de jogo. E um ponta de lança português titular no Estrela? Eu gosto.
- Adul Baldé: Junior promovido a meio do ano, teve a oportunidade de se estrear. Vamos ver se vale a pena.
- Jeremiah: Nigeriano que fomos buscar a Malta... falhou.
- Rui Pedro: Jovem emprestado pelo FC Porto, não teve muitas oportunidades.
- Marcelo: Julgo que se trata de um ex-junior que não jogou.
- Mendonça: O internacional angolano emprestado pelo Belenenses tornou-se fundamental assim que chegou. Colaborou nas últimas jornadas quando o objectivo estava à vista, mas ainda não estava concretizado.
- Yoni: Extremo espanhol. Nunca me impressionou. E para espanhois no Estrela, nunca nenhum chegará aos pés do fabuloso e mítico, Alberto Bodelon!
- Giancarlo: Salvo erro, este chegou no inverno, vindo do Brasil. Foram-lhe dadas oportunidades... que ele não aproveitou. Não foi um grande reforço. Talvez pudesse ter ficado no banco... mas não se perdeu muito que não o tenha feito.
- Moses: Internacional ganês, este ponta de lança era para jogar SEMPRE ao lado do Anselmo. O treinador não concordou comigo. Mas eu gostava dele. Foi parar à Olhanense.
- Mossoró: No início parecia prometer, no final... não fez grande coisa. Outra desilusão.
Quanto a uma equipa tipo, parece que o ano passado andámos mais em 442 do que outra coisa qualquer. Para a posteridade, aqui fica o que eu acho que foi a nossa equipa tipo do ano passado.
_______________Nélson__________________
Rui Duarte__Maurício____Wagnão___Vitor Moreno
______________Fernando_________________
_____Marco Paulo__________Tiago Gomes_____
_______________Mateus__________________
_______Mendonça________Anselmo__________

Etiquetas:

Camille

"Vamos a Lausanne ver um festival?"
"Sim, ok. Não tenho mesmo mais nada que fazer. Quanto se paga?"
"Nada. Uma amiga arranjou bilhetes de borla."
"Muito bem, tanto melhor."
Fomos jantar e quando chegámos ao local do concerto, o penúltimo concerto tinha já acabado. Sobrava o último, a estrela da noite, Camille.
Ok, de onde é que a podem conhecer? De "Nouvelle Vague", onde ela canta "Too drunk to fuck", "In a manner of speaking", "The guns of Brixton" e "Making plans for Nigel".
Quanto ao concerto, ok, artsy fartsy aos molhos, mas uma performance vocal muito interessante. Mas de facto não é o meu género. Mas que valeu a pena, isso valeu. Especialmente de borla.

Etiquetas:

domingo, novembro 09, 2008

Latest News

The latest news is that there is no news...
Estou de volta a Genebra, à procura de um emprego fixo. Está na hora de assentar um pouco e começo a realmente PRECISAR de estabilidade, coisa que não tenho tido nos últimos ano. Por agora estou em casa da (nova) namorada (também aí estou a precisar de estabilidade) e em breve julgo que vou procurar um novo poiso. Portugal está posto de parte (a menos que uma oportunidade profissional excepcional aparecesse - os leitores de Portugal sabem que isso é tão provável como ganhar o Euromilhões).
Genebra é uma cidade interessante. Desde que cá cheguei que achei que podia adaptar-me bem. É uma cidade feita para velhos, calma e onde a qualidade de vida é a prioridade. Oxalá o eléctrico andasse mais depressa, mas por agora até deixei de usar transportes públicos e passei a andar a pé.
Resumindo, apesar de ainda não querer voltar a fazer planos para o futuro, preciso de assentar arraiais em algum lado. Por agora é aqui. Mas como eu costumo dizer... "home is where your personal laptop is".

Etiquetas:

O cinema em atraso

Sim, tenho andado afastado. Aqui ficam as actualizações do cinema que tenho visto desde... Agosto!

