Angola 0 - Portugal 1

Grande Scolari. Sempre fiel ao que nos habituou. Ou seja, aquilo que para nós são resultados miseráveis, para a selecção são suficientes. Resultados do tipo empates na Eslováquia ou vitórias 1-0 a Angola aos seguidores deixam-nos tristes e exasperados, mas acabam por servir aos nossos objectivos. Não fazendo uma grande exibição, acabámos por ganhar os 3 pontos e controlar perfeitamente um jogo que seria sempre complicado. Angola não vai jogar desta maneira com mais ninguém e a falta de ambição que revelaram podia-nos ter complicado as coisas se nós tivessemos ido para o ataque como toda a gente queria. Assim, como para Angola uma vitória passava por perder por poucos, para nós, o 1-0 bastou, porque os 3 pontos é que contam. Ficámos todos contentes.

Tacticamente, antecipei a substituição do Ronaldo pelo Costinha. Porquê arriscar perde-lo para os próximos jogos com uma expulsão ou lesão (caceteiros, os angolanos...)? Sim, mete o Costinha. Nao jogámos para o espectáculo, jogámos para o resultado. Consigo viver com isso. As outras substituições foram homem por homem para renovar o meio campo. Tanto Costinha, como Maniche como até o Viana confirmaram que se pode contar com eles. Os mais apagados, quanto a mim, foi o Petit (confio que melhore). Uma palavra de apreço para o papel do Simão (que as pessoas com quem eu vi o jogo detestaram, mas eu achei que cumpriu bem o que tinha a fazer). O destaque para aquele que para mim foi o melhor em campo: Luís Figo. Um dos melhores jogadores do mundo de sempre. Confirma-se. Venha o Irão. Não me importo que seja o mesmo resultado. Mas acredito que seja mais fácil, pois para nós, o empate praticamente qualifica-nos (precisavamos de perder contra o México e que o Irão ganhasse a Angola por mais um golo do que a diferença de golos da nossa derrota com o México). Uma boa estreia no 3º jogo que me lembro de ver em directo de Portugal num mundial (acho q não ligava muito a futebol em 1986 e há quatro anos não vi o jogo contra os EUA).