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sábado, julho 30, 2005

Os comics da semana

Ontem foi dia de comprar comics.
X-Men 173 - Peter Milligan, Salvador Larroca - Estou MUITO arrependido de comprar este título. O Milligan é um tipo que já escreveu montes de coisas que eu gostei e pensei que ele quisesse levar o título para uma direcção diferente da anterior. Pelo contrário, parece o raio de uma telenovela lamechas, onde em vez de argumento coerente e acção constante, tudo anda à volta do triangulo amoroso entre o Iceman, a Polaris e o Havok, e os problemas de relacionamento entre o Gambit e a Rogue porque ninguém pode tocar na menina sem que ela absorva os poderes e as memórias (e potencialmente mate) de quem lhe toca. Este "story-arc" tem o pormenor ainda mais irritante de ser sobre o triangulo amoroso entre a Rogue, o Gambit e a mãe adoptiva da Rogue?!?!?!?!? Tenham a santa paciência. Dinheiro atirado à rua.
Other World 5 - Phil Jimenez - Este número teve o condão de ser mais dedicado ao desenvolvimento do argumento e ter já um bocado de acção, ao contrário dos últimos números, onde a acção estava recheada de introduções aos relacionamentos entre as personagens. Também embaralhou um bocado as ideias iniciais de quem são os heróis e os vilões no fim das contas. Um pouco mais interessante. Vou comprar até ao fim.
Neverwhere 2 - Mike Carey, Glen Fabry - A adaptação da novela do Neil Gaiman à banda desenhada pelo fantástico Mike Carey (já lá chego à parte do fantástico) parece ser uma boa aquisição. No entanto, parece-me que apesar de estar a ser interessante, não passa disso mesmo, sendo, como comic, bastante banal e com alguma sensação de clichê... Neste número, o herói acidental da história percebe que ninguém dá pela presença dele... Terá sido por ter entrado em Londres por uma porta que não devia (nomeadamente um esgoto que vai dar ao topo de um arranha-céus)? Vou comprar os 9 números, mas aconselho vivamente o paperback e não os fascículos.
Hellblazer 209 - Mike Carey, Leonardo Manco - É o meu título preferido há já muito tempo, e o único que compro desde que deixei de fazer uma equivalência entre comics e super-heróis, graças ao Jon Snow (o dono do blog United States of Mind). Os melhores escritores de comics passaram por este título com a excepção do Alan Moore, que, no entanto, criou a personagem! Nesta história, parte 4 de 6, o "herói"(?) John Constantine (isso mesmo, foi aqui que o recente filme com o Keanu Reaves, que eu não vi, se inspirou) vai ao inferno resgatar a alma da sua irmã, supostamente aprisionada pela demónia (existe esta palavra?) Rosacarnis. Para tal, tem como aliado imprevisto, o pai de Rosacarnis, o seu, normalmente, arqui-inimigo Nergal. Que já agora, se fundiu com Constantine de forma a poder sobreviver no inferno... No final, um pequeno plot twist. O run do Mike Carey está a ser absolutamente fantástico, com histórias de horror verdadeiramente dentro do estilo que este título deveria ter. Soberbo. Dá-me muita vontade de ler o seu Lúcifer. Se for do mesmo nível, é muito bom. Ah, uma palavra para os desenhos do Leonardo Manco - excelentes!
Flash 224 - Geoff Johns, Howard Porter - O Johns já há algum tempo que se estabeleceu como o melhor escritor de títulos regulares da DC. Na minha humilde opinião, é claro. Mas já li Titans e JSA e posso dizer que gostei de ambos. Por causa dele estou também a comprar Green Lantern. No entanto, é o seu "run" (aqui ainda mais adequada esta expressão) de Flash que o fez ter crédito para poder abraçar estes outros projectos. Segundo sei tem sido um dos títulos mais consistentes e interessantes da DC nos últimos anos. Neste arc (ainda não sei bem que tipo de linguagem "comica" devo usar no blog), Rogue War, existem duas facções de inimigos do Flash que resolvem as suas diferenças à maneira antiga. Ou seja, porrada da clássica, com o Flash no meio. Se ao menos não aparecessem 2 Professores Zoom... O resultado final é muito bom e é um título de super-herois feito à moda antiga, com muito bons resultados.

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