Paranoid Park
Outubro foi um mês de adaptação. À cidade nova, aos cinemas novos, aos ritmos novos, às rotinas, ao apartamento, etc.
Assim, apenas fui ao cinema uma vez. Mas valeu a pena.
Paranoid Park é o mais recente filme de Gus Van Sant. Baseado num romance homónimo, filmado com o recurso a actores amadores que foram recrutados na página do "MySpace" do realizador, esta é mais uma exploração do tema da adolescência branca norte-americana, por parte do realizador.
Depois de Elephant, a reconstrução do massacre de Columbine, Last Days, a reinterpretação dos últimos dias de Kurt Cobain e do estranhíssimo Gerry, talvez o mais distante de todos os filmes do realizador, novamente o confronto da juventude com a morte, com os seus sentimentos perante o fim, com a violência.
O filme passa-se em Portland, no Oregon, estado onde vive o realizador e quase que o próprio cenário onde a acção acontece se pode considerar uma personagem deste filme. A história gira à volta de Alex, um skater adolescente que é obrigado a confrontar-se com uma morte acidental que ele causa. Acontece que Alex decide que vai guardar os acontecimentos apenas para si. Como é que ele lida com os o que se passou e o que levou a tomar a sua decisão é retratado numa excelente interpretação do estreante Gabe Nevins (porque é que este tipo me lembra tanto o meu primo Tiago? Será só do skate?) que consegue passar a indiferença exterior da personagem enquanto lida com os seus conflitos interiores.
Este é certamente um daqueles filmes que é absolutamente a evitar por quem vê o cinema como equivalente a acção ou diversão. Este é um daqueles filmes que pretende retratar a melancolia da vida, as decisões difíceis que por vezes temos que tomar (se bem que normalmente ninguém mata alguém por acidente) e como é que lidamos com elas. O filme segue o seu próprio ritmo, que é lento, mas é o seu e vale todos os momentos.
Valeu bem a pena ver. Nota final:****
Assim, apenas fui ao cinema uma vez. Mas valeu a pena.
Paranoid Park é o mais recente filme de Gus Van Sant. Baseado num romance homónimo, filmado com o recurso a actores amadores que foram recrutados na página do "MySpace" do realizador, esta é mais uma exploração do tema da adolescência branca norte-americana, por parte do realizador.
Depois de Elephant, a reconstrução do massacre de Columbine, Last Days, a reinterpretação dos últimos dias de Kurt Cobain e do estranhíssimo Gerry, talvez o mais distante de todos os filmes do realizador, novamente o confronto da juventude com a morte, com os seus sentimentos perante o fim, com a violência.
O filme passa-se em Portland, no Oregon, estado onde vive o realizador e quase que o próprio cenário onde a acção acontece se pode considerar uma personagem deste filme. A história gira à volta de Alex, um skater adolescente que é obrigado a confrontar-se com uma morte acidental que ele causa. Acontece que Alex decide que vai guardar os acontecimentos apenas para si. Como é que ele lida com os o que se passou e o que levou a tomar a sua decisão é retratado numa excelente interpretação do estreante Gabe Nevins (porque é que este tipo me lembra tanto o meu primo Tiago? Será só do skate?) que consegue passar a indiferença exterior da personagem enquanto lida com os seus conflitos interiores.
Este é certamente um daqueles filmes que é absolutamente a evitar por quem vê o cinema como equivalente a acção ou diversão. Este é um daqueles filmes que pretende retratar a melancolia da vida, as decisões difíceis que por vezes temos que tomar (se bem que normalmente ninguém mata alguém por acidente) e como é que lidamos com elas. O filme segue o seu próprio ritmo, que é lento, mas é o seu e vale todos os momentos.
Valeu bem a pena ver. Nota final:****
Etiquetas: Cinema
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