Conversa, futebol, cinema, música, viagens, banda desenhada, culinária e as coisas estranhas que acontecem na minha vida.

quarta-feira, setembro 27, 2006

Title Bout!

Novo apontamento sobre combates que nunca veremos... Deixo à imaginaçao de quem visitar o blog que tipo de comentários fazer, se é que alguns!
O primeiro será este...
Quem ganharia num combate entre Mário Cesariny e Fernando Pessoa?
O primeiro round ficou empatado.

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segunda-feira, setembro 25, 2006

Thank you for Smoking


Este é um dos filmes mais imaginativos e bem conseguidos dos últimos tempos. Começa muito bem com uma sequência de créditos iniciais absolutamente brilhante do ponto de vista estético.
Creio que a primeira longa metragem de Jason Reitman, actor e realizador nascido numa família de actores e realizadores (o pai, Ivan, realizou "Os Caça-Fantasmas" e mais recentemente My Super Ex-Girlfriend" que eu tenho uma curiosidade quase mórbida em ver), que nasceu no mesmo ano que eu (o que me deixa com uma certa inveja) e que consegue criar algo com substância, inovação e sofisticação.
A história gira á volta de Nick Naylor (possivelmente o papel mais destacado da carreira de Aaron Eckhart), o porta-voz de um lobby pró-tabaco. Tendo ele o emprego possivelmente mais odiado nos EUA, tem de criar novas maneiras de reverter a tendência para queda no negócio do tabaco americano. Ao mesmo tempo, um senador (William H. Macy) tenta fazer passar uma lei para que todos os maços de cigarros tenham um símbolo de veneno. A tudo isto se adiciona uma reportagem sobre o próprio Nick que acaba por ter repercussões imprevisíveis.
No geral, um filme bem conseguido tanto em termos de guião como em termos de acção filmada, que nos faz pensar de forma divertida e espectacular nas consequências do lobbying, nos jogos de poder e influência, na manipulação dos media e no que é realmente uma verdade. O mais incrível de tudo é que não se vê ninguém a fumar durante o filme todo!
Como adenda, para alguém que como eu estudou sociologia da ciência, este filme acaba por tocar em muitas das coisas de que falámos nessa disciplina de uma forma sensível e relevante para a sociedade nos tempos de hoje, o que o torna uma verdadeira pérola.
Nota final: *****

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Bruno

Desde criança, sempre que perguntado sobre o que quereria ser quando fosse grande, nunca Bruno se enganou: ele queria era ser ladrão, um gatuno a sério, temido quadrilheiro. Tanta convicção deixava os pais de Bruno infelicíssimos. Pobres senhores. Tiveram de o tirar do jardim-infantil, dar explicações coxas a professores e pais de colegas. Um calvário. Que se prolongou pela escola primária, colégios internos e colónia balneares. A vocação de Bruno para o gamanço, mesmo se diferida, não era mais bem compreendida pelos seus e acarretou-lhe sovas das antigas e dissabores continuados. Tinha o miúdo catorze anos quando julgou chegado o momento de dar o golpe da sua vida e esvaziar à noitinha a mercearia do bairro. Em má hora o tentou, pois deu de caras com a mãe a ser seduzida pelo dono da loja atrás do balcão. O mundo ganhou mais um cidadão honesto, honesto e triste como os outros.
In Narrativas, Alface.
O destaque é meu. Alface não escreveu a pensar em mim.
Em homenagem ao meu grande amigo Bruno que me veio visitar por cá por Madrid... Eheheh!

