Conversa, futebol, cinema, música, viagens, banda desenhada, culinária e as coisas estranhas que acontecem na minha vida.

domingo, novembro 18, 2007

Stardust

Baseado na obra de Neil Gaiman, o escritor da banda desenhad
a "Sandman", este é um filme de aventuras muito bem feito, com um argumento coerente (para filme de aventuras fantásticas, é claro), com um elenco de luxo (está certo, Robert De Niro e Michelle Pfeiffer têm papeis secundários, mas não é todo o filme que conta com estes dois actores) e com uma cenografia fantástica (se bem que anacrónica... não faço ideia da época a que se refere), conta duas histórias que são uma só:
Tristan Thorn quer dar uma estrela à "bela da aldeia" para a convencer a casar-se com ele. Mas o que Tristan não sabe é que a estrela que ele procura é perseguida como parte de uma luta pelo trono de um reino místico. Todos querem a estrela. O problema é que "ela" é uma "ela" mesmo, de carne e osso desde que caiu do céu.
Duas horas bem passadas, mas não passa de um filme de acção. Nota final: ***
Ah, vi este filme esta noite, o que quer dizer que pela primeira vez este ano, tenho o blog actualizado em termos de cinema!

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Eastern Promisses

Esta semana fui ver o mais recente filme de David Cronemberg, pela segunda vez consecutiva, com a interpretação de Viggo Mortensen. Em ambos os papeis, Mortensen desempenha papeis violentos. Neste, porém a violência é apenas implícita, até que explode numa cena portentosa... mas isto é dizer demais.
Eastern Promisses conta a história de uma família de mafiosos russos em Londres e de como uma enfermeira num hospital da cidade se vê envolvida com eles após tentar traduzir o diário de uma menina de 14 anos que morre ao dar à luz uma criança.
A enfermeira Anna (Naomi Watts a provar mais uma vez que é mais do que apenas uma cara bonita), ela própria filha de um russo, encontra o cartão de um restaurante russo no diário e entra em contacto com o seu dono Semyon (o assustador Armin Mueller-Stahl), desconhecendo que é ele o líder da máfia. Obviamente Semyon fica muito interessado ao saber que existe um diário que descreve parte das suas operações.
Entretanto surge Nikolai (Mortensen), o novo motorista do filho de Semyon, Kirill (Vincent Cassel), que começa a mostrar a sua utilidade quando este último se vê envolvido na morte de um cappo rival. Até onde é que Nicolai chega para demonstrar a sua lealdade a Semyon e qual será o destino da recém-nascida agora sob a protecção de Anna?
Excelente filme de acção (embora não pareça), onde a tensão está sempre presente do primeiro ao último momento e onde a violência dos métodos dos mafiosos é assustadoramente credível.
Nota final: *****

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Paranoid Park

Outubro foi um mês de adaptação. À cidade nova, aos cinemas novos, aos ritmos novos, às rotinas, ao apartamento, etc.
Assim, apenas fui ao cinema uma vez. Mas valeu a pena.
Paranoid Park é o mais recente filme de Gus Van Sant. Baseado num romance homónimo, filmado com o recurso a actores amadores que foram recrutados na página do "MySpace" do realizador, esta é mais uma exploração do tema da adolescência branca norte-americana, por parte do realizador.
Depois de Elephant, a reconstrução do massacre de Columbine, Last Days, a reinterpretação dos últimos dias de Kurt Cobain e do estranhíssimo Gerry, talvez o mais distante de todos os filmes do realizador, novamente o confronto da juventude com a morte, com os seus sentimentos perante o fim, com a violência.
O filme passa-se em Portland, no Oregon, estado onde vive o realizador e quase que o próprio cenário onde a acção acontece se pode considerar uma personagem deste filme. A história gira à volta de Alex, um skater adolescente que é obrigado a confrontar-se com uma morte acidental que ele causa. Acontece que Alex decide que vai guardar os acontecimentos apenas para si. Como é que ele lida com os o que se passou e o que levou a tomar a sua decisão é retratado numa excelente interpretação do estreante Gabe Nevins (porque é que este tipo me lembra tanto o meu primo Tiago? Será só do skate?) que consegue passar a indiferença exterior da personagem enquanto lida com os seus conflitos interiores.
Este é certamente um daqueles filmes que é absolutamente a evitar por quem vê o cinema como equivalente a acção ou diversão. Este é um daqueles filmes que pretende retratar a melancolia da vida, as decisões difíceis que por vezes temos que tomar (se bem que normalmente ninguém mata alguém por acidente) e como é que lidamos com elas. O filme segue o seu próprio ritmo, que é lento, mas é o seu e vale todos os momentos.
Valeu bem a pena ver. Nota final:****

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quarta-feira, novembro 14, 2007

Está quase... o cinema em Setembro!

