Conversa, futebol, cinema, música, viagens, banda desenhada, culinária e as coisas estranhas que acontecem na minha vida.

quarta-feira, abril 11, 2007

CV

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Coordenador de Operações de Bilhética (uff!)...












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Analista de Riscos?

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sexta-feira, abril 06, 2007

Cinema em Janeiro

The Prestige

O ano começou bem com um interessante filme sobre ilusionismo com um elenco de quem eu gosto bastante. Hugh Jackman, Christian Bale e Scarlett Johansson contracenaram neste filme sobre a rivalidade de dois ilusionistas que de parceiros se tornam rivais e de rivais passam a inimigos. Fazem tudo pelo truque de magia definitivo. Todo o percurso que o filme narra dos dois ilusionistas até se atingir o culminar de todos os seus esforços é um crescendo de truque e enganos em que ambos os ilusionistas são cada vez mais iludidos pelo rival. No final, a rivalidade chega a um pico onde ninguém sai a ganhar. É um filme muito interessante de Christopher Nolan, o realizador de Batman Begins e Memento.

Nota final: ****
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Apocalypto

Este filme do Mel Gibson, para mim, redime-o do seu último filme de ficção científica, A Paixão de Cristo. Ambos têm pontos interessantes em comum, talvez os melhores de ambos os filmes. Tentam ser filológicos relativamente ao tempo em que decorrem e o facto de tentarem usar as linguas da altura é um artifício estilístico bastante interessante.
Pata de Jaguar é um jovem pertencente a uma tribo completamente dizimada por um Império Maia decadente, que necessita sempre de mais recursos e de mão-de-obra e, já agora, de gente para sacrificar. Poupado ao sacrifício por um milagre (o já curriqueiro eclipse sempre que há um filme sobre civilizações sul-americanas pré-colombianas), Pata de Jaguar tem de escapar da cidade Maia para onde o levaram por forma a resgatar a sua esposa grávida, Sete.
Quanto a mim, o filme está carregado de metáforas tanto ecológicas como civilizacionais, nomeadamente na exploração desenfreada de recursos naturais pelos Maias, devastando e tornando insustentável o progresso da sua civilização, como também do sucesso militar da expedição de captura de Pata de Jaguar e da sua "guerra de guerrilha"...
Uma palavra para a decepção que é o facto do filme ter o fim mais previsível da história do cinema. Em todo o caso, para o esforço geral, a nota final é: ****
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Babel
O filme que se seguiu foi este. Mais um daqueles filmes mosaico a que agora estamos habituados. Muito mais bem conseguido do que por exemplo aquele vulgaríssimo Crash que ganhou o ano passado o Óscar para melhor filme, Babel leva-nos aos Estados Unidos, ao México, a Marrocos e ao Japão, unindo todas estas histórias por um acidente estúpido com consequências trágicas. Ao mesmo tempo, dá-nos uma visão dos estilos de vida diferentes e das preocupações completamente antagónicas que cada uma das personagens tem de viver.
Acaba por ser um filme interessante, mas quanto a mim demasiado longo e que acaba por não dizer tanto como se propõe.
Um tiro ao lado, o que já costuma ser habitual para o realizador, Alejandro González Iñárritu, o mesmo de Amores Perros e 21 Gramas.
Nota final: ***

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Flags of Our Fathers
A primeira parte do díptico sobre a conquista da ilha de Iwo Jima realizado por Clint Eastwood conta a história real (tanto quanto percebi) dos soldados que ergueram a bandeira dos Estados Unidos na ilha de Iwo Jima durante o combate pela mesma durante a segunda guerra mundial. Estes soldados foram depois levados de volta aos Estados Unidos, onde se tornaram celebridades à força, num esforço de promoção de venda de títulos de dívida pública para financiar o esforço de guerra americano.
As contradições entre os modos de encarar esta missão e mesmo o seu papel no seu país após a guerra, são a base deste filme com cenas de combate que quanto a mim, apenas têm rival no Resgate do Soldado Ryan.
Um belo esforço do Clint, que já me habituou a bons filmes sempre que realiza. Nota final: ****