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Um ponto

Um ponto. Um mísero ponto, depois de 4 jornadas! Pela primeira vez sem sofrer golos, mas ainda sem os marcar. Eu nao estou contente.
Falo do Estrela da Amadora e do mais miserável começo de temporada da história do meu clube. É certo, só estamos 2 pontos abaixo da linha de água, mas os sinais nao sao bons.
Paulo Lopes títular a nao convencer (segundo as crónicas).
Defesa... ai! Se o Santamaria nao era um líder da defesa, é-o o José Fonte? Wescleytonivelton ou lá como é que se chama o brasileiro (o 4o ou 5o que experimentaram este ano) é-o? E porquê o Amoreirinha do lado esquerdo outra vez? O gajo é central!!! E para que foram buscar o brasileiro manhoso para esse lado? Nao deviam ir buscar gajos que fizessem a diferença? Nao serve? Entao se nao serve, nao valia mais por um junior a rodar?
Meio campo, nao acertam. 5 gajos, 2 deles supostamente ofensivos, mas que nao fazem a diferença. Cleiton desilusao, Marco Paulo nem tanto. Nem esperava que fosse o titular, mas demonstra que a equipa está fraquinha... E o centro? Luís Loureiro nao se impoe, Tiago Gomes é inexperiente. Criaçao de jogo? Rui Borges lembra alguma coisa? Porque é que nao é titular?
E o ataque propriamente dito? Jones esteve lesionado, é certo, mas parece que alguém nao fez as compras certas! Estou furiosíssimo com as nossas prestaçoes.
Enfim, vamos ver o que dá a deslocaçao ao paupérrimo Grémio Sambista Marítimo e depois começamos o nosso campeonato em casa frente ao Sporting. E agora a pergunta... em vez de pedir o ridículo favor ao Benfica de nos emprestarem a casa para termos lá meia dúzia de adeptos e o FCP jogar num campo onde está habituado a ganhar, nao seria melhor pedir o favor ao FCP de ADIAR o jogo durante umas jornadas e jogar em casa? Perdemos os pontos, perdemos dinheiro e perdemos karma com os outros dois grandes ao pedir o favor ao SLB (para o qual parecemos tender em caso de necessidade - GRAVE ERRO, tendo em conta o que se passou com os outros dois clubes dos suburbios que assim o fizeram). Um bocadinho mais de cabeça pede-se à direcçao, um bocadinho mais de visao pede-se ao treinador e um BOCADAO mais de entrega, esforço e capacidade pede-se aos jogadores.
Nao estou NADA confiante para esta época.

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domingo, setembro 17, 2006

Hugo

Quando atingiu os dezoito anos, Hugo pretendeu retirar a letra H do seu nome. Em homenagem a um príncipe romano do século XVIII, homem dado a palácios e à música das palavras.
O nosso Hugo, jovem tão próximo e querido, começou a ficar estranho quando finalmente a lei permitiu essa mudança de identidade. Julgámos que andava a aprender italiano, julgámos que os seus ataques de fúria e neurastenia fossem consequência de noites varridas, mas todo o seu comportamento evidenciava progressivos elementos inquietantes.
Até que um dia foi impossível segurá-lo mais e Ugo (sem H nem adeus) evaporou-se das nossas vidas à procura daquela sua vida perdida.
In Narrativas, Alface.
PS: Na mesma série há um que vou dedicar ao meu amigo Bruno. Ehehehe...

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The Wind that Shakes the Barley


O novo filme de Ken Loach é uma visão crítica sobre o final do domínio inglês na Irlanda, sobre as origens do IRA, sobre as divisões internas dentro do próprio movimento e sobre o sofrimento das populações no meio da luta independentista. O filme ganhou a Palma de Ouro do festival de Cannes, mas também sujeitou o realizador a críticas duras de anti-patriotismo. Chegaram mesmo a perguntar-lhe "como é que alguém pode odiar tanto o seu país?" Agora pergunto eu, como é que questionar os erros do passado pode ser uma demonstração de ódio?
A história gira á volta de Damien (o actor da moda, Cylian Murphy), um médico que quer partir da Irlanda em direcção a Londres. Uma série de acontecimentos sangrentos fazem com que não consiga partir e se junte ao Exército Republicano Irlandês e a partir daí faça parte da luta independentista do seu país. O seu irmão também faz parte do mesmo movimento, mas acontecimentos políticos posteriores pôem-nos em dois lados diferentes da barricada. As consequências dessa divisão acabam por ser devastadoras.
Um filme forte e a certas alturas violento que é feito de uma forma muito "inglesa" em pormenores como o som, os cenários e as representações dos actores.
Já há muito que não via um filme que me mexesse desta forma. Nota final:****

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terça-feira, setembro 12, 2006

Clerks 2


Fui ver o novo filme do Kevin Smith, com as suas personagens recorrentes, Jay & Silent Bob em pano de fundo. Mais um fantástico exercício de escatologia e geekness saído da mente às vezes genial, às vezes monótona de Smith. Confesso que desta vez saiu mais monótono do que genial, apesar de algumas grandes ideias que apelam a todos os geeks do mundo (grupo no qual nao tenho alternativa senao incluir-me).
A loja de conveniência onde Dante e Randal trabalham, arde. E agora ambos trabalham num restaurante de comida rápida sob as ordens de Becky (a linda Rosário Dawson). Dante está para se casar e para se mudar da Nova Jersey natal para a Florida, mas obviamente as coisas nao sao assim tao simples quando há outros factores a considerar como o (verdadeiro) amor ou a amizade.
Obviamente que o geek em mim nao deixou de se tocar com algumas das alusoes que sao feitas no filme, mas pareceu demasiado repetitivo, como se já tivesse visto este filme 300 vezes.
O ponto alto do filme, quanto a mim, é a referência ao Silêncio dos Inocentes e a presença da Rosário Dawson. Smith terá de fazer melhor para a próxima.
Nota final: ***