Hairspray
Ou como alguém lhe chamou, o musical que não tem medo de o ser. Hairspray é um musical, sim, esse género maldito do cinema que tanto se odeia como se ama, tanto se despreza como se idolatra. E é um musical assumidamente divertido. Cheio de lugares comuns e estereótipos mais ou menos difundidos, Hairspray é um musical sobre musica, sobre dança, sobre alegria e, apenas como pano de fundo, sobre racismo.
Todo ele é sobre a alegria e a vontade de dançar, na Baltimore, uma cidade decididamente multi-racial (se assim lhe quisermos chamar), dos anos 60.
Uma adolescente... "cheiínha"... quer participar no seu programa de televisão favorito, precisamente onde toda a gente dança. Mas a sua beleza não corresponde decididamente ao padrão de beleza vigente... Mas isso não a faz desistir e quando graças à intervenção do seu ídolo que a viu dançar, ela consegue concretizar o seu sonho, há quem tenha inveja de a ver atingir os seus objectivos.
Belíssima interpretação da novata Nikki Blonsky, mas também de sublinhar a participação de John Travolta (no papel da MÃE da adolescente), Christopher Walken (lembram-se dele a dançar no video de Fat Boy Slim?), Michelle Pfeiffer. Uma nota final para James Marsden (o Cyclops de X-Men, eheheh) e Amanda Bynes (nas palavras de um velho amigo meu, "mas quem é esta jogadora?!")
Nota final: ****
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Goya's Ghosts
Um bom elenco, um bom realizador (Milos Forman), uma boa história... um filme chato.
Realmente este tinha tudo para ser um bom filme histórico, baseado no pintor da transição do século XVIII para o XIX, Francisco Goya, um génio que eu tive a oportunidade de ver várias vezes (fiz questão de levar lá uma série de visitas) no Prado em Madrid. Aos domingos é de graça, aproveitem (ainda por cima que agora aumentou de tamanho).
Com uma enorme vertente histórica, retrata o poder da inquisição espanhola e como esse poder foi ameaçado pelas invasões napoleónicas (e como os bergessios dos espanhóis - ehehe, piadinha futebolística... - preferiram os padres aos franceses). No meio disto tudo, uma modelo de Goya, aprisionada por não comer porco (eu adoro porco) e um Javier Bardem que joga nas duas equipas (não, não é uma piadinha gay).
O filme arrasta-se e talvez a inacção do "herói"(?) Goya, de tão lenta e ineficaz que é, contribua para tal arrastamento.
Boas notas, contudo, para os cenários, o guarda-roupa e toda a cenografia. Muito boa produção, mesmo.
Mas não isso não o salva de ser apenas mais um filme.
Nota final:*** (vá também tem a Natalie Portman e isso acaba por fazer o filme mais fácil de ver).
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Tian Bian Yi Duo Yun
O novo filme de Ming-liang Tsai, esse prodígio made in Taiwan, que já nos deu a conhecer filmes fabulosos como "o Buraco" (que eu vi...) oferece-nos um... musical erótico. Na ressaca de Hairspray e talvez cativado pelo interessantíssimo poster que aqui podemos ver anexo, fui ver este filme.
Ridículo é uma boa palavra para o caracterizar. O argumento é psicótico, as personagens são... para ser simpático... asiáticas, as cenas musicais... incompreensíveis, o móbil das personagens, inexistente. Talvez todas estas falhas tenham sido na verdade propositadas e tudo não passe de um enorme exercício de estilo (mau, à la Tarantino), mas quando estamos na sala do cinema e começamos a suplicar para que o filme acabe e para que não hajam mais cenas musicais (que demoram, demoram, demoram...), então percebemos que realmente não devíamos ter entrado na sala e que estamos a perder o nosso tempo.
Julgo ainda, após ter ficado até ao fim, que se a cena final (ou cenas daquele género) tivesse durado a totalidade do filme, teria sido uma perda de tempo muito menor.
Já agora, se eu já não era grande fã de melancia, depois deste filme então... (isso sim, tenho em comum com o actor principal).
Nota final: *