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Huo Yuan Jia

O único filme que tive que largar dinheiro na bilheteira este ano. Bem bom, hã? Fui ao Alvaláxia, uma vez que nos cinemas Medeia só temos intelectualices... ou mais ou menos.
Enfim, Huo Yuan Jia, em inglês Fearless, em português, A Coragem do Guerreiro, na verdade em mandarim quer dizer "Asiáticos de Todo o Mundo, Uni-Vos e Vamos Partir a Boca Toda aos Ocidentais". É uma língua bastante rica...
Jet Li está no papel de um guerreiro arrogante e imbatível na sua província. Uma espécie de "parto a boca a toda a gente com uma perna às costas desde que tenhas nascido aqui na província". Um dia, a sua arrogância faz com que cometa um erro, pelo qual terá de pagar um preço muito caro. A sua própria alma sofre pelo erro que cometeu e torna-se um errante. Depois de anos a vaguear pelo país, reencontra a sua vontade de viver com a ajuda de uma jovem e bela camponesa cega (e começa-se a ouvir música de fazer chorar as pedras da calçada)...
Resolve então regressar à sua província natal, onde as coisas já não estão como antes. Devido à pérfida influência das potências ocidentais (estamos no início do século XX), o nobre povo chinês, nação valente e imortal, encontra-se agora humilhada e oprimida pelas potências estrangeiras. Ora qual é a ideia que a personagem de Jet Li tem para reencontrar o o orgulho perdido? "Vamos organizar um torneio de artes marciais onde eu parto a cara a todos os estrangeiros que encontro"...
Não digo o fim, mas está carregado de uma mensagem política de "estes são os nossos aliados, e os outros não contam para nada se nós não quisermos". Um prenúncio do futuro?
Nota final: *** (o homem é um grande atleta)
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Fast Food Nation
E enquantos uns se entretêm a retomar a sua velha glória com propaganda hollywoodesca, outros, os que inventaram a propaganda hollywodesca, agora entretêm-se a fazer uma auto-crítica ao seu estilo de vida. Fast Food Nation é basado no livro homónimo de Richard Schlosser. Não tive a oportunidade de ler este, mas li outro do mesmo autor e sobre o mesmo tema, que presumo que se trate de uma versao "digest" do primeiro, chamado "Cogs in the Great Machine". O fime trata da indústria da carne nos Estados Unidos, como ela está na mão de um punhado de oligopolistas que controlam a legislação e a regulação do sector nos EUA, asfixiando as pequenas produções e maximizando lucros e dólar por quilo de vaca a troco de más cndições de trabalho e verdadeira escravatura a troco de empregos, drogas e segurança da mão-de-obra que na sua maioria são imigrantes ilegais mexicanos. Um belo sinal de alerta sobre o que assenta parte da vida americana.
O que é aconteceu aos cowboys? Foram todos à falência, e este filme explica porquê. Um belo filme sobre a transformação da alma da América.
Nota final: ****
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Scoop

Terminei o mês com um filme do Woody Allen que já havia estrado em Espanha quando eu ainda lá estava. Scoop é a história de uma pretensa jornalista (Scarlett Johansson) a quem o fantasma de um verdadeiro jornalista famoso (Ian McShane) aparece para alertar que um playboy da alta sociedade (o actor da moda, Hugh Jackman) é na verdade um assassino em série.

Convenhamos que o filme é fraquinho. Lá está, o Woody Allen tem um passado tão rico e uma produção tão profiqua e abundante que este passa na confusão, mas não acrescenta nada de novo à obra de Allen. Match Point tinha qualquer coisa a dizer, apesar de ser muito negro. Talvez Allen tenha querido que este, muito mais leve e divertido (apesar de se tratar de uma história de um assassino em série) fosse uma espécie de contraponto ao anterior. O certo é que é um filme inóquo do qual confesso... nem me lembro do final...

Nota final: **


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