Conversa, futebol, cinema, música, viagens, banda desenhada, culinária e as coisas estranhas que acontecem na minha vida.

terça-feira, outubro 30, 2007

Mais um esforço... Maio!

Mon Oncle
Cinema francês, agora nos clássicos, aproveitei uma reposição do Nimas para ver este filme de Jacques Tati.
É um filme simpático, mas confesso que desenquadrado da época, possivelmente não o consigo apreciar na sua plenitude na medida em que é modernista no passado. Acaba por ser um retrato engraçado do que eram as espectativas relativamente ao progresso socio-económico daquela altura e tem algumas cenas coreografadas de forma extraordinária.
Nota final: ****
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INLAND EMPIRE
Estava eu sossegadinho em casa quando alguém me diz que vai sair o novo filme do David Lynch. Cheio de alegria, comento com os que me rodeiam que vou certamente vê-lo, canto loas a Lost Highway, Mulholland Drive, Elephant Man e Blue Velvet e até mesmo a Dune. Quando o filme sai, começo a ver as críticas a serem um pouco crípticas... "Controverso", "difícil", "o universo lynchiano"... O meu entusiasmo esfriou um pouco. Fui vê-lo no entanto...
Resultado final: A PIOR MERDA DE FILME QUE ME LEMBRO DE JAMAIS TER VISTO NA VIDA.
Lynch, vai para o caraças, perdeste todo o crédito que ganhaste nos últimos anos, QUASE que me fizeste ficar ALÉRGICO a cinema. Mostraste-me que o cinema pode ser uma forma de tortura e abriste as portas da minha percepção a quão medíocre pode ser o processo criativo àquela que chamamos sétima arte.
Nota final: ZERO, NADA, VAZIO, VÁCUO, ENTROPIA, MATÉRIA NEGRA.


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La Môme
Como é que é possível traduzir um título de um filme francês por uma frase em francês completamente diferente? Perguntem aos espertos que se encarregam da distribuição deste filme (o filme também saiu com esse nome nos EUA, o que é um insulto ainda maior à inteligência colectiva do nosso país...). Do meu dicionário Francês-Português da Editorial Domingos Barreira (que me custou 2 contos e 100 para aí em 1990):
Môme [mo:m], s. m. Pop. Criança, catraio. Gír. S. f. Rapariga
"La Môme" NÃO é equivalente a "La vie en Rose". Enfim... este filme é mais uma tentativa (bem sucedida, quanto a mim, que não sou nenhum expert no assunto) de retratar a vida de Edith Piaf. Desde a sua infância difícil até ao seu apogeu e a partir daí até ao final imerecido. Brilhante a cena em que ela descobre que o "namorado" morreu num acidente de avião. Gostei muito da actriz que a desempenha (Marion Cotillard), que já entrou noutros filmes que eu vi, apesar de não me lembrar dela. Vale a pena ver.
Nota final: ***
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Shortbus
Ui, ca nojo! E isto não é um comentário homofóbico ou ultra-conservador. O filme é uma porcaria! Clichê, atrás de clichê, atrás de clichê, numa sucessão de sexo gratuito digna de alguns sites que eu conheço... por questões científicas, claro!
Shortbus é um clube de sexo que existe em Nova Iorque. Quem o frequenta e o que é que os atormenta? É isso que o filme tenta mostrar.
Compreendo a sexualidade como parte integrante do nosso ser, mas não consigo compreender as pessoas que acham que a sexualidade GUIA a sua vida.
E passa isto hoje em dia por arte? Voyerismo, exibicionismo e petulância são as palavras que me vêm à cabeça quando me lembro deste filme.
Nota final:**

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Pirates of the Caribbean: At Worlds End
Depois da desilusão tremenda que foi a maratona inconsequente do segundo capítulo da saga, este último(?) capítulo compensa um pouco. Apesar da história continuar a ser difícil de seguir, para quem não tem os outros filmes na cabeça, há fio da acção que se consegue seguir.
Jack Sparrow está morto e é preciso resgatá-lo (ah pois, o filme chama-se "at world's end"), pois só ele pode unir as diversas facções piratas contra o ataque da marinha inglesa.
Visualmente, é muito forte e o final é surpreendente, especialmente se tiveremos em conta que estamos com Hollywood no seu máximo esplendor.
Nota final: ***
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Trust the Man
Ca porcaria! Ja nao me lembrava que tinha visto este filme! DAMN YOU, MEDEIA CARD!!!!
Como pôr um belo conjunto de actores a fazer uma porcaria deste género? Perguntem ao realizador Bart Freundlich.
Na essência é igual ao "Last Kiss" que foi visto em Abril.
Nota final:**

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2 Comments:

Blogger Jack Hawksmoor said...

Não vi a espanholada do D. Quixote. Vi o Inland Empire. Foi mau. Ou então foi um dos melhores filmes que já vi, mas estou inclinado para o mau.
Mas, meu amigo... és um fraco.
Tu não viste 'O grande silêncio', pois não?
Ah pois é.
'Honor de cavalleria'? 'Inland Empire'?
Isso é para meninas.

Seca, seca é 'O grande silêncio'.
Três horas e tal de absolutamente NADA!!!

novembro 05, 2007 10:22 da tarde

 
Blogger Hugo Viseu said...

Pa, acredito que "O Grande Silêncio" tenha sido ainda pior que o Honra de Cavalaria, mas pior do que o do Lynch não foi!!!!!
Seja como for, um tipo só aguenta uns quantos filmes maus seguidos, pelo que acho que é compreensível que tenha evitado esse de que falas... Mais outra obra prima do cinema... Meu rico Steven Seagal!

novembro 10, 2007 7:04 da tarde

 

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