Conversa, futebol, cinema, música, viagens, banda desenhada, culinária e as coisas estranhas que acontecem na minha vida.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Um pouco mais civilizados

Passo a passo.
E foi dado um passo na direcção certa. As mulheres já têm o direito de decidir se querem ou não ser mães. Já podem decidir se é o momento certo para trazer ao mundo um filho evitando assim, possivelmente, estragar todos os seus planos e condicionar desde o início da vida os do seu hipotético filho.
Já saímos da cauda da Europa em mais um assunto. Pequenos passos e este foi um deles. Uma bela vitória da civilização.

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Bailado... Callas?


Fui ver um bailado (mais um), desta vez ao Teatro Camões, aqui em Lisboa. Este era inspirado na vida da diva Maria Callas. Mais uma criação do coreógrafo Benvindo Fonseca para a sua companhia Lisboa Ballet Contemporâneo. Nela, tenta-se recrear a vida para além da voz da cantora, isto é, tudo o que a rodeia, os seus estímulos, as suas preocupações e as suas alegrias.
Quanto a mim, pareceu-me um bom esforço, apesar de algumas das sequências quanto a mim, poderem estar tanto ali como em qualquer outro bailado subordinado a qualquer outro tema. Claro que o autor pode ter tido uma intenção qualquer com aquilo, mas eu não a percebi. Benvindo, se estás a ler isto, não ligues, eu não percebo nada do assunto. Gostei IMENSO da cenografia. Isso sim. E o pormenor de haver acompanhamento musical ao vivo, isso também foi um "mais".
Relativamente ao bailado mesmo, direi apenas que gostei mais de outros que já vi. Uma última nota para a voz da Maria Callas que realmente é merecedora de uma homenagem deste ou de qualquer outro tipo. Tenho de ver se investigo mais sobre a vida da senhora e já agora, sobre as suas óperas gravadas...
Nota final: ***

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quinta-feira, fevereiro 08, 2007

E em Dezembro o cinema foi assim...



Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan

Este foi o filme mais hilariante do ano. Goste-se do estilo ou não, é inescapável o estranho fascínio que a total indiferença aos cânones de comportamento social que o actor imprime às suas acções durante todo o filme. Politicamente incorrectíssimo, demasiado exagerado em todos os aspectos, este filme foi uma crítica social hiperbólica que não poupou ninguém. Um hino à liberdade de expressão. O bom gosto não é uma definição.
Sucintamente, Borat é um jornalista do Cazaquistão que vai aos EUA fazer uma reportagem sobre o estilo de vida naquele país. Os seus hábitos não são conformes com os dos locais...
Adorei este filme que me fez esconder a cara, fazer caretas e rir desalmadamente durante mais de uma hora. Uma obra prima da comédia. Nota final: *****
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O Perfume: A história de um assassino

Eu nunca li este livro. Devo ser uma das 43 pessoas que em Portugal nunca o fez. Em todo o caso, a história consegue ser muito engraçada e manter o "suspense" até ao último momento. O "super-poder" do "herói" da história é dos mais originais que me lembro e em termos de efeitos visuais o filme é muito rico.
A história é a do tipo com o olfato mais apurado do universo que decide que quer "capturar" os cheiros, nomeadamente aqueles que lhe agradam mais, por forma a poder criar o "perfume definitivo". Mas como os cheiros que lhe agradam mais são de senhoras...
Umas duas horas bem passadas valem a nota final: ****








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Little Miss Sunshine


O filme surpresa do ano, que para mim não passa de "mais um" bom filme na nova geração de independentes americanos, mas que parece que para toda a gente é uma obra prima de... não sei bem o quê... A reinvenção do "road-movie" em versão familiar, talvez?
A história é simples: Olive é uma menina que não é particularmente talentosa ou bonita, mas cuja tia a inscreveu num concurso de beleza numa terreola qualquer. Fica em segundo, mas quando a vencedora é desqualificada por uma qualquer razão ridícula, toda a família é arrastada para uma viagem até à Califórnia onde se desenrola a final do concurso para a qual Olive ficou automaticamente apurada. A viagem não é uma viagem calma.
Um filme bem simpático e que é muito agradável de se ver, mas quanto a mim não é a revolução que muitos parecem preconizar.
Nota Final: ***



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La Science des Rêves

O realizador de culto Michel Gondry mostra-nos outra das suas obras. Depois do genial "Eternal Sunshine of the Spotless Mind", La Science des Rêves mostra-nos um "franco-mexicano" protagonizado por Gael Garcia Bernal cujos sonhos se misturam com a realidade. Confrontado com a sua incapacidade de os distinguir claramente, acaba por se envolver em algumas confusões depois de se apaixonar pela vizinha do lado. Isso e o seu trabalho bastante limitador em termos intelectuais forma a base do argumento de um filme visualmente rico, conceptualmente interessante, mas que acaba por nos deixar com um gosto a pouco no final. Talvez a fasquia esteja demasiado alta para os fãs de Gondry onde me incluo.
Nota final: ****


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segunda-feira, fevereiro 05, 2007

O cinema anda atrasado...

...por isso vou fazer uns posts resumo das coisas que tenho visto por meses.
Aqui fica o remanescente de Novembro.
Depois de ter regressado de Madrid, comecei com The Departed, The Devil Wears Prada e A Prairie Home Companion. Para além desses, ainda vi outros dois:


Em Casino Royale, a renascença do James Bond, temos um filme mais escuro onde o espião mais famoso do mundo é reinventado e actualizado para os tempos modernos. Excelentes e mais realistas cenas de acção, paisagens maravilhosas (alguém me empresta dinheiro para comprar uma mansão no lago Como?) e uma adaptação interessante da primeira missão do espião, baseada na obra de Ian Flemming.

Gostei de ver Daniel Craig no papel principal, apesar de achar que o filme perde o seu ritmo e impacto depois das cenas do casino. A cena em Veneza é já um epílogo mais ou menos previsível e menor. Ainda assim, para filme de James Bond, nota final ****

Eva Green está muito melhor (e nuínha da silva) em The Dreamers. Aqui não impressiona e pior, ainda irrita um bocado.
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Neste mês vi ainda Dans Paris.

Neste filme tipicamente intelectualóide francês (já tinha saudades), que curiosamente foi aplaudido como um dos melhores do ano pela crítica francesa (a sério, tem tudo para os intelectualóides franceses gostarem), temos a história de Paul, um homem que depois de ter sido abandonado pela mulher no meio de uma crise semi-existêncialista e de confiança no seu amor, volta para casa do pai. Aí, depara-se com o este e com o seu irmão mais novo, um verdadeiro engatatão (numa tarde três quecas com significado - ou não - para o filme? Brilhante...) que o tentam recuperar da sua depressão intelectualóide francesa.

Que dizer, o filme tem ritmo e tem uma história que conta do princípio ao fim. Mas é irritante! É irritante porque é previsível, eu não compreendo o objectivo, tem cenas típicas dos filmes intelectualóides franceses e no fim não se percebe nada! Mas eu até gostei... Nota final: ***

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A ver... (a musiquinha era dispensável, mas foi o que se arranjou)...

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