Hellboy II - The Golden Army (2008)
O segundo Hellboy é excelente, mais uma vez, em termos visuais. A história é envolvente e funciona perfeitamente como filme separado do seu precedente. Oxalá haja um terceiro, pois filmes de fantasia com esta qualidade são difíceis de encontrar.
É curioso verificar que a minha impressão da personagem nos comics é positiva, enquanto aqui, Hellboy passa como sendo um tipo arrogante, irritante e egoísta. Mas é ele que resolve as situações, apesar de ser interessante o papel do resto da BPRD.
A realização de Guillermo del Toro é eficiente, mas o que distingue este filme de outros filmes de fantasia é a qualidade dos efeitos especiais, da caracterização, do guarda-roupa e da cenografia.
Quanto à história, é bastante básica. Um principe do sub-mundo mitológico quer quebrar as tréguas feitas com os homens e consequentemente o domínio do Homem sobre o planeta. E para tal, conta com um exército dourado que está adormecido em parte incerta...
Nota final: ****
____________________________________________________________________

Get Smart (2008)
Obrigado Roger Mussenden! Quem? O responsável pelo casting do filme. Steve Carell e Anne Hathaway (acho que é a minha atriz preferida se contarmos apenas a "boniteza", desde há uns tempos atrás) são PERFEITOS como Maxwell Smart e Agent 99.
Neste filme, Maxwell Smart não é o idiota sortudo da série, mas não deixa de ser divertidíssimo e às vezes, algo desastrado. Já 99 é um prodígio de eficiência.
O argumento... bom, é o clássico. Há um agente do KAOS infiltrado no CONTROL. E o resultado é que a identidade de todos os agentes do CONTROL foi revelada. Apenas a Agente 99 (que recentemente se submeteu a uma operação plástica) e o recém promovido Agente 86 (Max), podem agora enfrentar a ameaça do KAOS.
O filme não tem pontos mortos, é divertido de uma ponta à outra e os desempenhos dos actores são perfeitos, demonstrando que Carell é, provavelmente, o melhor actor cómico do momento e que Hathaway se adapta de forma excelente a estes papeis cómicos.
Um filme óptimo tanto para os sábados à tarde como para o cinema.
Nota final: ****
____________________________________________________________________

Vicky Christina Barcelona (2008)
O novo filme de Woody Allen é bom. E é uma lufada de ar fresco. Realmente, sair de Nova Iorque só lhe fez bem e aquilo que pareciam ser filmes que já tinhamos visto dezenas de vezes antes (em filmes dele), agora já não se vêem tanto.
Sim, reconhece-se Woody Allen pelos eternos dilemas amorosos, a exploração de "soluções" sexuais diferentes (para ele o sexo É um problema), pelas suas personagens vincadas e decididas (embora nem sempre fortes - como ele, imagino), pelo seu amor pelas cidades que decide retratar. Barcelona é mais uma personagem nesta trama que conta a história de duas amigas americanas (Vicky e Christina) que passam pela cidade e cujas vidas se envolvem com as de Juan António e da sua (ex?) mulher, Maria Elena.
Sendo uma personagem secundária, Maria Elena é a força do filme. Penélope Cruz em espanhol, linda como sempre, mete a um canto as personagens principais (Scarlett Johansson, anyone?) e nem o Javier Bardem conseguem acompanhar a energia que Maria Elena exala desde o primeiro momento em que aparece até ao final do filme.
Resumindo, Woody Allen no seu melhor, com uma história divertidíssima, e com uma energia que não se encontrava num filme seu desde... hum... desde que filmou em Barcelona? Não sei bem.
Nota final: ****
____________________________________________________________________

Before the Devil Knows You're Dead (2007)
Pois bem, era suposto ser segredo, mas aqui fica. Este filme começava na sala 4, ao mesmo tempo que Blindness, na sala 5 Eu e a minha companhia comprámos as pipocas, os nachos, os chocolates e as bebidas, demoramos cerca de 4 ou 5 minutos a sentar-nos e a instalar-nos (sala cheia) e quando acabam os anúncios e os traillers, descobrimos que... não iamos ver Blindness como planeado. Ou seja, enganámos-nos na sala. Considerando o tempo que tinhamos levado a instalar-nos, a quantidade de comida que tinhamos conosco e que o filme na sala ao lado tinha começado também às 21h15... ficámos para ver este.
(mais um) Belo desempenho de Philip Seymour Hoffman e também de Ethan Hawke numa história que começa bem... mas que se vai diluindo lentamente até ao desconcerto e desconexão finais.
Basicamente, Andy e Hank são dois irmãos com problemas de dinheiro. Decidem roubar a joalharia... dos pais. Poderia ser tudo fácil e ninguém se ia aleijar... mas não foi assim que o destino quis e a mãe acaba por ser mortalmente ferida na consequência do plano fracassado.
Sinceramente, não gostei muito, achei que a ideia original não foi concretizada e o realizador, o veterano Sidney Lumet, perdeu-se no meio, improvisando soluções que nada tinham a ver com o ritmo inicial, bastante bem conseguido.
Nota final: ***
____________________________________________________________________