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Death at a Funeral
O primeiro filme que já vi na Suiça. O chão da sala era oval. Porreiro. E resulta!
Do realizador Frank Oz, cujo último trabalho foi o inenarravelmente mau The Stepford Wives, chega uma comédia britânica, com actores bem conhecidos do cinema e televisão inglesas que é bastante divertida.
Depois da morte do seu pai, um par de irmãos escritores tem de lidar com o seu funeral. De coisas como "quem paga o funeral" até à logística inerente a uma ocasião deste género, os convidados e os não-convidados, tudo gira à volta da despedida do pai destes dois irmãos.
O pior é quando alguns imprevistos começam a acontecer...
Tudo isto é filmado num estilo que se pode reconhecer como britânico, o humor é excelente e bizarramente, apesar de alguns lugares comuns e alguma escatologia q.b., acaba por ser bastante agradável.
E o Frank Oz limpa-se parcialmente daquelas duas horas da minha vida que me fez perder aqui há uns anos.
Nota final: ****

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segunda-feira, novembro 12, 2007

O cinema em Agosto

The Hoax
O mais recente filme de Lasse Hallström conta uma história engraçada sobre um escritor semi-falhado que precisa de um êxito rapidamente. Resolve então inventar junto da sua editora que foi escolhido por Howard Hughes para escrever a sua biografia exclusiva.
Como obviamente tudo se trata de um logro, o filme conta como é que ele vai tentando convencer toda a gente de que o seu projecto é genuíno.
Não aquece nem arrefece, mas vale a pena ver.
Nota final: *** (baixinho...)


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Trés Bien, Merci
O cinema francês de qualidade já não é tão fácil de encontrar como antes. Pelo menos é o que eu acho. Mas também não vale a pena procurar aqui. Este é outro filme cheio de "crítica social" que acaba por ser giro, mas provavelmente falha redondamente em todos os seus "reais" objectivos.
O actor principal é preso injustificadamente e acaba numa instituição para doentes mentais. Como consequência, acaba desempregado porque a sua esposa não concretizou uma subtil acção burocrática.
Obviamente que isso tem consequências na sua vida familiar. E também é disso que o filme fala.
Nota final:***


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Evan Almighty
Filme cómico, continuação de "Bruce, o Todo-Poderoso", com o não menos genial actor Jim Carey. Sim, eu gosto do Jim Carey e até gosto mais como actor dramático, do que cómico. Claro que tem um agente péssimo, mas isso é outra história.
Evan é contactado por Deus, que lhe dá uma missão: constrói uma arca. E não lhe dá muita escolha, apesar da falta de vontade do recém-eleito Congressista Evan.
A sua evolução como político, as consequências para a sua vida familiar, e, claro, a própria construção da arca são descritas de forma cómica.
Mas não muito.
Nota final: ***


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Ratatouille
Este sim é uma bela comédia! Ratatouille é a história de um rato que não se contenta em comer lixo. O que ele aprecia realmente é um belo cozinhado. Nada do que eu jamais pus na Cozinha do Caos é suficientemente bom para ele!
A qualidade dos ingredientes, o tempero, os tempos de cozinha, o apurar do sabor... ah... tudo isso conta para Remy, o nosso rato herói, que arranja uma maneira de "controlar" um jovem aprendiz de cozinheiro sem grande talento, de forma a poder ser ele, o cozinheiro mais famoso de Paris.
Hilariante, visualmente magnífico e com um sentido estético semelhante ao que Brad Bird, o realizador, conseguiu impor no majestoso The Incredibles.
Sem dúvida, um filme para ver e chorar por mais.
Nota final: ****

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domingo, novembro 11, 2007

Daúto Faquirá cita Mao

"Como Mao dizia, podemos ser 10 contra 100, mas então teremos de nos superar 10 vezes..."
in Record, 11/11/2007.
Um treinador que cita Mao? Fica para sempre, Daúto!

