Barcelona
Almoçamos num restaurante chamado Rá, em Raval. Visitamos as Ramblas, o Bairro Gótico, el Born e ainda vemos as duas casas projectadas por Gaudi no Passeig de Gracia. Acabamos de jantar já pelas duas da manhã, depois de uma conversa imprevista com um casal bastante mais velho onde tive a oportunidade de não perder a calma a falar com um castelhano anti-autonomia, católico convicto, direitista anti-Zapatero, pró-israelita e anti-árabe. Discutimos tudo aquilo em que estávamos em desacordo: política, religião e história. Só nesta última não houve lugar a grandes discussões dado o seu desconhecimento total da história de Portugal (sabia que tinhamos pertencido em tempos a Espanha e nada mais) e ao meu desconhecimento parcial da história de Espanha. Recusamos o convite para voltar a jantar com eles e dirigimo-nos para os locais de diversão nocturna.
Shoko, o bar/restaurante/discoteca da moda número 1 estava já fechado. Mesmo ao lado, a fila para o Catwalk - o local numero 2 - engrossava com os rejeitados do primeiro e a nossa disposição não era para esoeras de tempo indeterminado. Resolvemo-nos por um bar manhoso na doca olímpica, onde os êxitos famosos dos anos 90 rapidamente são substituídos por um medley super-comercial de música de filmes dos anos 80 entre outras pérolas da música que já não nos queriamos lembrar de que nos lembravamos.
No dia seguinte, voltamos ao local do crime, mas desta vez, vamos além e almoçamos numa esplanada na praia, surpreendentemente cheia, não pelo tempo, mas pelo dia do calendário. Passeamos pela praia e pelo bairro de Barceloneta e resolvemos visitar os jardins de Gaudi, onde a vista para a cidade é deslumbrante. A próxima paragem é a Sagrada Famíliam cuja minha primeira impressão é de que, como templo de adoração é grotesco (talvez como cenário para Aliens 6, esteja bem...).
No dia seguinte visitamos o museu Picasso. A maior parte das obras expostas são trabalhos dos primeiros anos do artista, e apesar de uma boa ideia de como foi a sua evolução desde que se inicia até cerca de 1920, dá depois um salto enorme até 1957 ou algo assim, ignorando por completo uma parte da obra do artista que, mesmo sem conhecer, imagino que tenha sido importante na sua carreira. Pelo menos dão-se ao trabalho de contextualizar o período em que foram elaboradas as obras complementando a informação dos quadros com detalhes da vida do artista.
À noite, descobrimos que as discotecas ou estão fechadas ou têm festas privadas ou estão a fechar. Como diz um taxista, no que diz respeito a vida nocturna, "Barcelona não é como Madrid". Quando cheguei a Barcelona vinha com algumas expectativas, pois a maior parte das pessoas prefere esta cidade a Madrid. Eu acho que é um empate bastante cerrado, com algumas coisas a favorecerem Madrid e outras Barcelona. No entanto estou contente por viver na cidade onde vivo.
Etiquetas: Cidades
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