Prémios do ano 2007 (nomeados)

E mais uma vez, volto a fazer um balanço do ano e esperar alguma interactividade... Vamos ver.
Nada de novidades em termos de categorias. Não vale a pena. Assim:
Os nomeados para a categoria de melhor CD do ano são:
Amy Winehouse - Back to Black
Arcade Bible - Neon Bible
Björk - Volta
Interpol - Our Love to Admire
LCD Soundsystem - Sound of Silver

Os nomeados para a categoria de melhor filme do ano são:
Eastern Promises (David Cronemberg)
Paranoid Park (Gus Van Sant)
Sunshine (Danny Boyle)
The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford (Andrew Dominik)
Youth Without Youth (Francis Ford Coppola)

Os nomeados para a categoria de melhor filme que os distribuidores não puseram em exibição num local onde eu os pudesse ver no ano em que foram feitos são:
300 (Zack Snyder) / (2006)
Children of Men (Alfonso Cuarón) / (2006)
Das Leben der Anderen (Florian Henckel von Donnersmarck) / (2006)
Letters from Iwo Jima (Clint Eastwood) / (2006)
The Last King of Scotland (Kevin MacDonald) / (2006)

Os nomeados para a categoria de melhor comic do ano são:
Chronicles of Wormwood (Garth Ennis/Jacen Burrows)
Invincible (Robert Kirkman/Ryan Ottley)
Green Lantern (Geoff Johns/Ivan Reis)
New Universal (Warren Ellis/Salvador Larroca)
The Punisher (Garth Ennis/vários)

Os nomeados para o prémio de melhor jogador do campeonato português são:
Anderson Polga (Sporting)
Liedson (Sporting)
Lisandro Lopez (FC Porto)
Lucho Gonzáles (FC Porto)
Ricardo Quaresma (FC Porto)

E os nomeados para o prémio de melhor jogador português são:
Cristiano Ronaldo (Manchester United)
Fernando Meira (Estugarda)
Hugo Almeida (Werder Bremen)
Ricardo Carvalho (Chelsea)
Ricardo Quaresma (FC Porto)

My Blueberry Nights

My Blueberry Nights
Vendi este filme a uma colega de trabalho que me acompanhou como "o filme mais romântico do mundo". Ok, talvez não seja "o mais", mas é romântico a valer.
Elisabeth (Norah Jones), deixa as suas chaves num pequeno restaurante de Nova Iorque. Quer deixar as suas chaves e a sua anterior relação. Acaba por encontrar as tartes de mirtilo e quem sabe um novo amor, Jeremy, o dono do restaurante.
Incapaz de lidar com a proximidade do anterior apartamento do seu amante e da sua nova companhia, Elisabeth parte pela América e encontra primeiro Arnie e Sue Lynne (belíssima Rachel Weisz). Após isso, parte novamente e encontra Leslie (Natalie Portman).
O regresso encontra Jeremy (Jude Law) à sua espera. Será que o as suas noites de mirtilo se vão repetir.
Romântico sem ser lamechas, como só Wong Kar Wai consegue, a transição para o ambiente americano faz-se notar e o filme não atinge os píncaros de "In the Mood for Love" ou "2046", mas está muito bem.
Nota final: ****

Youth Without Youth

Youth Without Youth
O mais recente filme de Francis Ford Coppola, baseado numa novela de um autor romeno, Mircea Eliade, mostra-nos uma das mais admiráveis personagens que já vi no cinema. O meu gosto por este filme, tenho a certeza que é muito pessoal e que muito pouca gente o apreciará como eu.
Um velho professor romeno é atingido por um raio enquanto se dirigia a Bucareste com uns propósitos obscuros. Milagrosamente, resiste ao raio e percebe que está rejuvenescido. Para além disso, compreende que as suas capacidades estão agora mais desenvolvidas.
Reencontra mais tarde um amor perdido e usa-o para concretizar um seu objectivo abandonado há já muito tempo.
Este filme é um pouco Coppola a entrar num universo fantástico, irreal, e quase "Lynchiano, mas com o seu próprio estilo. O resultado final é muito bom. Grande participação de Tim Roth e da linda Alexandra Maria Lara (a ver também em "Control").
Nota final:*****

The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford

The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford
Este é um filme sobre o assassinato de Jesse James, o último grande "herói" do faroeste americano. É a história do seu assassinato e do seu assassino, muito mais do que de Jesse James. A estrela aqui não é o Jesse James - Brad Pitt, mas sim o assassino, Robert Ford - Casey Affleck.
O filme vai crescendo lentamente até ao clímax inevitável que é o anunciado assassinato. E este crescendo lento é quase angustiante, enquanto nos explica as razões que levam esta personagem que não é agradável, Robert Ford, a assassinar a "estrela" Jesse James.
Por momentos pensei que o filme deveria ter terminado imediatamente após o assassinato, uma vez que após isso, a tensão cai a pique e interrogamos-nos se não está a ser agora uma porcaria. Mas não, no final vemos a consequência do assassinato na vida do assassino e percebemos a verdadeira ideia do autor, percebemos finalmente que o filme é sim sobre Robert Ford e não sobre Jesse James e percebemos que passámos o filme todo à espera de ver as acções de um herói Jesse James e, tal como os contemporâneos, nos estamos a lixar completamente para o verdadeiro "herói", Robert Ford.
Obviamente que se pode escolher quem é a personagem memorável, mas a escolha da memória colectiva já está feita. Jesse James está presente no imaginário de milhares de pessoas, quem sabe quem o matou, são muitos menos.
Gostei deste filme. Nota final: ****