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sábado, novembro 10, 2007

Cozinha do Caos - Bem-vindo à Suiça

Bom, hoje decidi experimentar uma coisa mais suiça. Sem ser o fondue e a raclete, aparentemente a comida mais típica que por aqui há é o Rösti. Decidi fazer rösti para ver como é que saía.
Entretanto, devido a um "acidente" relacionado com uma falta de frutos silvestres aquando da recente visita da Guida, tinha uma série de arandos, aos quais não sabia o que fazer.
Depois experimentei a sobremesa típica, com um toque especial.
Assim, tudo conjugado, eis o resultado caótico.
Ingredientes:
Para o molho:
340 g de arandos, também conhecidos como mirtilos (em inglês, cranberries ou em irlandês, grupo musical onde a vocalista gritava como o caraças no início da década de 90);
250 ml de água;
200g de açucar.
Para o prato principal:
200 g de rösti enlatado, marca branca;
115 g de feijão verde enlatado;
2 salsichas.
Preparação do molho:
Dissolver o açúcar na água. Deixar ferver. Acrescentar os arandos/mírtilos e deixar voltar a ferver até a casca abrir, ou seja, durante cerca de 10 minutos.
Preparação do prato:
Aquecer a frigideira de teflon, sem qualquer tipo de gordura. Mandar para lá o rösti e as salsichas. Tentar fazer com que o rösti ganhe qualquer tipo de consistência. Em teoria deve-se deixar que o rösti fique mais ou menos entre o dourado e o queimado (mais para o dourado, ok?). Eu comi-o "mal passado".
Quando já se notar que o rösti já está quase feito, mandar frigideira o feijão verde.
Servir com o molho ainda quente.
No fim de tudo, acabei muito satisfeito com o resultado final. Talvez não tenha conseguido dar a consistência necessária ao rösti, mas as salsichas eram óptimas, a mistura com o feijão verde funcionou bem e o molho foi uma agradável surpresa.
Tudo considerado, a nota final: ****
Preparação da sobremesa:
Cortar meia maçã, um kiwi, uma banana e meter umas tâmaras secas ao barulho... Aquecer os restos de fondue de chocolate que cá ficou desde a última visita. Mergulhar a fruta no chocolate quente e ignorar as agruras do mundo, esquecer a as dificuldades da vida, mergulhar no doce prazer do chocolate mais delicioso do mundo, combinado com os sabores variados da fruta e chorar de felicidade por saber que se pode repetir isto noutro dia qualquer.
Nota final: *****

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O cinema em Julho

Cypher
Que raio de filme complicado! Nele, um homem é recrutado para ser um espião industrial numa nova empresa. Mas quando é reconhecido como espião pelos seus novos empregadorese convidado a fornecer informações erradas, tudo começa a ser mais complicado. Depois de algumas "lavagens cerebrais", afinal qual é a sua identidade?
O primeiro trabalho do cinema de Vincenzo Natali, o realizador do genial "Cubo", mais uma vez oferece um filme "fantástico" complexo e futurista. Tanto este como o anterior não eram fáceis de seguir, mas este a dada altura começa a exagerar nos plot twists. Tem, no entanto, a virtude de ter a Lucy Liu, o que é sempre agradável.
Nota final: **






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Children of Men
Mais um bom filme de ficção científica. Em 2027, deixou de haver crianças. A espécie humana parece condenada à extinção. Num contexto social violento e conturbado, Theo Faron (Clive Owen) vê-se arrastado para com um núcleo de activistas que pretende retirar uma miúda do país. Theo rapidamente descobre que ela está grávida e que é necessário evacuá-la para um local seguro. Neste caso, os Açores (hey, não seria a primeira vez que os Açores eram um local de exílio! Não esquecer que aquilo está realmente no meio do nada...).
O filme tem cenas de acção absolutamente espectaculares, visualmente é excelente, a história é uma boa história de ficção e o elenco é bastante bom (para além do Clive Owen que até me agrada, Michael Caine e Julianne Moore em papeis muito agradáveis).
Na prática, um bom filme para apanhar em DVD, se não mesmo em qualquer reposição por aí...
Nota final: ****


