Conversa, futebol, cinema, música, viagens, banda desenhada, culinária e as coisas estranhas que acontecem na minha vida.

domingo, agosto 23, 2009

Uma à moda antiga

Pois é, patroa fora, dia santo na casa. Ou traduzindo, a namorada foi passear, eu fui para os copos com um amigo.
É sempre perigoso quando nos oferecem vodka. Foi o que aconteceu na sexta-feira passada. Os pormenores são vagos. Lembro-me de estar em casa do meu amigo, que o vodka (polaco, mas não Zubrovka) era bom, lembro-me (mal) dele sair de casa comigo, lembro-me (muito parcialmente) de lutar com o meu cartão multibanco dentro de um bar, lembro-me (quase nada) de uma animada conversa com um tipo que nunca tinha visto mais gordo no meio da rua e mais nada.
Acordei no sofá, nú e com os óculos. Brilhante.
Vítimas:
- Um belo sábado em que tinha ideia de ir trocar a carta de condução por uma suiça, limpar a casa, ir a um churrasco pelas seis da tarde. Não troquei, não limpei, não churrasquei. Fiquei a vegetar em frente ao sofá;
- O meu livro. Todo o dinheiro que tinha, os cartões, o telemóvel, estava tudo espalhado pela sala quando acordei. Mas o livro que estava a ler desapareceu. Assim, se alguém sabe como acaba "Barroco Tropical" de um angolano chamado Agualusa, por favor cheguem-se à frente, porque eu decerto não vou comprar o livro outra vez (até porque nem sequer estava a gostar assim tanto).

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Whatever Works (2009)

O novo filme de Woody Allen é muito divertido. Eu sou fã incondicional de Allen e desde há uns anos para cá que raramente falho um filme dele no cinema. Mas tem dias (ou anos, já que ele produz mais ou menos um filme por ano). Este é um ano bom.
Boris Yellnikoff é um físico reformado que quase ganhou o Nobel da Física. Ou seja, é um génio. Mas é um génio hipocondríaco e fatalista. Um dia, completamente contra a sua vontade, acolhe em sua casa uma miúda fugida de casa, de um estado daqueles bem recônditos do EUA (possivelmente o Alabama, ou algo assim). Melodi St. Ann Celestine é o seu nome.
Ao longo do tempo, o génio Boris acaba por se afeiçoar a Melodi e acabam por se casar. Mas entretanto a mãe de Melodi acaba por encontrá-la. E não reage muito bem à relação dos dois.
O filme conta uma sucessão de situações hilariantes, Allen joga muito bem com alguns estereótipos de forma muito leve, mas eficiente e a personagem de Boris, é sem dúvida, uma das minhas personagens preferidas de sempre do cinema!
Um pragmático.
Resumindo, um óptimo filme, como sempre, à volta de relações e da maneira como pessoas mais ou menos normais lidam com outras. Nota final: *****

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Brüno

Chamo a isto a terceira parte de uma trilogia que Sacha Baron Cohen começou com Ali G, extrapolou com Borat e hiperbolizou com este novo filme? Não sei se deva. Mas apenas porque Ali G era de uma natureza diferente. Borat e Brüno são personagens parecidas que exploram os mesmos constrangimentos que todos sentimos quando confrontados com alguém que rompe com o estabelecido.
E é isso que Brüno faz. E de que maneira.
Portanto, Brüno, crítico de moda bastante homossexual, decide que quer tornar-se o austríaco mais famoso desde Adolfo Hitler. Lindo.
Para isso, vai para a América e faz o seu melhor (ou pior). É hora e meia de situações inconcebíveis, de um descaramento quase admirável, de tapar a cara de incredulidade pelo que se passa no grande ecrã.
Eu gostei. Nota final: ****

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