Cinema este ano
Já vou com alguns filmes em atraso. Está na hora de actualizar o blog, apesar de não ter visto assim tantos como isso...
O ano começou com um clássico...
Morte a Venezia (1971)
A minha primeira incursão na cinemateca de Lausanne foi logo no primeiro ou segundo dia do ano. Baseado no romance de Thomas Mann, realizado por Luschino Visconti, conta a história de um compositor que está com problemas de saúde e vai descansar a Veneza. Mas quando se instala no hotel, há uma espécie de "Lolito" (na verdade Tadzio, filho de uns aristocratas polacos) com quem começa um flirt absolutamente proibido. Entretanto, boatos relativos a uma doença em Veneza começam a ser ouvidos, mas são abafados pelas autoridades...
O que é que eu posso dizer deste clássico? Fantástica fotografia, um argumento de qualidade e uma interpretação assustadoramente fantástica de Dick Bogarde. Não posso dar menos que isto na nota final:*****
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Shivers (1975)
A minha segunda incursão na cinemateca de Lausanne foi com boas intenções, mas não correu assim tão bem. Shivers, um filme de David Cronemberg do qual eu nunca tinha ouvido falar. Cronemberg é um dos meus realizadores favoritos, mas este filme realizado 11 anos antes de The Fly é, no máximo, uma fase de aprendizagem misturada com uma grande festa que alguém se deu ao trabalho de pagar... Portanto, numa espécie de condomínio fechado, é cometido um assassinato. Um médico investigador mata uma sua vizinha e depois suicida-se. As razões? Um parasita que torna o seu hospedeiro um maníaco sexual. Escusado será dizer que em breve todo o condomínio está contaminado e acaba tudo numa grande "festa na piscina"... No escape...
Bom, nota final: *
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Invictus (2009)
Eu adoro râguebi (ontem foi um dia muito triste, pois falhámos a qualificação para o mundial...)! E adoro cinema político. E adoro o Clint Eastwood. Tudo isto faz com que Invictus seja um filme que naturalmente me tenha atraído.
Morgan Freeman é Nelson Mandela e Matt Damon é François Piennar, o capitão da equipa da África do Sul que ganhou em casa o campeonato do mundo de 1995. O filme conta a história de como Nelson Mandela usou o râguebi para contribuir para a união do seu país no período pós-apartheid. Fantástico como Eastwood consegue transformar uma história deste género num filme coerente.
Nota final: ****
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Plus là pour personne (2009)
Quando fui ao cinema, queria era ver o mais recente dos irmãos Cohen (Serious Man). Mas quando lá cheguei, em vez do meu objectivo estava a ante-estreia de um filme suiço... Com direito à presença dos actores principais e do realizador. Por incompatibilidade de horários, eu e a minha companhia acabámos por decidir ver este filme de qualquer maneira. Má ideia... é uma tentativa fraquinha de fazer um daqueles filmes onde todas as histórias se cruzam (isto já tem um nome, não tem?). A única coisa que vale a pena é mesmo passar-se em Genebra. Nem sequer na Genebra dos turistas, mas nos subúrbios onde ninguém vai e que eu já reconheço em alguns pontos. Em duas frases, há um acidente de viação onde um tipo morre. As consequências emocionais da sua morte para os outros intervenientes são diversas.
Nota final: ** (uma das estrelas é apenas para apoiar o cinema suiço...)
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Shutter Island (2010)
O mais recente de Martin Scorcese conta a história de dois Marshalls que investigam o desaparecimento de uma prisioneira de um estabelecimento prisional para doentes mentais que está situado numa ilha. E não posso dizer muito mais sem estragar o filme. Uma interpretação decente de Leonardo Di Caprio, como de costume, mas devo dizer que esperava um bocadinho mais... Gostei da música, no entanto...
Nota final: ***
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The Ghost Writer (2010)
Roman Polanski acabou este filme desde a prisão. Pois é, you don't f**k with America. E mesmo que a miúda de 13 anos te tenha perdoado passado 30 anos, foi crime à mesma. O que dizer... Enfim, não interessa.
Um argumento muito interessante. Tony Blair... ah... perdão, Adam Lang é um ex-primeiro ministro britânico que escreveu uma autobiografia. Mas o seu escritor oficial morre em circunstâncias estranhas e é preciso encontrar um novo "escritor-fantasma" (sim, ou vocês pensam que foi o Cronaldo que escreveu todas as suas 43 auto-biografias?). É Ewan McGregor que toma este lugar (e sim, ele aparece nú, como em todos os seus filmes...) e aos poucos vai descobrindo mais coisas relativamente ao seu patrão, que entretanto está sob a ameaça de ser acusado de crimes de guerra pelo Tribunal Penal Internacional.
Conclusão do filme, a Cherie Blair é uma agente da CIA. Ops, lá estou eu, a mulher de Adam Lang é uma agente da CIA...
Nota final: ****
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