Em primeiro lugar... BWAH-AH-AH-AH-AH! Os tripas perderam com o Atlético! BWAH-AH-AH-AH-AH-AH-AH-AH-AH-AH-AH-AH-AH-AH-AH-AH-AH-AH-AH-AH-AH!
Ok, já me passou. Passando a coisas mais tristes, o Estrela da Amadora...
O Estrela, tal e qual como o Atlético, Sporting, Benfica ou Bragança passou à ronda seguinte. Ganhámos ao Feirense, que até está a fazer uma boa época na Liga de Honra e que eventualmente poderá até subir. O jogo não foi muito bom, o Estrela não jogou muito, mas quanto a mim mereceu ganhar, apesar de se notar perfeitamente que não estavam muito motivados para andar ali a correr depois de três meses.
Para além deste jogo, fui vê-los na vitória justíssima frente ao Nacional e já dá para ter umas ideias concretas do que vale o clube nestes dias.
Assim, na baliza temos dois guarda-redes razoáveis. Nenhum é vedeta, mas parecem-me seguros. Até posso dizer que gostei mais do suplente do que do Paulo Lopes, mas a verdade é que o jogo foi bem mais fácil. Mas caso o Lopes tenha um problema, tenho perfeita confiança no Pedro Alves.
Quanto à defesa... bom, aqui a coisa é bem mais complicada. O Tony foi-se embora. Os romenos andam a investir em força no futebol e os salários e comissões de transferência da Roménia leveram dois dos nossos melhores jogadores para o Cluj... (sim, é um clube). Assim, temos o "famoso" Rui Duarte a jogar a na posição daquele que era o nosso melhor jogador do plantel, ponto final. Não o substitui, mas enfim, parece servir. Claro que foi expulso no jogo da taça e agora contra o Leiria na semana que vem, não há medio direito. No centro, o Amoreirinha e o Fonte, dois lampiões emprestados, são um verdadeiro paradoxo. Apesar de eu não ter grande confiança neles, têm vindo a constituir uma das mais sólidas defesas caseiras da primeira liga. E desta vez só levámos um golo em casa de penalty, e por causa de uma suposta infantilidade do Amoreirinha (eu estava do lado oposto e não vi, mas deu para perceber que o árbitro marcou porque quis, porque antes do tal penalty, houve pelo menos umas três faltas fora da grande área para ambos os lados, que o árbitro poderia ter marcado. Isso e uma dualidade incrível de critérios na amostragem de amarelos leva-me a pensar que o jogo estava "enviezado"). Assim, a dupla de centrais não me dá segurança a mim, mas parece dá-la à equipa. O lateral esquerdo estabilizaou e o Edu Silva é um tipo seguro que até consegue atacar. Mas mais uma vez, não é vedeta nenhuma.
No meio campo está o velho triângulo no qual eu estou acostumado a ver o meu clube jogar. Tiago Gomes (não o defesa esquerdo emprestado do Benfica, mas sim o médio sub-21 que comprámos ao Odivelas) estabilizou e tem potencial para se tornar num bom jogador que se pode vender no futuro. O veterano Marco Paulo surpreende pela titularidade, mas pela amostra, tira calmamente o lugar ao Luís Loureiro. Na "posição 10", Jaime é uma agradável surpresa, tirando quando decide agarrar-se demasiado à bola. Mas tem uns bons toques. Mas é curioso como não sendo nada seguros ou vedetas, acabam por ser consistentes.
No ataque volta a estar o nosso problema. Apesar do tridente assumido e, ao contrário do ano passado, com um ponta de lança fixo, o nosso ataque é demasiado mole. Anselmo tem azar, mas continua demasiado ineficaz. Moses tem bons toques, mas também não é quem vai resolver os nossos problemas ofensivos. Nas alas, que saudades do Semedo e do Manú. Jones foi inútil, Paulo Sérgio no seu lugar, idem. N'Daye não é muito melhor. Ou seja, de extremos não estamos muito bem. Apenas cumprem. Vamos ver o que faz o reforço de inverno, Viveiros.
Faltam um Luís Loureiro e um Cleiton em forma e ainda o Rui Borges e o Dário novamente em bom estado. Veremos o que pode dar. Na taça agora vem a Naval. Pode dar para os dois lados.
Volto a dizer que a equipa não tem vedetas e não é muito segura, mas é consistente. Pena que o treinador se decida sempre a pôr a equipa na retranca quando estamos a ganhar. Tenho saudades de quando o Estrela realmente atacava. Sei que não temos uma grande tradição atacante, mas ocasionalmente faziamo-lo e agora nem das poucas vezes que temos uma equipa mais forte ou quando os adversários revelam problemas o fazemos. Somos uma equipa cínica e de ataque pela certa, mas não somos uma boa equipa. E infelizmente é como o treinador a quer. Deve dar para seguir na primeira divisão à conta dos pontos em casa e para passar mais uma ou outra eliminatória da taça. Mais não.
O ano que vem parece que já vamos ter um plantel com menos mudanças. Oxalá seja a base para voltarmos a ter uma equipa de ataque e não a proto-equipa que temos agora.
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