Marie Antoinette
Mais um filme de Sofia Coppola depois do surpreendente "The Virgin Suicides" e o já elevado à categoria de filme de culto, "Lost in Translation". Desta vez, Coppola decide revisitar a vida de Maria Antonieta, raínha austríaca de França à data da revolução de 1789 retratando-a como a adolescente que era.
A saída da Austria, o casamento, a rotina real, as dificuldades em conceber um herdeiro para o trono francês, as relações e intrigas de corte e finalmente a adaptação ao seu papel e o disfrutar das possibilidades que ser a raínha de um dos países mais poderosos do mundo numa altura são descritos aqui por Sofia Coppola de uma forma relativamente monótona, para a qual também contribui a pouca fogosidade de Dunst, que apesar de muito bonita, não empolga nesta interpretação que parece ter sido desenhada para ela.
No fundo, o filme tem um ritmo que parece copiar Manuel de Oliveira (mas se este fosse uma adolescente).
A banda sonora, que tantos rios de tinta parece ter feito correr, é bem ajustada. Realmente poderia ter-se recorrido à música da época, um período rico, tanto quanto sei, ainda para mais na corte francesa. Mas fica a pergunta: para quê? Para mim, a música não acrescenta nem retira nada ao filme, sendo apenas uma escolha estética da autora que ficará ao gosto de cada um apreciar. No geral, foi um filme agradável, com o extra de ainda se poder espreitar a menina Dunst em takes mais ousados. Mas é para mim, o pior filme até à data de Sofia Coppola.
Nota final: ***
Etiquetas: Cinema
2 Comments:
gosto muito dos filmes da sofia, mas no fundo, no fundo... quem fez o primeiro foi o pai (ela engasgou-se e ele teve de lá ir dar uma mãozinha). e o segundo é muito bonito mas está sobrevalorizado. no terceiro percebe-se bem o real valor de sofia. fora isso, acho os filmes fantásticos!
novembro 20, 2006 10:49 da manhã
É uma perspectiva interessante! Até porque eu concordo absolutamente no que diz respeito à sobrevalorização de Lost in Translation. Mas realmente não sabia isso da mãozinha do pai no primeiro (que eu acho genial) e falta ritmo a este último. Mas gostei de todos.
novembro 20, 2006 7:07 da tarde
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