Dear Wendy
O mais recente filme de Thomas Vinterberg, o realizador de "Festen" (se não viram, não sabem o que estão a perder) é muito bom! Em apenas hora e meia ou lá qual foi a duração do filme descreve montes de coisas importantes para a vida de qualquer pessoa. Senão vejamos, o filme descreve histórias de amor material (seria apenas material?), sentido de dever, solidariedade entre grupos, sentimentos de desadequação, como lidar com as nossas próprias inibições, sentido de estética, ética, pacifismo, controlo e posse de armas, medo, ordem, instituições, devoção por passatempos e a nossa capacidade (ou não) de andarmos na rua a olhar de frente por quem passamos.
O realizador consegue misturar todas estas coisas criando uma história interessante, num universo quase real, com cenários que eu adorei (todos industriais! - foi filmado na Alemanha, apesar da história se passar nos EUA) e com personagens que nos conseguem interessar. De certa forma lembrou-me um pouco histórias de banda desenhada com grupos de super-heróis, em que cada um tem os seus próprias características distintas no seio de um interesse comum.
As persongens formavam um grupo coeso e as suas interacções, se bem que pouco exploradas no seio do filme pois não havia tempo para mais, eram muito interessantes e plausíveis. O final tem todo o sentido. De certa forma é inescapável e o próprio fatalismo como tal é tratado diz muito das intenções do autor (o argumentista é o Lars von Trier, e sabendo como ele "gosta" de americanos, teria de ser qualquer coisa assim), mas é forte e mais do que isso, para além da "mensagem" que supostamente quer transmitir, entretem.
Nota final: ****
Etiquetas: Cinema
1 Comments:
tb quero. ainda para mais do "meu" lars...
agosto 19, 2005 1:52 da tarde
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