Conversa, futebol, cinema, música, viagens, banda desenhada, culinária e as coisas estranhas que acontecem na minha vida.

terça-feira, julho 21, 2009

Los Abrazos Rotos (2009)

Após uma grande ausência das salas de cinema, entrei pela primeira vez numa sala desde que vim viver para Lausana. A peculiaridade desta sala de cinema é que vendem cerveja. Porreiro. É impressão minha ou NÃO costumam vender cerveja no cinema? Seja.
Portanto Los Abrazos Rotos. É o novo do Almodóvar. Ver um filme do Almodovar, para mim é como ver um filme do David Cronemberg, do Lars Von Trier ou do Woody Allen. Vou sempre com uma idea pre-concebida do que vou encontrar. Algumas vezes engano-me, quando decidem experimentar algo novo, ou quando o filme é genuinamente cinco estrelas. Mas desta vez, não. Fui ver um filme do Almodóvar, e saí da sala (sem beber cerveja), tendo visto um típico filme do Almodóvar. Madrid, Penélope Cruz (sempre bem-vinda), vidas fora do normal. Desta vez, um elogio ao cinema. Faz bem de vez em quando lembrarmos o resto do mundo de que adoramos a nossa profissão. E acho que foi um pouco disso que o Almodóvar nos dá neste filme.
Mateo Blanco (aka Harry Caine) é um realizador de cinema cego. Um dia, vem a saber que Ernesto Martel, um poderoso empresário (soa meio a telenovela, não soa?) morreu. No mesmo dia, Ray X, um realizador em ascensão contacta-o com o intúito de obter a sua colaboração num filme autobiográfico. Harry rapidamente compreende que Ray X é o filho de Ernesto Martel e relembra a sua própria relação com o empresário recém falecido. E a história envolve Lena (a personagem de Penélope Cruz).
Digamos que não é uma história linda.
No fim das contas, um mau Almodóvar é melhor do que a maioria das coisas que vemos numa sala de cinema. E este nem era mau de todo. Apenas não surpreendeu muito.
Nota final: ***

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