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sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Match Point


"Evitamos pensar na importância da sorte na nossa vida." Este é o grande mote do filme, muito bom e recomendável de Woody Allen, Match Point. Chris (Jonathan Rhys-Meyers) é o irlandês (desconfio que só porque o Bank of Ireland financiou o filme) ex-jogador mediano de ténis transformado em professor que por sorte conhece um seu aluno (Tom) que simpatiza com ele e o apresenta à família. A partir daqui constroi-se uma história de relações trocadas entre ele, o seu aluno, a irmã (Chloe) e a namorada (Nola) deste (a magnífica e cada vez mais linda - conheci-a quando ela tinha 16 anos em The Man Who Wasn't There, em português "O Barbeiro" - Scarlett Johansson).
A história evolui de um triângulo entre Chris, Tom e Nola para Chris, Nola e Chloe. Aqui é de referir a intensidade da paixão entre Chris e Nola que é algo pouco visto em filmes do Allen. Para além disso, o facto de não se passar em Nova Iorque e o próprio tom sombrio e frio do filme (Chris é das personagens mais estranhas que vi no cinema, capaz de ser frio e quente, mudando de um momento para o outro muito depressa, mas de forma convincente) fazem com que este seja um filme atípico para Allen.
A sorte, como uma bola que bate na rede num jogo de ténis e por momentos pode cair para qualquer lado, decide o destino final das personagens. O final é cínico, na minha opinião, mas este é um grande filme de Woody Allen, que resolveu experimentar outras coisas para além do que normalmente faz, quanto a mim com um resultado eficaz.
Nota final:****

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