...the fifth of... Outubro?
Pois é, hoje é o dia da Implantaçao da República! Pela terceira vez passo-o fora de Portugal, sempre em países monárquicos. Julgo que é nestes que sinto com mais força a importância de sermos uma República e o facto de pelo menos nisto sermos mais evoluídos que estes. Nao é que a República por si mesma equivalente a um maior desenvolvimento. Na Europa, existem nos países mais ricos e desenvolvidos, mas eu justifico isso com dois factores:
1) As monarquias existentes nas actuais repúblicas eram fracas (ver Portugal, Grécia e Itália) ou inexistentes nos países tal como existem hoje (Rep. Checa, Hungria, Ucrânia, Polónia)
2) Factores históricos muito fortes alteraram as condiçoes de tal forma que se tornou impossível uma monarquia (França com a sua revoluçao do final do séc. XVIII e Alemanha e Austria com as guerras mundiais).
O que eu considero é que as actuais monarquias conseguiram ultrapassar um período de desenvolvimento superando os factores de convulsao a eles associados. E por isso apenas algumas o conseguiram.
No entanto, nao tenho dúvidas em afirmar que a República é uma evoluçao positiva relativamente ao arcaísmo da monarquia. E arcaísmo porque se baseia na governaçao através de um direito de sangue. Isto para mim é absolutamente inaceitável e basta ver que nos revoltamos quando alguém é favorecido "por ser daquela família" para ser compreensível que me enoje que algo assim esteja ractificado pela força da lei.
Aqui em Espanha, como de forma mais atenuada em Inglaterra (os dois países onde eu já vivi fora de Portugal), os direitos de sangue, o sustentar de uma família que nao foi sufragada por ninguém, cujo único mérito é ter tido uns antepassados (muito) remotos mais fortes, brutos e implacáveis que a maioria é visto com algum desdém e com um certo distânciamento e reprovaçao. E isso é algo que felizmente nao se passa em Portugal.
Obviamente isto é apenas o tocar ao de leve as minhas razoes para ser Republicano, mas no 5 de Outubro, digo com convicçao:
VIVA A REPÚBLICA PORTUGUESA.
Etiquetas: Política