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segunda-feira, setembro 11, 2006

Liga dos Campeoes 2006/07


Começa a Liga dos Campeoes! FINALMENTE!
Em primeiro lugar, aqui fica o ranking histórico (versao Hugo Viseu) das melhores equipas da Europa de acordo com as suas vitórias, presenças em finais, semi-finais e quartos de final. Apenas três equipas portuguesas alguma vez estiveram nos 1/4 de final desta competiçao. O Sporting (que nao aparece nos primeiros 25 deste ranking), apenas uma vez, estando assim na 82ª posiçao.
Pela primeira vez temos os três grandes na competiçao e espero que façam coisas positivas. Mas passado o período de euforia por este facto deixo as minhas previsoes mais abaixo. Por agora, fica apenas que espero que nenhum dos 5 clubes com mais títulos ganhe este ano. A ver vamos.
Quanto aos grupos e as minhas previsoes:
A) Aqui, toda a gente está ansiosamente à espera dos duelos entre Chelsea e Barcelona. Desta vez sem a pressao de ser a eliminar, vamos ver se temos bons jogos ou se pelo contrario a necessidade de pontos os reprimem. O Werder Bremen nao vai ser espectador. Mourinho nao pode falhar pela terceira vez na Europa. Digo Barcelona, Chelsea para passar, Bremen para a UEFA e Levski a ganhar experiência para a próxima.
B) O Sporting teve o pior sorteio dos três clubes portugueses. Inter e Bayern dificilmente deixarao de passar à segunda fase. Mas pode ser que sim... Prevejo Inter e Bayern para passar, com Sporting e Spartak à espreita de um falhanço dos alemaes. Penso que o Sporting nao acaba a temporada europeia aqui e continua na UEFA, Spartak vai para casa.
C) Um grupo muito aberto e equilibrado, mas onde espero que o PSV se sobreponha ao Liverpool na vitória do grupo. Penso que o Bordéus nao passará da qualificaçao para a UEFA e o Galatasaray, aparentemente enfraquecido este ano, deixa a competiçao.
D) O grupo mais fraco, quanto a mim, terá Valência como vencedor, Shaktar a eliminar os romanos surpreendentemente e estes na UEFA. Os maiores losers do futebol europeu por equipas, o Olympiacos, voltam para casa, como sempre.
E) Este grupo parece-me que é uma corrida a dois entre Real e Lyon para o ganhar. O derrotado será o mais chato dos adversários dos vencedores de grupo da 2a fase. Acredito no Real para ganhar. Dynamo na UEFA, Steaua, de volta passado tantos anos, precisa reabituar-se a estas andanças.
F) O Benfica foi o mais sortudo dos portugueses no sorteio. Depois da participaçao do ano passado, menos que o 2o lugar seria uma decepçao. Mas tendo em conta o ano passado do FC Porto, onde num grupo com um bi-campeao europeu, um escocês e os piores de todos, ficaram em último, espero que os lampioes nao se deixem surpreender. Prognóstico é Manchester, Benfica para passar, Celtic para a UEFA, Copenhaga para a experiência.
G) O FC Porto podia ter tido um sorteio mais simpático. Talvez o melhor grupo (no geral). O Arsenal o ano passado chegou finalmente a uma final da Liga dos Campeoes, creio que depois do seu grande apogeu de há 2 ou 3 anos. O Hamburgo nao vai facilitar e o CSKA tem um historial recente de que se pode orgulhar. Digo Arsenal, FC Porto para passar (aqui receio estar a ser optimista), Hamburgo para a UEFA e CSKA fora de jogo.
H) Por último, os comprovadamente ladroes italianos que nem sequer deviam estar na primeira divisao italiana quanto mais nas competiçoes europeias tiveram (para variar) sorte no sorteio. Passeio para eles até à 2a fase enquanto Lille mal ganha a AEK e Anderlecht. AEK na UEFA e desconfio que Anderlecht vai para casa.

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Fantasy Football


Depois de alguns anos de afastamento, volto a fazer uma equipa na Fantasy League da UEFA. Eis as minhas escolhas!
Já agora, fica o desafio para os mais audazes a fazerem o mesmo e verem se sao tao cromos da bola como eu! Acho que me vou juntar a mais uma ou duas ligas particulares...

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terça-feira, setembro 05, 2006

E não é que ganharam mesmo?!


