Conversa, futebol, cinema, música, viagens, banda desenhada, culinária e as coisas estranhas que acontecem na minha vida.

quarta-feira, novembro 14, 2007

Está quase... o cinema em Setembro!

Hairspray
Ou como alguém lhe chamou, o musical que não tem medo de o ser. Hairspray é um musical, sim, esse género maldito do cinema que tanto se odeia como se ama, tanto se despreza como se idolatra. E é um musical assumidamente divertido. Cheio de lugares comuns e estereótipos mais ou menos difundidos, Hairspray é um musical sobre musica, sobre dança, sobre alegria e, apenas como pano de fundo, sobre racismo.
Todo ele é sobre a alegria e a vontade de dançar, na Baltimore, uma cidade decididamente multi-racial (se assim lhe quisermos chamar), dos anos 60.
Uma adolescente... "cheiínha"... quer participar no seu programa de televisão favorito, precisamente onde toda a gente dança. Mas a sua beleza não corresponde decididamente ao padrão de beleza vigente... Mas isso não a faz desistir e quando graças à intervenção do seu ídolo que a viu dançar, ela consegue concretizar o seu sonho, há quem tenha inveja de a ver atingir os seus objectivos.
Belíssima interpretação da novata Nikki Blonsky, mas também de sublinhar a participação de John Travolta (no papel da MÃE da adolescente), Christopher Walken (lembram-se dele a dançar no video de Fat Boy Slim?), Michelle Pfeiffer. Uma nota final para James Marsden (o Cyclops de X-Men, eheheh) e Amanda Bynes (nas palavras de um velho amigo meu, "mas quem é esta jogadora?!")
Nota final: ****
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Goya's Ghosts
Um bom elenco, um bom realizador (Milos Forman), uma boa história... um filme chato.
Realmente este tinha tudo para ser um bom filme histórico, baseado no pintor da transição do século XVIII para o XIX, Francisco Goya, um génio que eu tive a oportunidade de ver várias vezes (fiz questão de levar lá uma série de visitas) no Prado em Madrid. Aos domingos é de graça, aproveitem (ainda por cima que agora aumentou de tamanho).
Com uma enorme vertente histórica, retrata o poder da inquisição espanhola e como esse poder foi ameaçado pelas invasões napoleónicas (e como os bergessios dos espanhóis - ehehe, piadinha futebolística... - preferiram os padres aos franceses). No meio disto tudo, uma modelo de Goya, aprisionada por não comer porco (eu adoro porco) e um Javier Bardem que joga nas duas equipas (não, não é uma piadinha gay).
O filme arrasta-se e talvez a inacção do "herói"(?) Goya, de tão lenta e ineficaz que é, contribua para tal arrastamento.
Boas notas, contudo, para os cenários, o guarda-roupa e toda a cenografia. Muito boa produção, mesmo.
Mas não isso não o salva de ser apenas mais um filme.
Nota final:*** (vá também tem a Natalie Portman e isso acaba por fazer o filme mais fácil de ver).
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Tian Bian Yi Duo Yun
O novo filme de Ming-liang Tsai, esse prodígio made in Taiwan, que já nos deu a conhecer filmes fabulosos como "o Buraco" (que eu vi...) oferece-nos um... musical erótico. Na ressaca de Hairspray e talvez cativado pelo interessantíssimo poster que aqui podemos ver anexo, fui ver este filme.
Ridículo é uma boa palavra para o caracterizar. O argumento é psicótico, as personagens são... para ser simpático... asiáticas, as cenas musicais... incompreensíveis, o móbil das personagens, inexistente. Talvez todas estas falhas tenham sido na verdade propositadas e tudo não passe de um enorme exercício de estilo (mau, à la Tarantino), mas quando estamos na sala do cinema e começamos a suplicar para que o filme acabe e para que não hajam mais cenas musicais (que demoram, demoram, demoram...), então percebemos que realmente não devíamos ter entrado na sala e que estamos a perder o nosso tempo.
Julgo ainda, após ter ficado até ao fim, que se a cena final (ou cenas daquele género) tivesse durado a totalidade do filme, teria sido uma perda de tempo muito menor.
Já agora, se eu já não era grande fã de melancia, depois deste filme então... (isso sim, tenho em comum com o actor principal).
Nota final: *

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Death at a Funeral
O primeiro filme que já vi na Suiça. O chão da sala era oval. Porreiro. E resulta!
Do realizador Frank Oz, cujo último trabalho foi o inenarravelmente mau The Stepford Wives, chega uma comédia britânica, com actores bem conhecidos do cinema e televisão inglesas que é bastante divertida.
Depois da morte do seu pai, um par de irmãos escritores tem de lidar com o seu funeral. De coisas como "quem paga o funeral" até à logística inerente a uma ocasião deste género, os convidados e os não-convidados, tudo gira à volta da despedida do pai destes dois irmãos.
O pior é quando alguns imprevistos começam a acontecer...
Tudo isto é filmado num estilo que se pode reconhecer como britânico, o humor é excelente e bizarramente, apesar de alguns lugares comuns e alguma escatologia q.b., acaba por ser bastante agradável.
E o Frank Oz limpa-se parcialmente daquelas duas horas da minha vida que me fez perder aqui há uns anos.
Nota final: ****

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1 Comments:

Blogger World without end said...

Mano, 'Death at a funeral' é da melhores comédias que vi nos ultimos anos!
Bem tentei recomendá-lo ao Dr. Bola, mas ele nem me quis ouvir.
Esta semana tenho de ir ver o 'Control' e o 'Beowulf'!

novembro 20, 2007 8:19 da tarde

 

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