
O que dizer sobre este filme? Que me lembro de ficar excitado com a ideia de que alguém o queria fazer? Que me lembro de viver na Damaia e de ler um artigo onde o Arnold Schwarzenegger
estava "intrigado" com a possibilidade de rapar todos os pelos e ser pintado de azul? Que vi todos os filmes baseados em histórias do Alan Moore (Zeus, até "Swamp Thing" com a Heather Locklear)? Que DEVOREI a mini-série numa até à altura inédita maratona de 3 ou 4 horas seguidas para saber quem tinha matado o Comediante? Que a personagem com quem me identifiquei quando li o livro foi o Ozimandias e que queria, como ele, salvar o mundo?
Enfim, um sem número de coisas que quando agora, uns 17 ou 18 anos depois de ter lido a banda desenhada pela primeira vez, me trazem tremendas lembranças.
Para resumir: estamos em 1985. Os super-heróis estão proibidos desde 1977. Apenas alguns continuam em actividade ou clandestinamente, como Rorschach ou ao serviço do Governo, como o Comediante ou o Doutor Manhattan. O Comediante é assassinado. Quem é que o matou e porquê? A resposta a essa pergunta leva Rorschach a tentar contactar os seus ex-parceiros, na sua maioria, agora reformados. Mas alguém quer todos os super-heróis fora do seu caminho...
Filmado com actores de segunda linha, o filme é lento, mas fidelíssimo ao argumento original tirando uma pequena mudança no final (que quanto a mim resulta de forma excelente - chego até a pensar que se trata de um final melhor do que o do comic). É esplendoroso em termos visuais e, tal como o comic, muda completamente como vemos os super-heróis no cinema actualmente. Como pensou o Alan Moore sobre o comic, porque não fazer um comic de super-heróis onde eles se portem como adultos normais?
Enfim, adorei o filme, por tudo o que o comic me diz, pelas lembranças que me trouxe, pelo bem que está feito, por fazer jus ao comic.
Nota final: *****
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