A Espanha é campeã mundial de "Baloncesto"! Eu não esperava (eles diziam que sim, mas também esperavam ser campeões de futebol e foi o que se viu...) e creio que mais ninguém apostaria forte neles. Ainda há pouco tempo eu e o André brincavamos com as chances deles e afinal, olha. E mais do que isso, apenas nas meias finais com a Argentina tiveram problemas com algum rival, porque de resto limparam o chão com os adversários, nomeadamente na final contra a Grécia, mesmo sem o seu melhor jogador, Pau Gasol, que estava lesionado.
Na final, a Grécia marcou 47 pontos (pouco mais de um por minuto jogado) e foi completamente dominada. A defesa espanhola esteve impecável (aliada a algum desacerto nos lançamentos dos gregos) e comandaram o rumo do jogo desde o início ao fim.
A única mágoa deles é que não ganharam aos EUA (essa honra pertenceu à Grécia não percebo bem como). Para comemorar, enquanto 100 000 pessoas recebiam a equipa na Plaza Castilla, incendiaram o novo arranha-céus que estão aqui a construir nos antigos terrenos do Real Madrid. Eles dizem que foi um acidente, mas eu sei que fazia parte das celebrações. Com estes gajos é tudo à grande! Parabéns espanhois!

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Días Azules


Filme espanhol sobre três irmãos e dois dias que marcam as suas vidas separados por sete anos. Numa noite de festa, Álex conhece uma rapariga por quem se apaixona, Carlos resolve a sua vida amorosa e Bóris decide que vai num veleiro para o Brasil. Enquanto se despede do pai e dos locais por onde viveu toda a sua vida, Bóris depara-se com uma ambulância enquanto vai a caminho do porto. Correndo, descobre que os seus irmãos foram as vítimas e que o novo amor de Álex morreu. O condutor, Carlos, tinha alcool a mais no sangue. Bóris decide que é Carlos que deve tomar o seu lugar no veleiro e partir para o Brasil.
Sete anos passam e os três voltam à sua terra (Ferrol, perto da Corunha). O crime de que é acusado Carlos prescreveu e mãe do trio de irmãos morreu. O filme conta o dia do funeral, como as suas vidas se modificaram por causa daquele fatídico dia há sete anos e de como os três lidam com o que a vida lhes proporcionou.
Não é um filme brilhante, é bastante parado e até há dias em que vale a pena ver. Porque ultimamente tenho sido forreta a dar estrelas e este não merece mais do que outros que levaram três, a nota final é:**

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Breakfast on Pluto


Logo a seguir de United 93 decidimos compensar com Breakfast in Pluto. Já não fazia uma sessão dupla há muito tempo e não me lembro de alguma vez o ter feito acompanhado! O filme seguinte , de Neil Jordan, faz o realizador retomar a temática das relações entre a Irlanda e o Reino Unido depois de do seu filme sobre a independência da República da Irlanda em "Michael Collins".
Desta vez, o actor da moda Cillian Murphy protagoniza Patrick "Kitten" Braden, um jovem travesti que nasce numa pequena aldeia da Irlanda e que vai viver para Londres. O crescimento de "Kitten", as suas relações com os seus amigos e os pontos de contacto com o conflito na Irlanda do Norte são a marca deste filme onde a personagem é sempre desconcertante, mas apesar de tudo simpática (acredito que isto possa ser discutível) e com um carácter bom que é apelativo e que ajuda o filme a ser uma bela maneira de passar o tempo.
O filme é original em algumas coisas, mas tem uns toques de outros que eu já vi na forma como aborda a homossexualidade da personagem principal que deram algum aspecto de deja vu.
Porque me diverti com o filme, fica a nota final:****

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United 93


Eu tinha prometido a mim mesmo que não ia ver este filme. Mas como era a vez da minha companhia habitual de cinema escolher, lá fui.
Este filme é uma obra de ficção que representa a versão oficial dos acontecimentos de 11 de Setembro de 2001, concretamente, relativa ao vôo da 93 da United Airlines que foi abatido pela força aérea americana. No filme, os passageiros revoltam-se e sacrificam-se heroicamente para evitar que o seu vôo não chegue ao seu alvo, a Casa Branca.
O filme em si, não é mau nem bom. É feito de uma forma a relatar os acontecimentos tanto no avião como nos centros de controlo aéreo e no NORAD, o comando de defesa do espaço aéreo dos EUA e Canadá. Acaba por ser um pouco chato e apesar de alguns laivos de crítica menos nacionalista (lindo o passageiro estrangeiro que é linchado pelos americanos antes do avião se estatelar porque era o único que achava que não se devia fazer nada contra os terroristas.
No entanto, para mim, o ponto alto do filme é o reaparecimento de um GRANDE ACTOR que é David Rasche, o espectacular inspector Mike Hammer da série policial de culto dos anos 80 "Sledge Hammer!"
Nota final:**

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