Blindness (2008)
À segunda tentativa foi de vez.
Baseado no romance de José Saramago, "Ensaio sobre a Cegueira", o filme conta a história de uma epidemia de cegueira. Não uma cegueira normal, mas uma cegueira branca, "como se nadássemos num mar de leite".
O governo manda colocar em quarentena os primeiros contaminados e a primeira parte do filme é precisamente com os estes dentro do asilo onde foram colocados. Mas as coisas nem dentro do asilo, nem fora correm como esperado.
No meio de todo o caos que se segue, apenas uma mulher mantém a visão. E o que o filme conta é o que ela vê e até que nível poderia o ser humano descer quando privado no seu conjunto, de algo como a visão.
Eu li o livro. É melhor do que o filme, como na sua maioria. Mas neste caso, apesar de não ser um mau filme, perde o seu impacto como livro e como mensagem. E não gostei do casting, tirando a actriz principal, Julianne Moore, que é perfeita para o papel.
Nota final: ***


____________________________________________________________________

Tropic Thunder (2008)
O melhor actor de acção, o melhor actor cómico, o melhor actor dramático e um hip-hopper misógeno (lamento a redundância) estão a filmar "o melhor filme de guerra de sempre". Mas está a ser um desastre. O realizador não controla os actores, estes envolvem-se em conflitos entre eles, o orçamento está a ser rebentado, o produtor está pelos cabelos.
Eis então que o argumentista, veterano de guerra, cuja história está a ser filmada, resolve intervir, propondo dar uma dose de realidade à história e enviando os actores para o meio da selva sem nenhums recursos.
O pior é que a selva não está vazia e os actores vêem-se no meio de um "filme" que não era bem o que estavam a pensar.
É um filme divertido, cheio de momentos excelentes, mas que talvez seja demasiado previsível. É uma realização de Ben Stiller que nos habituou mais às suas comédias como actor do que como realizador. Mas não falha.
Nota final: ***
____________________________________________________________________

Tony Manero (2008)
Raúl Peralta é um bailarino no Chile em 1978. Está obcecado com a ideia de participar num concurso de televisão para imitadores de celebridades. No seu caso, Tony Manero, a personagem de John Travolta em "Saturday Night Fever".
Raúl vive esporadicamente num "clube" onde dança juntamente com mais três pessoas que giram à sua volta (duas das quais mãe e filha). Ele é claramente o Macho-Alfa da trupe e do clube.
Mas rapidamente se percebe que Raúl fará tudo para concretizar a sua vontade. E quando digo tudo, quero dizer... tudo.
Um filme que aborda as condições de vida no Chile da ditadura Pinochet e a vontade de um homem em concretizar o seu sonho (por mais mesquinho que seja e seja por que meios forem).
Bem filmado, brutal e directo, acabou por não ser aquilo que esperava e o final deixa um pouco a desejar.
Nota final: ***
____________________________________________________________________

Malta con Huevo (2007)
Filme chileno que conta a história de Vladimir e Jorge, dois colegas de escola que decidem viver juntos por diferentes razões e da sua obsessão por malta com ovo (bebida considerada altamente nutritiva, usada pelos camponeses chilenos).
Vladimir começa, contudo, a perder a noção do tempo e, segundo ele, a viajar no tempo, acordando à frente e atrás no calendário, sem nenhum controlo.
E o que teria acontecido para marcar a sua relação com Rocío e Fedora (que personagem excelente) daquela maneira? E com o dono do bar?
E quais as verdadeiras razões que levaram Jorge a partilhar a casa com Vladimir?
E qual o segredo da malta com ovo?
No final, é um filme "fantástico", com um argumento interessante, embora em determinados momentos soe a amador e repetitivo. Mas sem dúvida um filme interessante e dada a escassez de meios com que obviamente foi, com uma qualidade de assinalar.
Nota Final: ***

Etiquetas: