Os comics da semana
Esta semana foi curta em termos de comics. Marvel principalmente, mas apenas porque à pressa me esqueci de apanhar o último 100 Bullets! BAH!
Ultimates 2 Annual 1 (?!?!!?) - Mark Millar, Steve Dillon - O primeiro anual de Ultimates à primeira vista é um "spotlight" do Nick Fury e porque é que ele faz o que faz no universo Ultimate. Acaba também por mostrar os Ultimates "reservas". Porque é que o Mark Millar resolveu fazer isto? Eu acho que está ligado (apesar da história não falar uma única vez nesse aspecto) ao facto do Nick Fury poder ser o tal traidor do título mensal. Até agora, as opiniões dividiam-se entre Hawkeye, Black Widow, Nick Fury, Wasp e Captain America. Com o Hawkeye supostamente morto (sim, também o Ultimate Hawkeye), a Wasp a não entrar bem nos parâmetros do que se passou no último número e o Captain America a dificilmente fazer seja o que for à traição, a dúvida está entre a Black Widow e Nick Fury... A minha aposta é na Black Widow, mas o Nick Fury ainda é uma hipótese! Lá estou eu a falar do título mensal em vez deste anual. Isso deve-se mesmo ao bom que é ler Ultimates 2. Mas este tem uma particularidade. É desenhado pelo Steve Dillon, o mesmo de Preacher, Hellblazer entre outros! E como! Eu acho que ele é melhor a desenhar cenas mais mundanas como fez nestes dois títulos que referi, mas é encontra sempre uma forma de nos surpreender com o seu estilo calmo em histórias de acção super-heroística como este. Um grande bónus numa edição que vale o preço.
The New Avengers 8 - Brian Michael Bendis, Steve McNiven - Neste "arco" (decidi aportuguesar algumas expressões de geek americano), fala-se da origem do Sentry, uma personagem relativamente recente do universo Marvel que foi introduzida como se fosse um velho conhecido. Não estou a gostar da forma como tudo está a ser feito. No número passado ele é introduzido na história como se fosse uma personagem de banda desenhada (o Paul Jenkins, o seu criador, aparece nestes dois últimos números). E agora? Agora ninguém me diz que não é possível que o Sentry não seja na verdade o Thor desaparecido. Veremos. Esta série está cheia de altos e baixos. Há vezes em que acaba em enormes "cliffhangers" (não, não traduzo) e tem muitas ideias engraçadas. Outras vezes é uma desilusão imensa! Este número foi uma desilusão imensa. Para tal também contribuiu o facto da arte não ter sido do habitual "esqueci-me-do-primeiro-nome" Finch, que é um grande desenhador. E não é que eu não goste do Steve McNiven (ver Ultimate Secret!!!!), mas a arte do Finch muitas vezes compensa as palhaçadas de argumento do Bendis... e desta vez não houve Finch!
X-Men 174 - Peter Milligan, Salvador Larroca - O sofrimento continua enquanto eu não me decido a poupar dinheiro nesta coisa... Mistique quer ser X-Men. Todos os X-Men têm voto na matéria. Quando a acabam por aceitar, Nightcrawler acaba por lhe pedir para se afastar por um bocado para ele se habituar à ideia de ter a mãe ali à volta... Entretanto um aluno tem um curto-circuito amoroso pela Mistique e numa cena absolutamente ridícula, luta com ela! Este título é uma miséria, tem tudo para ser uma telenovela venezuelana e eu estou a perder dinheiro!
The Invisibles, vol. 7 - The Invisible Kingdom - Grant Morrisson, vários, muitos! - A última parte da Opus Magnum (minha opinião) do Grant Morrisson. Para quem nunca leu Invisibles, esta série falava sobre a eterna luta entre a opressão e a liberdade... mas em termos extra-universais, com os maus da fita a serem insectos repressores, os bons... a quase não aparecerem e os iluminados da Invisible order, um grupo anarquista de resistência à "Outer church". Ou seja, esta coisa fala de tudo o que é importante no mundo. Ah, sim, tem o bónus de explicar a totalidade da existência (segundo percebi, o nosso universo é apenas uma projecção situada na margem do plano inferior, na intercepção com o plano superior, mas já bem dentro do plano superior...)! Porquê ter dúvidas existenciais ou professar uma religião? Basta ler Invisibles! Mais facilmente compreensível com uma trip de ácido (provavelmente...), o sétimo volume da série republica todos os 12 números da terceira série. Grant Morrisson escreve (só ele o poderia fazer), e nada menos que 19 artistas (incluindo uma página pelo Morrisson "himself"!) desenham! Comprei esta série em fascículos, mas quero-a ter em paperback porque sim. Estou a relê-la e posso dizer que continua tão complicada como antes! Uma das obras mais inovadoras, complexas e intrigantes de sempre na banda desenhada. A ler imediatamente!
Etiquetas: Comics
6 Comments:
Olha que o traidor é o Cap.
Vai ver o Lying in the gutters desta semana.
De resto,o McNiven é um patrão!
E o Sentry NÃO é o Thor...trust me on this one...
Big hug,
G.
agosto 16, 2005 12:56 da manhã
Não fiquei totalmente convencido que o traidor é o Capitão... mas o que vi indica mais o Nick Fury do que a Black Widow...
agosto 16, 2005 9:34 da manhã
eh pá, já leste o wanted do mesmo mark millar? muito bom...
agosto 16, 2005 3:45 da tarde
Nao li todo, mas li uns 3 numeros! Todo o Millarverse era bom, mas o meu preferido era Unfunnies que só saiu 2 dos 4 números e que era uma mistura de Hanna-Barbera com Twin Peaks com escândalos da Casa Pia!!! Muito bom! Espero que os últimos dois números algum dia acabem por sair!
agosto 16, 2005 4:27 da tarde
não conheço os unfunnies, fiquei curioso. mas estive a ver na net e parece que os 4 números estão à venda!
agosto 16, 2005 4:56 da tarde
Eu acho que o 3 e o 4 foram anunciados pela Avatar, mas nunca sairam! É o problema da Avatar! DA mesma editora ainda estou à espera dos dois últimos números de 303, mais uma série de guerra escrita pelo Garth Ennis, cujo primeiro acto, chamemos-lhe assim (os 3 primeiros números), foram excelentes. Uma história de guerra bem feita, como é apanágio do Ennis!
agosto 16, 2005 5:46 da tarde
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