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Death Proof
Mais uma desilusão. Depois do Lynch (ARGH QUE NERVOS SÓ DE ME LEMBRAR), o Tarantino também se arma em artista. Ok, pelo menos este não me causa vómitos, só me desilude.
Tarantino quis fazer um filme mau. Quis pegar nos maus filmes que viu na sua juventude e fazer um filme igualmente mau, mas só que desta vez, propositadamente. Parabéns, pá, conseguiste! O filme é uma porcaria!
Lamento, mas não consigo gostar dos artifícios que o realizador utiliza para nos mostrar quão mau era o cinema Grindhouse que pretende elogiar. Fica a pergunta: merecerá este estilo de filme ser elogiado?
Nem o encantador elenco (estou a falar das senhoras, não do Kurt Russel, que tem um papel ao seu nível - i.e. MAU) safa a coisa.
Lá está, como discuti com alguns amigos, ou se acha que o facto do realizador ter atingido o seu objectivo é mais importante do que a qualidade do filme e então o filme é bom, ou então estamos-nos a lixar para os tiques artísticos do Tarantino e o filme é mau. Eu voto na segunda opção.
Nota final: *
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Viúva Rica, Solteira não Fica
Cá está mais um filme português bem conseguido. Ok, não é extraordinariamente original. A história é um bocado retrógrada e demonstra uns valores morais um bocado dúbios.
Seja. Este filme conta a história de uma jovem endinheirada... que tem azar com o seu primeiro casamento, já que o noivo não é muito saudável. Obviamente os candidatos seguem-se uns aos outros, mas parece que a senhora não tem muita sorte e de quem ela gosta mesmo, é de um "afilhado" que mais parece "enteado", uma vez que as ninguém lhe é muito favorável.
Os maridos são maus, mas acabam por não durar muito, pelo que há sempre outras opções...
Enfim, não muito original, mas considerando a quantidade e qualidade da produção portuguesa, vale a pena ver.
Nota final:***
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The Simpsons Movie
A adaptação da melhor série televisão de animação, não desilude. Igual a si próprio, é como um episódio gigante, cheio dos gags habituais e onde as personagens não diferem do que nos habituaram nestes últimos 18 anos (sim, desde 1989 já passaram 18 anos).
Talvez a grande crítica que se possa fazer a este filme é que se podia chamar "The Homer Simpson Movie", dada a importância que este tem ao longo de toda a acção.
Falando em acção, é mais uma loucura absolutamente hilariante, com direito a alguns convidados especiais e com uma mensagem ecologista, como não podia deixar de ser (sempre a crítica perspicaz que a série de televisão nos habituou).
Como diz uma das personagens no final... espero um segundo filme!
Nota final: ****
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The Magnificent Ambersons
Este filme do Orson Welles que eu fui ver à cinemateca, em português chama-se "O Quarto Mandamento". Ora tendo eu tido em toda a minha vida um total de 3 horas e meia de "catequese" (e foi mais uma conversa com o padre do que outra coisa qualquer), não é como se eu soubesse de cor os mandamentos. Mas o bom da internet é que tanto encontramos o profano como o divino e lá descobri o que era o quarto mandamento. "Honrarás a teu Pai e a tua Mãe"
O que é que isto tem a ver com o filme? Só mesmo a parte da mãe, já que o pai já quinou há um tempo.
O filme conta a história de uma família orgulhosa, a mais famosa da sua cidade e do último filho, que no seu egoísmo, priva a sua mãe da felicidade que esta procura e que lhe foi negada pela sua dedicação à sua família e em particular ao seu filho.
Este filme não tinha um final suficientemente "Hollywood" para os seus produtores e acabou por ter o seu final filmado novamente (já sem alguns actores), para "satisfazer o público. É uma pena que tenhamos sido privados do final original que se perdeu, mas na medida em que o filme praticamente todo aponta numa direcção e apenas as últimas duas ou três cenas foram modificadas, acaba por se perceber a intenção original do realizador e a "mutilação" acaba por não fazer esquecer a qualidade do resto.
Nota final (para não me armar demasiado em intelectual): ****

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